A Semana 1922 - Novembro v5 n 239

chação circumvisinha, e de Já ficaram espiando, invejosos e tristonhos, a saude resplande· cente dos que passam; o nariz é um blóco irregular e disfor• me; o mento é volumoso e as• pero; as mãos, talvez outr'ora formosas, perderam as linhas estheticas, graciosas e gentis! Agora, são rugosas e fêias. Os dedos ulcerados causam horror e lastima. Muitos já sem ur.has, outros mutilados( Os pés, chagosos e deformados, já não são mais pés, são pedestaes asquerosos duma estatua pa· thologica ! A 811111.Ul.à Imaginae, leitora, seres taes marchando! Atravessando a sua molestia horrível por entre a agitação sadia da cidade! E. . . lá chegaram ás portas dos jornaes e ás portas do go· vemo. Pediam caridade, pediam protecção. O povo, que, em geral, se diverte com a miseria alheia, cercou-os, ·anafizou-os;., A policia fel os voltar cabis• baixos e lentos ~s garras do supplicio! .. . Não julgi1eis. po• rem. gentil lti•or.i• .que isto é rhantasiá . . . não... reali,lade !,.• ====== 0 =============i:t:>--> ~==== ~ Amemos anossa bandeitta l ~ Olhne vós todos, hrnsileiros di– ~nos, como P.splendo c refulp:e, fts tonnlidnclP.s ele esmeralda e topa– zio, a nnri-vcrcle hnnil<eira OEI nos– ~I\ ! pat.ria, o venili'io nlnrrP. e vis– to~o do nosso Bi·asil, bello e es– t.ellar, emocionnntc c cernleo qnc, nos esnnneios i!o snns pnlpit.nções, IÍs ondnlaçõrs dP. srns ancP.ios, (Í como_ nne o rytl1mo, n cadencin. n impulso mP.smo ile nossns nlmns ! Olhne ! 1,'onile nella, fixn. e pers– érntnnte n. viiit.n. e ni1!ic11lt~r. en– tii.o, como vos fo ln n bate n rorn– çiío, P.m lnt<ejns rle nmor ela Pntrin, em cicios ele cnrinho e rst.rP.mer.i– mentos, rm nrronhos i!P. dP.cisi'io e intrepii!Pz, r.m trrmitos i!P. Pn– t.lmsinsmo e n.rdor, que vos alht>imn n. . tudo, de tudo vos distnncinm, pnrn vos tP.r, tiío só, prA•ns de seu 1wel-tig:io, ,le sua mng-nif1crn– ria, de snns trarlir.õe ,. il t> suas c.·lo– rins e dP. seus rP.itos-innpa,irnveis c immnrcflssivr>i• nqnelln•, romo soberbos i!P. nnoio, de denôdo e invencihilirln.dP., estrs ! Bl'nsilt>iros, r.,rntne: - jnmnis em dins de nossn P n.trin,como estes qne a _!:!'orn rlur.m, no r.n.lor e nr– dnncin. dos qn:ies o Univfw, o como nne se convul,ion:i, - .in.mnis cm dins de nossn. vidn, tivemos tan– ta e tão premP.nte necessidade de cultunl-a intima e ncrisolnelamen· te, com amor e nltiver., zelo e orp;ulh,l, desvelos e precauçõ1<s mil, e,sn nossa bnndeirn mnito querida. n muito nstrrmecidn bnn- deira do nosso Brasil 1 · E' clln, to,lo;; o snhnmos, de pnz e bon1111i:n. ,ln r.oncordin e nmiza– de, de ncolhimento e hosrit.nlidnrle. Mas, brm,ileirns, nttnnr!Pi : -- niío deixr. is. j:imnis. qne n cr,nspur– quem, a o"f'endnm, n mdindrem, n mcnoscabem, srque1· ! A qnnl– qner ult,1'11.g'C\ ou nfr1'n11tt1, dPSClll'O 1111 villnnin, immmliato seja o vosso desíorço, 1wompto, céleÍ'e, seja o vosso rnvicl1! 1 · l \O tempo, pouco ido, eln p:rnwle c-nerra, nlln como que cresreu, se dilntnn, se esprninn em ondas de lnz e víeln, em 1·et11lg-onci11s d(! ex– r.mplos 1i10rnes, em tersos brilhos de estoicismo, e111 fulg·ores ilc cn– r:tp:em indomit:,, c,m nrrebóe, de novas e~pr.rnnçns. - espernnçns pa– ra. todos nós, brnsilAiros, que co– nhecidos do munrln inteiro entito fi camos, e apontados por todos ho_jEI em dia somo;; como uma nnçi10 de brio, ele valor, de )l()nrn. - dig:na entrn n, mnis dig·nns, cn.vnlheirmm e prestimosa C(1mo n enhuma 011- trn ! F_?i n nossa bnndeirn, n. muito e tão querida bandeira nuri-verde do nosso verde dourado Brasil, que· assim nos fez, assim nos tor– ucu desfraldando-se rutilantemen– te lá nas procellas dos mares em fogo, e acarinhando em suas do– bras, como que n. lhes servir de le ito, abnegadamente, nos hospi– tnes de Paris e nos proprios cam– pos de guel'l"a, aos eníermos mui– tos, innumeros, que agl'lldecidos n beijavam ent.1o e que hoje, ain– da, a louvam, n nbençoam reco– nhecidos, reconhecidos sempre 1 :f'oi das bandeiras que mais bri– lharam e mais serviços prestnrnm, a nossá 1 Amae-a, pois, vós todos, brasi– leiros dignos, brasileiros altivos 1 Mns, amae-a acima de tudo, aci– ma de todos os vossos amores 1 Amae-a até o sacrifício, até o sa– crifício da propria \'ida I Amac-a tnnto, tanto, qno e lla por sempre vos móre adentro do coração, que com o vosso coração mesmo se consubstancie, que em sua e;;sen– cia vos seja o proprio influxo ani– mico, apropria dynnmicn dos sen– timentos, n proprin. vidn 1 E' hoje o din. dn nos~a bnndeirn 1 Inscnlpi-a, oh I filhos do Brnsil, insculpi-a no imo de vossa con– sciencia, que assim sereis dignos, nobres, valorosos, que valorosa, e nobr·e, e dip:1111, (\ essa excelsa, in– victa e gloriosa band,•ira anri-ver– de, n mais linda, a mais íormosa, n mais belln elas bandeiras 1 Honrns lhe ~ejfLm, pois, tnbu– tnclas ! Flores lhe se jam, assim, offo1· tadns 1 Hosnnnas lhe sejam, em bençiw, psn.l•nodiados 1 Hymnos lhe sejam, sempre, en– toados 1 Felicidades, muitas felicidade~, lhe sejam sempl'e_e rnmpre nlme. jadns 1 Salve , Hl'llsil 1 - Salve, bandeira do Brnsil ! ARNALDO VALLE. ___*___ Os poetns são n idemnisnçiiu das mulherns feias. ·. Cami/lo Castel/o Branco. Segure a vida n' A Equitativa

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