A Semana 1922 - Novembro v5 n 239

o: C.-Não terão estas no– t::is semanàes, gentis leitores, directriz, previamente, traçada. . Occupar•se-ão, a seu bel pra– zer, do que aqui succêder, alli, ou acolá. Têm liberdade d'ac– çã'> e orientação. li/ feição d'aviso, pois, ficam, ahi, estas palavras. ••• Despertára a madrugada, cla– ra e radiante. Brisas n1arinhas cahiam sobre a cidade, frescas e agradaveis. A natureza come– çava a· espreguiçar-se, vagaro– samente, distenjendo os braços · das arvores gigantes, e cant:rn– do, mama e espaçadamer.te , pe– las gorjas sonorosas das aves mu'ticôres, O céo era limpo, claro e in• finito. .Nas. orlas do · hórisonte, apenas vagas nuvens. jl-Sbran– quiçadas e tenues, · adormeci, m ai nda, · aprnveitando o frescor da m:inhã. A floresta densa e tenebrosa, · abraçando a cidade acordava, lentamente, desperta: da. pelos ruidos polyphonos dos a n1rnaes e .ilaij plantas. i\ luz S9dia e carinhosa da n,adrugada coava-se por entra ~s folhas e cahia sobre o solo inconsistente e humido das fo. gosas regiões equatoriaes. In– sectos começavam a zu:nbir· vermes cohtrahiam-se s inuosa: rne11te: ophidios silvavam; can • tos d aves exquisitas e multi• A ·SE-llfANA ·. ceres, numa· surdina Jesharmo– nica, fa ziam vibrar o ambiente. Pouco a pouco, a luz tornava– se mais intensa. Abri 1m-se, ................................... ~ ............................ :;~ Dr. Martins Pinheiro Completl\ nnnos h oj0 o d •·. Anto– nio Mllrtins Pinheiro. digno "onu<lor no congresso do Estado, O l\nnivo1·s111·il\11to ó um vultn de deste.que ne~to .Estnrlo. que lhe dn\'o bons serviçn~. rl'con heeiclos pelos numero~os nelmJrndores quo justu· mente contn. A Se111<ma c11rnprlmentl\·o. . ..:Jl;ê ............................ ~ :.................................... pausadamente, os olhos da na– turez:I! Aproveitando essa pe– numbra luminosa matinal, que i..inda esconde namorados e la• d rões, fngiram do Azylo os lazaros! ... E . . . lá vão elles cautelosos e celeres em busca da cidade! O clirector era máo , batia nos infelizes ! Já r.ão era bas• tante a tortura moral dnquel les d~sgraçado.s, ·expulsos da so· ciedade, rerellidos ror todos! .. Era preciso batel-o!'; fustiga r– lhes o corpo; mn goar-lhes a pelle, já doente! Ha seres hu– manos mais de5humanos q~1e a hyena. . . O chacal diante de certos h o• mens seria o typo da bondade, do carinho e do amor! . . Que dóse de crueldad e é preci!'a pnra báter num !azaro? ! ... Só :1u( m nunca os vio reunidos nun1 hcspital, torturados pé!la b111 Lia– m molestia que tendo attingi– do a incurnbilidade os destn',e lentamente; !'Ó quem nuncn os di,·isou abatidos peln dor 1110- ral profunda deixará de nvnliar o g1 áo de crueldade de!'se dire– ctor· féra ! Assim, já nãn pocien_– cio supportar os sup~'lic:os, la \'ão elles em buscn dn cidade, da imprensa e do gc \'erno. lmaginae a feiçiio trag ica das• se 11grupamento marchando ! , A f gura daquelles doentes e he i renda! Deformaram• se· lhes os traços estheticos da physio– nomia; tuberculos proeminen– tes invadiram-lhes o rosto; avo · lumaram•se-lhes os pavilhões auriculares tomando proporções ,. 1 • gigantes; os labios grossos e ulcera jos já não despertam de- . sejos de beijar; os o hos re~ua– rarn para o fundo das orbitas, quasi desa pparecendo so b a in- llabio ,tBébé>> L E st e P rod \icto, q t\e constitua um!\ dll~ especll\lidndes dn Fabrica Lealdade e qno os Jnboratorins ,l e 1111 ''. ysee em s uccesaJvos eimmes reufílrml\m 8ompre i;er nm snhilo p uro, d o gl'nndo convon lencin pai 1\ 1' Sllude do l " t 1 todo s que o empregam, e multo 0co11om co, ., encon -rnc o ll vondn por g i·ossn, em nnrns os nml\?.Pns el e estivas e o, rntnlho em toda~ ns mernPn rlns Esteja o publlc~ !lC~ntelado cn111 1101 1::J°i~~~tlm1tnções q tla t êm s u1·gido pnm en gnnnl•o. O snbilo Bébé, ma.roa 1'8f.!iStf\cln, tnm do Tambern venel · •f\lnpf\<io_o 8011 nomo e do outro • L~nbrl cn Lenl,lnde-Lncerdn & 0 ,11 . Pnrií», out r as .~~~~s t!te·,no~ pa,•n sribnnt•ll\s f!O :llo se,inm: brn11, oleoP, sodn cnustion, ~te. , asl!fm l'OtnO Pequhil\ dá t"': e:subões espoctaes, c nja,i nmosf:n111 podem sor v istas nl\ fnbrlen, t\ run elos T !\moyos, 1 !\V(hsn elo Urevos 0 11 n o deposito, 1\ travessa h'forque1, ele P omhnl, R·A, • Telephones : 902 e 880

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0