A Semana 1922 - Novembro v4 n 238

11 . ICIOOfâ ' Novemor1 1922 RE.!>Ar.TOR r.111::rP. ROC HA' MOREIRA TELEPHONE, DIRECTOR-PROPRIETARIO ALCIDES SANTOS RROACTOR: EDGAR PROENÇA 1 ...CC:UICDD!l Numero 238 Anno V SECRETARIO BIANOR PENALBER. CAIXA POSTAL, 278 Todn 11 corresponden<'Ía deve ~er <lil'igicln 1i redncçiío ·132 BELEM-33, TRAVESSA 7 DE SETEMBRO, 33 - PARÂ o zaimph de Solambê Que m que r que uma vez, ~o me nos, tenha lido «S:i– lammbO,,; aqu e lle qu e t enha me rgu lhad,.1 o olhar nas p a– ~inas e m~cio nnnks e lindas do livro d e Flaubt- rt, trav,111- do re lações co m os p e rsona– g ,:>ns qu_e s~ movem d e ntro e fora do 111uros d e Cartha– go, d esd e o b :1nque te do<; Me rcenarios nns jardins d e Hamilcar Barca à s campa– nhas travadas entrP as l~– g iões me rcenarias e a l< e pu– blica, não esquece .iá mais a fi O'ura da filha do S uffd a do rvi:r, como não ol vida Spe n– dius e Mathou. Par:i mim, po ré m, ha no precioso livn, d e Ftauhe rt, t1llla cousa que não p osso o lvi 1ar e: qu e, co11 s ta11 te 111 e n– t•· , c r,..io ve r cum os olhos d 'alma --o ,;:,aimph d e S ala111- 111bô , essa esp ec ie d e t:dis – man, e ntrt:'gue á g uard:1 ela . iu ,:en c:1rthag-i1~, z a,• e qu e unHt \ 't'Z p l-' rd1d o , p ,· rde r;í. 1·l'a a p ropria fr:lic icl:rd c: e a fe lic idad e d e C arthag, ,. Ora, naque lla s ua ling ua– gem d e o uro, ling_11 ag-e 111 q ue be 111 trad uz a nqu,~z.1 <la s cousas 0 1ie ntacs, Flau b e rt pinta. o ,;:,.ai111p h co,~10 uma esper.1e d e g aze d1a phana, um trecho d e véo d e seda lun1ino sn, em que ha scintil · lações de pe dras preciosa s e r e f u l?;en~ias p rismal ica s . Por se r a ssim, 5empre que ve jo o lunr, esse c larüu 111e– re ncoréO e s uave, que é a antitliese da luxuriante clari– d .1de d e ouro d o sol, TPcor– do o z,timph e , con , r>lle , Sa– la111111bô e a R<'publica. l'rnoccupado co111 11111itos aff:1:1.e1·las 11:1,1 1,õdl} cn111.i11n– :1r c,.11111 rc dact111· d' .\ ::,8- ~IAN .\ o prufessor P e reira de Ca stro. Com :t s:thida 1fosse nosso autig·o cnmp:111h nirn ficou assi111 cun:;tituiJo o corl'n ·I de re dnc,::io desta re vista, que te 111 como l'l'ºl'"ie ta rio e di n' CL"r o 110:;,;o cull1•!.!·a Al – cidcs S :111111.,: Rocha · i\l ore i- r:i, n·dac lur-l·ll(\'t·; lli:1 11ur l'e11:illi<:r , S<'l'l'l\lal'i,,; 8dg·nr 1 l'r11n111;:1 , l'(•d:1t·1or, l' ,\1111- c lcln l'11111pl,.11a 1 e 1warl'c;.:·:1 • ~t;;I ,;;,;;;;d .;;L;;;;~ t;;; e;;·t.;;;il;;n;;;;<·;;h;;a;;r;;:1 t;;li;;., ;ti;;l';;ª~· Nu ,na d ·st,,s ulti111as e de – lic illS:IS 1n:1drug :idas , á ho ra ,-:111 q ue a l11a, d t:poi s d L· te r attin g i.lo 0 Zt' ni th, hz,~11do a ro n .la 11 octu1 na po r e ntre a cara va :1a Jas estre lias, des – c ia na curva d t > horis onte J . ' e u reco r e 1 o ca i111ph lumi- noso e m toda a s ua t ocante e prinwros,t b t-llez a. Era na villa do Mosquéiro, qua ndo o ple nilun io esple n– <iia ':~ b a ixava mansa me nte para esconde r-se no s e io das aguas . A lare-a e move dica toa lha ~ . ' 9111: é u le ito d o Rio-Mar re tlectindo o cla rão opale s~ centc da dog;;re za d o s céos abria no s e io das a rru ,,s um~ e~t<· ira lumi_nosa emº que pa l– p1:av ,1111 c hispas d e prata e cli:rn1antes. t;av ia naque lle Pspectaculo · que o home m, acorrentado á realidade da viela, d e sprez·1 1 uma b e lle za in commum, que -' me_ s e_cluzia e e mpo lg a va. Entan levado p e las a zas da ~->hantasia, e mig rando , p o r 111.,,tante s, para as parage n s d 1 > S onh 1 ; , f' ll ju\ 0'11e i sentir · S ala111111bô ,!clo rme~ida s ub o lenço l elas ª Ruas ,~ o ,;:,ai111plt vogando à s 11 pe rlic ie e ni t o Ja a s ua belleza de v éo on, :u• lante cum c rivos d e luz . De pois , com o · a111anhecPr, ap: 1 g-aram se a s e strt'llas, e com e llas o 111e u sonho d e v ide nte . Entre tanto , co mmig o mes- 1110 t' U di z ia : - S im, eu v i na to alha das aguas , vogando á m~rcê das o ndas mansa s, o ,;:,.e1 1111pli d e Sabmrubó. R. M.

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