A Semana 1922 - Novembro v4 n 238
- Rir não basta, meu amigo. ffi' prnciso altc11tor ~eria11w11te 110:1 fu– do~. ohs11rva l-os de a nimo sern110. Q11a11ta coi~a fllHl os no~sos avós tinham por i111 possivPis são hnjo rn– alidadcs com11si 1has '? l'iiio acrNlilas q u e a alma sn d1,s– pr_e11da ou cxteriuri~e 'l Pois, µara 11ll m, tul phn110111P nn é liio va rrla– ôcirn como qualquer dos actos da vida 111al11rial , qu e os nMrns se11ti– dos approhPndt>m e verilicam. O corpo. (lllll é l11rra, move-se no ~cH1 ,·lcrn1e11to. a l•'l'l'a; o rspirito <1110 é ellrcrt-u, agila-sn nas a lJstra· çõPs: o tempo, 11 e~p:11;0 11 at ruvo,– s:1-11s com a rapidl'7. i11, tanta1wa- da vontadP, [J!Hllhlo c11rre p11lo lio dn inH1l\i11adto. Vai 1011cle lhe a praz– n~cúa a era~ i111m,•11111riaes. mergu– lha 11a somhra h11111id11 H trngica ela~ tlorestas pr1111iliva~; suhito, P.111 ar– rancada, cil -a pai, a11,lo acima cios t1m1p lo, cln pn~1111 i~n10 : na 1; rrcia clar~, 110 íunelJrn l!:gypto, 11 a Inrlia ln~111 •1osa ou, mai~ 11usatla1111rn te , 0 1:11 ro tnlar a porta •rll:ida d o l~nturo. l.1is 11111a pagina ,111ti,?a e imme– di.,tarne11t,1lrar1,portas-tn ao~ silios 1JPtH'l'ipl 1 m·p11lu tt1ltu111 w1•11l 1>t; íl vid:,, pis11s o snlo, n•~piras o a r, aco to– volla s d mullitlao i111al-( in:iria <ln trn• eh~•··· 1:,11 ,!'111? pn rq111· tuu alma va i p ,r t1, voa pl'la su:i;.:11,-túo e cll r– i,:a ao q111• pnde111os ,:humar com prowii•claclc, o idi•al. • ' Grn11tl,•s ~f111 os c-criploro~ qun COnSPl,( Ul'III, Ctllll Opr,· sligio ele 11111 v,11·~11 ou rt,, um p,•ri vdo, !'l'alizar pr_o,li~1os id,•nticos ao~ que s~o al– ln h111dos ª"q 111g ro 1111•11 l••~ -tiv11car al,oa•;. ~11~ tira111-11a~do corp,1 vivo, outro~ 111v1wa111 11:1~ tio~ lumulos. SH si 1111tl1•ss1•, em dado 1110111011tn ma tPrialhar os r spiritos (lrran tes, quantos hlllllPII' . q110 Jlfl~Slllll por mod,·lo~ tio virtutlPs. ~l' riam gurpro• hcndiilos 1•111 attit11 cl<-s pouco n •cn111- 1n,:11tlav,•i~, como ~, dos vPlhos hi, hl icos, 1-101· ni.rmplo, que, com in – di~rr.,pçào lasciva , Ps<:011diclo~rrn trn as h,.r,11, al tas , licarn111 lrnh11,-a111tt11- l<' c1111 t,,11,pla11clo o li11tlo corpo vir – g,1111 tio Suzana 110 h~nho. O l"IIIJIU, q1111m o \1° 0 '/ ninguem. El le pas~a co1,li11110. 1tP.l'!l t1111•, 1·0~•,1- 11ns com u , 11a aza q11 0 é, ao 111r.s111,1 ~n1n po. i11ci,iva r o1110 o 1-(II IIJI' ti 1~ l'nk,•s P l<'r11 111!:i cl,1: a ,·om,, o r,•1ro do arado. Sa aqui ceifa. adiante prPpara o \eito em q.ue deve br? ta1· a ~emente. O ~e u t n1balho é a vida, com a morte no li m, como iudice da mesma vida. Assim lambem não vemos a~ al– mas que es~llaçam huscando _id_eaes, que ~ão o a limen_to d? espmto, _e variam como. van a o c1hato,. e_11t1 e os animaeg. 11:sta a lma é amb1c1o~a. insaciave l de ouro; outro só a111111la a poesia; que1 outra .º amo r. Es$~.' i;onteuta-~e co111 a Fe; aqnolla faz questão de gloria. Cada 9nal vai ao qu e lhe a pra1,, ao que mais 1\rn sallo. O corpo é apA11a~ ~1111 n111 ho; a al•ua é av11. O q11B 110s chaprnmos distracção não é mais do que . nma f~1ga do es pírito. Os _~nrndl!~ d1stra– bidos são os qtH' 111a1s t11 v:iga111 prCJ• curando vurdadus.. . ou sonhoa : sa- bias e poetas. . As abelha, qu e mais ~11 aras.tum da col111óa, as ((Ili! sa dista11~ia rn !!Ili vôos mais long1H silo :,~ 111a1s laho-, riosas, 1rnis ut,·i• il 1:011111111111dad11. Co111 111 ig11 clil- st! frer1u1Wlt!l~ll'lllt! o piJ1H10111u1111 da PX lenonsaçao da a lma: quan,lo 1 ..io, ciu.,11do º !iço um tr·,•cho tle musica ~11:.igPst1 va , qua ndo adm iro 1111111 t1ila uu _11111 rrrnpu nsculpt11 ral. Saio ti•• 1111u1 n doixo-me levar pr.la itté:1 l'$tl1r l1ca; tn1 11sport11-111" ii i11;:pir;u;ão do au · tor, 111url11-111•~ 11a p,~1•:--onaµ 1 :1u, p;1-.:– so-me a11 sitio cJ,,,criplo 11u ltg ur:nlo. P1•us:1s 'I"" vou ao L) 1i 1·u c:01110 simpi,•:: 1lill't,111t1•? 11:w. Vu u para gos,1r us ' mi nhas 1111'la 11101 _11lt11,i•s, para vivnr ,,,1 :i vatar••~ r• a~s1111, 11u– vi11clo 11 «Lo1•11;.:1·in •. tor110•lllll II ta· va llt•l rn du Cy,11n; 1111 vi111l11 n "Aida" rn111n11\o ao~ rl i;,s phar:io11icos l' to1l0 o cspnctaculo da scena torna-sn para ro1 i111 11 11111 ri,;tl itlnll•· ."ª 411;i l mo i11ll'grn. 1,:01.a111l0 as •~••l1c1ah q~e nl!lla apparocr,111 ou sottr.-nd_o, nao Clllllll (\ a<'lor. q11A :1p1rn:JQ ~l lllll lôl, mas C•llll ;1 propria)wr,unagr•m qun ello reprodur., con,o o esp1:1110 r,•- 11,•clo i11Stll1 ~h 1ol111e11t•• a IIIJ:11,(f'!ll 1111 0 sr lho aulepüfl. . l)i,ú•, co111 a tua r t rna n l'l:(ld_a itttlill'nl't•lll::t , q111• sou um f'Pllllll!ll · co. ll:~la patavni tão nova não 01'11111-1 o que ,•01·u~ 1:harnam ustaclos dai• mas IJU JIR}ChiJSl;l~. ptll'(I IIP os ro- 111a 11lii:us sào tflO velhos. como o III UlldO. c ida pelas oudas ll uidns? Que e da alma immo rtai, a ramoia Ps).;hi- ? Não, a alma uào é nem s111 ú j.i – mais attingida. A nlma reagt> con~o a ave qua ndo VP o seu ninho ataca– do, mas ahandona-o se o uân pode defe1Hl1•r e li!'a a eswa~·ar em \'olta e, tan to qur, o inimigo dP~appan•cP, torna. Sil e 11contra o 11 i11ho deslru– i~l'.llíal-o no 111e~1110 ra 1110 011 vüa ruai~ a lto ê mi coustruir ou lra li,1- bitaç::io nas fran c:a s da arvo re aµa– salhado ra, senão Am 011tr::i mais es– co11ditla na espessura. Se o tl OS$O espírito vivps,.e a 1 11·i– sio11ado no cor po a vida seria u 111a acção indi vidual e 11[10 co1110 é, 11 11,a acc;ào coliocti vn. Ha va rias castas de cspirilns, ll'II· do cada qua l, a sua t..ntfr11cia 111•1- fP.i ta11wnto dt'.linirla- ha os ill Yl' ~li– ll'ªdure5, os uatall,aclon•,;, o~ cu11s • tructores, os hr n~lici,11101e, e- 1.im– bom os perniciosos. U q110 niio lia ~ilO (1SJ)iritoq Íllfll ll'S. porque :l llillll· reza não cornporla inuli lidatlt•s. As l!orAs lo ~ic.is !([10 apro\'1' il:11las na therapl!nlica. D,•1nr11 da 111·11 1111a mort ti a vida e~tá pu ll nl~udo - n vtirme é a poclrirlão que se t110, ,•. A a lma do c)·i111i11uso é cumu o abn t re entrn avf>s pacilicns. A furia do cri1110 ó u 111 in~li11rtn "o in~tint'.lo pode ser coulraria,!n H até apruv1,ila1l0. O a :?P.IIIIS init:,hilo vat11111 » ti o lloracio lllMtra qu e os ho1111•11s tio g~uin, ~l~ alto vún, co rn o as ag11 ia~, ~ao ~11Jc1tos ao furor e cal11·111 l'n•– q11en tPl1Hrnle 1•111 111r la11c11lia. E q11n é a mela 111·01i;1 ,,.11üo í:hli ~a cl,tl 11,11 -? O c1 illl•' é 11111 produc lo da ii11a– l!Ílla ~:10, c11mu o, Jltll'111a~. G1d li110 era u111 arti, ta rl,•li~3rl 11 e nf10 ra, ,i ll'11rlo_acnh:1do du ci11ir lar 11111 I" ,~ mor, 1a po,tar-, 1', r·111lrn i:a11o. a 11,,, a r.sq ui11n pa ra ap1111lralar u111 i111n11 . ,,. - Colln,•.:i,l nntfl o, º"' IH, 1111•11 111• imai:i11aç;..o 11a ga le ria du~ e, i1111 11,, SOS? l11v1•rt,1 :, orct~m du9 fadnrPs : coll uco o~ cri111i 11osus 11:1 gnlP, ,a <1,,s hon11•11s ri•• iina:,! inac;:io. - Jí:,tás lendo l.nrnilroso 011 F.. 1, i, aposto'? -E11ganai1-tl'. O quo estou i.• t·1111- v1rncicl11, ('.OltVl'lll"itli,~imn Lii-, IJ lll' , i', a ali11:1 , 1v,:. ll 1:11rpu ,·, là1t lllt'1tu como uma 1•.;,ga tio 1,üa p,·dra• · Qne, hOill('(ll . . . N1•~as, l'llt:111, o 111ov11111•11\o ? -Nilo. Di;to 11un o 1·orpo t'• to1r·1, m:11s 1111da• . Oamns llnr,,s 011 es pi- 11ha1·s, couluruw u ~c111<'11tci,·a ,p11, a ;IVI\ ui v1na traz de IOIIP.l' 110 \ (Jll 11111 qufl a~1•1•ntlo ao itll•al ou ra~i,•j; 110 pnul. S1 vivemos é como vi v,, . torrn. ' -Niio achas que ó muito po11l'" -Acho que é muito, 11110 ,. L11tl u. --l~mílro, sf,o lhno rias, t:111111 t·n1111 U 11,-pi1 ilu i- fugidio, ,1risco e ünde t•ll1 111fl11os vive é ju~tnmonta 110 corpo, como puuco vivem a~ aue- 1 has 11:1s colruêas. Di:1111 11 clnquçllfl pohre homem quo chl11rufn rmi~aslo li v..~e 11111 gri– lo t rl u 111 : hanl1• : - Ent~n? Qnr i• da ·!11111 -llJtl'IÍIII' •JIII' :is~iin Í ll"I' \'PII- gostos, não se 1li~r11tPm. \I~• ~•· " '· 010:\ torra, \'::litltlS rt'Hªl'·ll tl' 1·11111 &IKllllla coisa, 11111 11011<·11 ti•· , •; 111111, pag ne l!"i.11111. por t"\l'lll plu. 1 "I'"' '.' Sirn. 1,;,1:1 ,,11,•11 IP a ,·:11, r.
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