A Semana 1922 - Novembro v4 n 238
A SE:UA:-IA !bhrapill10 nas ve~tes, mas generoso na alma - . ........- y ~'çf•Ui\fA dessas tardes de snl bn· JlY1r do, cêrca de 5 horos, quando · ' mais bC agita o "hrouhaha11 da c idade no seu huirro comme rciul, após um agitudu diu entr.,guc a ll,ultiplos alfuzeres, qu,1 me não consenti ram tregnas so!>re o r i!?0r causticante du sól, dirigi-me, antes de recol hC'r-me :í. reparnclo :·a $ereni– clade do lar. ao e~tabe'eei111e11to i11- <lu8triol nos srs. Jorge Corrê a & C.", proprietarios dn FaLric:L l'almeira. A li me detive, á e$rera do um auxilia r qne me attendesse, aviu n – do-me um s aquitcl de Lon-hons. E, emquantu ng11ardnva o mnm!'nlo de me bervire111, 1epnrei, de1.tre o g 1an– de n umero rle r e -~ôns que fuzi~m compras 11<1 vn~t, compartimento r ontig11n fl() de pnstelarii:. e bar, onde me e ncontrava, surgir um in– ter~ssante ga rotit", de bôcl'a bre– jeiro. e olhns sonhadorrs, que com um gesto feliz, de quem pratica uma bôa acção, deixou cu ir uma porção de retangulos de papelão pelo ori– ficio dum vultoso cofre, existente ante o grande balcão. Iut.erpellanrlo e rmpr<>g-ndo, que no n,omento clwgava a attender-111<', sobre a s ignificação do prnced,•r do garoto, mul\"estido e i ntiin,rnnte, foi-me explicado o seguinte: ,\ tonas as pe~sôas que fazem com– pras naq □ elle importante estahPle– cimento, são fornecidos coupons relativos á despeza effectuacln. D e• pois de reunido o numero de cou– pons correspondentes u certa im– portancia, o comprador adunire di– reito n um brinde ae fino ~ roducto da fa brica. Um bando de rnpazitos, de~Res que unda111 clesganados I ela c ida– de, perdPndo- se por faltar-lhes uma efficaz assistencia, na perniciosa escola da vadiagem, todos os d ias ali compnrecia, ás horas de maior movimento importunando a fregue– zia com a solicitação dos referidos cartões, que zelosamente e ,.am g uar– d.idos, a té, perfnr.ida a 11uantidatlo A ; 111/1orl1111te e apra=ive/ J,i1::e1~da !V11::ar1.•tl!, ruj o /,:i/,io se c//t:r t·,ani 110 ,~.1·0.1/1/nrtJ , 10 ll';– lueiro 1/esket/J, ,í rua 13 de fllaw, 11, ,w dia 21 do rorr,,,,h•, Passionari as Perguntas sernprr :«Quando,,,· tás longe tens saudade de mim'/., Re~ pnndo-tr. si '"'"ra 11,01,tr : Não. N,iu creias que n d is– tancia separe. o que ~<'para é o esquecimento. '1' 1 Ili ·Se saudnde drs qué j,í 11~0 vi\"em. dos que já rn 11ão , t'•e,11. B corno q ue,-cs !Jlll' u sawlnrle me atormente se estás sempre 0111 meu -::orn~ãn? S aurlade, não, porqne v ivrs commigo, porque a toda hora ~into que palpitas em mim, den – tro em m i nh'al !lla, A Fnudade, arnôr, é o fogo f:í– tuo dus venturas moitas, pui ran· cb sobre o coração. Coelho Netto. s uf!ic ic11te, contieguir n obtenção do pre111io . Acontece que os proprietarios da Palmei , u, bem ins pirados certo dia, resolveram c ren.r o cofre u que allu- <limo~, affixando-lhe este d istico, em caracteres bem a vista: "Se quizer, deite o coupon neste cofre, pura os laznros do Tocunduba». Os bilhetes, então, dahi em dennte reverteriam em favor dos i nfelizes D$ylndos na «cittá dolente», onde, como no po– ema dnntes~o, os habitantes são abundoun:lo.; de toca esperança. E viu-se uma consa qunsi inacre– clitavel, commovedora ! desde qne o cofie ap pareceu, ,le,de que os pe– qtwrro; v11gal11111dos li vP rum conhe· Cimt•nlo do generoso fim a lJlle era. 1fo,t i11nrlo, os illlportunos e ás vezes a t I pvitlo,; 111ol,•,p1e:; redobraram no 11f1111 ,le caçar conpons, i ndo, sem 11 i 11 gne rn 111~in na l-0$, ne modo e,r,011ta11cn, reli~insa111ente dr.pos i– tal-os no abon~·o:ido c1 frc ! Isto é tncnnle e é Lel lo. Aq uellns crennçns, cnrn c•sse seu gi,tito nobili111 11te, beru dernonst rn111 que li lwira du a bysmo a qnc a rnn, a vad 'ngem, o nbunrln• 110 ns i111p...llt•m. ainda ,;i10 s nscept i– \"Cis rle ,;alvuçào A inda 11ão estão per•I itln,. Aincla lhes pnlpita no peito ne, – v,-lirlo a !!enero,irlade, o ,Pnti?~e nto htr111a11itarin. Ainda ião l•ua$ ! l'obn·s rnp:,z i11ho,, qnc deveriam ~e" a,npnrndos e src,·orridos pela:;; societlanes altruisticns, sP. tive~~e– rn c,s uma intuição mnis a l ta ri o fu – turo rla nossa roça, se possuisselllos 11,nis patriotis mo. E ' tão las limR,·el e tiin triste ver– mf' s t a11taG cre11nças aban donadas, cumin!:o da perdição, do l,ospilal e dn cadeia ! . . . O garotito. n que no começo des– tas linhos me refer i, era um rlrssPS peq11e110s sem eir.'l nem bei rn, que enxameiam n cidade. Ern um dc,s euça-con pons. Coitado! Tão bom, tão lindo e maltrapil ho ! Ente rneci-me si ncera· me nte, e quosi n ão me esqn ivo uo grato impu lso de dar-lhe um com– movido ab1 oc;o. DAGER CAMPOS.
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