A Semana 1922 - Novembro v4 n 238

.., ,, V , ~M infdkcLtta/ A o nosso ! I lustre col l a borador d r Osca ,· d e Cn1~ho~nfiun1os esl& p ~ g i nn d e a p r eci udns producções ele festejados in tellectu nes u lngonnos, c o n t e rra n eos d aq u e lle disti ncto m e – dico, que as escol herà p a 1--n enl C;vo e * ® d os n ossos l e itores. © © oo @) POENTES Ncs•a orla da praia orfde qnasi diariamentP mPn ;; olhos descan– sam , cm mnda contcmplaçüo, de i– xe i-me ficar a té o fi 111 d1> d ia. N o ar sile ncioso 11f10 passa va o rc111i;1;io de 11111 passaro, n e m as p,í.1111,u; do coque iral r11111or(\jav am sique r. P arecia qun <,s;;as dn:is i1111ncmidades-- 111nr e céo-confi– de ncia va111, myste riosame nte, so • brc a s agmrns da terra. E o si– le n cio qne me cercava naq1wllc 1110111e11t<•, tinha a lg·o de um hym- 1111 qne se aclivinha cantnd<> pP- 1.is cousas. Q nan tas vc ;r.cs ao (~11trannos a r.<',s 1111111 s11111pt.11nso üclil"icio dnser– t o, sm1 t.i111ns a vibrn,ào do sile n– cio, e alg uma cc 1 u sa d<• imponr.n – e ia , de 111a p;nitude, 11ns fala t\ a l111n, i11nx pl icavch 11(•11tn ! T ,,dos o; objL,ct,ns qu('. ali cs ti,o, parecc1n, n a sua linµ· nag-e 1n 11111da , tra 11,rn1ittir-nos p<~n,an1e n lns :d t rn– istns que 111,;; tnc:1111 hS st• nt ido,; in t imns, d(•i xa11do-11os i111prnss,,e s supe r-humanas. bsses 111011,e n tos $fio os oas is da <•xi, tc n cia nttribulacla. Q nc m os 11110 tem pm:s,tdo? N<'>, o, e n contramos e 111 toda n pa rte (llldc lia ~ih,11 cio; no recesso clns cnmpn~, no r<•cn 11t~ dos j:u-– dins , 11a sol id,10 dos cn 111i1>l10s, na amurnda dos na v ios pPla noit<: a lta... Como que n os snn timos li– i;ndos a tndn n Creaçito p or la,o-; mystm·iosos. E sses 1110111c11 tris e n ns v ivi h nn te m nnqnellc pe daço de p raia solitnr ia ao co11te 111pb r o mais Farn a alma bondosa d e Hnura Lins, dis – tiuc:la co111/Ja11heira d e t rabn/hn i11tcllcct11al bdlo poente qnc nos deu este se– te mb ro. N o _céo d e n111 n;r,nl lnmi– no~c, d e bu xavam-se <'ores invul– g-arcs, ma t i :r.os de 111al va e ouro, de a ;r.ul -vPr de, de :ilara 11jado e co bal to, . qnn s<! 111Pscb ya 111 11nm i11eclitis1110 cl1eslnmlir:w te . F ,1ixas 11111lt i,·ores 1 iú rnva1n o poen t,,, 1111 ma g-radaçi1n de colo r ido e de brill, o q11e fo;r,iam esq1wccr n, prcnecu– paçiH!S da vid,1. A linha do hnri– sonte ia- se i111n1c 1·g-i11do nas meias– t in tas do cre pnsculo. Uavi n em tudo uma nota e 11111cionan t.e. A k111hr:111<;11 de hL·rnismos i,!;no. r ndns/ dc dl'di caç,,e, reacs, de a f– ft- iç,,l s , i11cerns, de tra bal ho pnci– e nt e p,1ra a a scem,,10 d(, 11111 por– v ir lu111i11oso, t nclo me passara pela imng·inaçiio, 11c,se co11_ju11ctn 111ag-n <'t.ieo qu,: e nch ia 11L, t<,rnas h a r111011ias o p•·en tc. l 111ag-1•11~ n111l– t ifor nw, :1t-rn ves.,,1 va 1;11 os qun rlrns q ue 111i11ha ncLiv i,1.ull: ccn•h r:d ,-r,::l\·n, e tr;1 n~p,,r t:ava111-111c a o d,·sc11nh e ~irln p,,la estrada 11.L 111i - nha :Hl111i rac;ito. E ' t1 Ps,es 1110111e11tos q n c ficn- 1n,,s (;'ln c.<•11 tacto co111 ns vozc~s myster i..,,as ela Nntn r" ;r,~. F:m t udo dest:1,br i1111>S um qu ê dt, a 111o rnso e de subli111n que 110, l'rovoca re– l'le xi'to . As pai ;r.ag -cn s couhecida.s t ê 111 11111 as peeto n ovo. A maldade parece te r fug ido da ter ra... D e pois... quebra-se n c n can to! O ccrebro e nt rn n a r cal idnde ,los factos, nas preoccu pai;,,c,s ma- t('riacs, e a alm,i a dormece para as idealida de,;. D e ixnmos de ser o idralista fc– ]i;r., para sürmos o a r tífice qu e, a pequen os pttssos, vnc cr•n st ru indo a obrn g rand iosa da civ il i,;açi10 dos po vos. Mns... o qu e seria est.'l obra se esses 11,omcntos 11110 exis– t issmn '? Como sen t i invndir-me for ~,ns dcsconlwcidns a o vol tar des– sa con tcmpla,ão, (lesse ban h o men– tal q ue Javon n, poeira e de u v icia n ova :is velhas imag-cn s d o meu cernbro ! 'I'udo, d iante ele mim, r e · v t, ,t.ia -se de um n ovo a specto. E foi n~;;im qu e a ;1ota mais s in~eh da 111111ha contemplaçito, m e d ei– x ou a mnis delicadn. im pre ~sito ! U,n vclh i11l10 que :t\' is tni d'! pú sohrc nma jnn gada, n n, praia, olhando r elig iosamente a despedi– da cio sol , pareceu-me, n nquclle in~t.a nt.e, u111a evoca ção no An– g·elu s. Cabe<;a d escoher tn, olh a r fixo 110 nccnso, todo o pe rfil banhado pelos r e fl exos da luz que fug ia, r ~ile~nbrou-mc um ciaqu c lles ty pos b1hl1cns, um Abra h ito ou um J ob n ,vcst iclo d e fé, dP.n tro do cor tejt~ das 111iser ias humanas . E no r e tira r-me, dei:rnndo-o e n v~lto n as primeiras sombrns que (k sc1nm, t rou xe parn o borborinho da fain a tli nria n grnnclc cmoçiw prod n;r,idn. por aqn elles dois poe n– tes que se con templavam- o poen– te do d ia o o poen te da v icln. -Sl'tembro de 192.!– RosALIA SANDOVAL. -------------------------,

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