A Semana 1922 - Novembro v4 n 237

~-~" ~e aÍna n -o-.1- /aft:o~t nu/ .O ~ f t'°41•f ~·, <)· - , ~ ~~~ º <> e, .. " ~ 4!!1~,. ... • º e 0 • • . tt ,t~'> ··••~ 1 .o W\i .~1,~ ~ 1 Tristeza ... Sem se saber porqne. nqnella ro– sc-iru foi de ixando 1110rrer ns s nns be llus ros as, pe1·de11.~o ns folhas ver– des de sens ga ll 1ns, que iarn cain– d o , tri::;tes. unidas ôs petulas, corno 1111, gottr-jar de Jngrin,as frins. O s aib ro da alameda j ií. est;uvu j11ncllllo de prq ucn inos coruçõi>s ver– d es P vcnne lhos. E, ~ •n :-s ro5=n,:;: e ns folhas da roseira rne lanl'olica, que j1(r. ia111 P"r te rro, na ngon in. s uuve d e 11111 ,,deus an l>OI feEtivo. . F, a rosei•a. ficou nli nuquelle can· to de jardim, espectrul e es111nrriàa, galhos ti r itantes, raízes dessor.,dns, ugonisando c!o urn mu i iz notn. que pod in ser t;risteza, ~a.ndnrl P, ou um g rnnrle e fel i,: ubando no da nl t•griu de viver. O mais ol'iginal é oue a pri!11av, - r·a anelava tl11idejantlt~ uas azas ctus boi boie las, nos beijos dos cnly hris, 110s labios ,:olo:-idos de toda:; as llur('S. t;ó aqn<>lla ro:seira m11rchnva, pon– do 1111m notu d,•,arrnoniosa ua uel – leza do ja·dirn f·lorido. Era urn ca~'l estran ho. A L'ri110:Lve1a pa.~,ou co111 os seus o lhos de 11"11, os seus c;il,ellos fla11, - 111 i11eos. 11111 rbo inl'a11Líl IHL uocca de 11hJl'un g·o. Vt-io o \le. ão af,,g·ado no ouro das suas st::aras. A 111b11s viram aro e irn que fone– cern, t,ris t<> e ,ú, na l,·11,la ig 11oraua e Vt! lltlll'OSll <lo :::-iPll 111al. Ne111 111e::1110 o 011tom110 ,:on~e– guin v,!s til -a Je uu: a resa ou de 11111a fol ho. Hesta vn o Inverno co111 as ,:ari– da~ geladas cl,1 sc>us J cdos fri<•ren· t · s. A roRei1a 11:io cla\':1. s ig 11al de s i. E ra u,n c a:-o t·~L1n11ho. ,\ las l:t 11111 dia. i11t•,p1srn<l amf'1,tf', <-i l a v1·st.111do ·$e de 11""º" rebe1,Lt1s, :i b11t11a11do c11on11t·s ,:ory n,bo~, o nde 1 AGENCIAS DA «A SEMANA»( as rosas se nnium como se fossem hoccas rnbras se beijando. Tornou– se linda, a roseira. E ' que el ll:S hav iam feito as pazes. Elle;s, os dois namorados rorna n · t icos. ns dnas almas-irmãs, CJIIC se lizerum a p, im<>ira rládiva de amor, co111 1111111 ro$a v iva, col hida áquello. roseira. poetica e ~entimental. •l:f/reja Sile nc iosa". Tasso da Silveira acaba d e nos dur um livro de c ritica. estudos e chrr.nicus. 1~;, (< f~greja !::ii len c iosuD. 'l'nsso da S ilveira que.; um bello e:;– p irito e 11111 g-ra:,de t nl<>11to, n este livro q nt te11,o,> e111 111ãc, n•vel a•~e u111 e c iiµLor urgnto e s ubti l, c h<>io daque llu do,·e philo::opliia cla,sicn e transeendenle, dos mai,, illumi– nados philosophns. O sen estylo é rith111 ic,,-,s1111vi, corno 11111 affugo de p lurno. Bscrevp com u1tc e e l,•gau– c ia, S<>mpre cum elevaçãn de pensa- 111e11tos e idens novas, mui to sobrio nn lrn na dos periodos, sued nto na rnane in, agrndu\·el de dizer. P od;, rão qneixa r·:sP. it'g·uns de que 11:1 s ua a ,t.. l,a 11111 :sa l,,,i de philoso- 1,hia, e u111a c,11110 que preoei.:upnção de e:-cre\'er e11 11I n rn, !'- l1to p..pii librio do a uctur ,1,· 011i11c11s Uo1 b11 I:;' que, c1,n10 o 111 ,~::;u ~l :icliado d ,-, .A:ssis, 'l',1:;;o rla :::> ih·ei 1u é 11u1 e,e1 i(JLv1· de g··und~s n •1·11 1::-c 1~ li1t(•rurio~. E .. J-:gn·ja :Sile 11c1oso11, de q ue lia · vt·111vs de fHzer a u.ly ~e n1uis pn.- 1'1111Ja , S•· rHl,. uhrú de 11111 t ul lllll'tor, é j11-t11 qu ... 11:creçu u 110.;:,a atl111ira· çiio e a pr, ço. D'A/ma . A s gra n,lc>s colr.rn !' ~fie e-orno os g ra11<lP:i t1 1 111pr:--tad1 ~- \ 1 P111 d~ rol– lltu,, d( 1 ~faz,·11cl,, ,. Pq11 i i:H i,, dos 11Pr– """· u lra11,piilidad1: ,111 espirilu. Alas pas:-a 1t1 I Jt p,,is é a l,n11a11~•a, a pL7. d a alma e dus :,<L'lll,idos. Eu, a minha v ida, os meus sonhos, n ão passam de uma illusão. T odo aquelle que vive é uma c hime ra an· dante. Já se viu alg uem viver sem sonhar? .. . O. Quixote passou, m::,s a sna historia cont inúa a ser de to– dos os dias. Só a illusão 1.os dá a certeza da 1·ealidade. *''* Mulhe res hn qne só vivem pela. appnrencia. U 111 rosto lindo, um cor– po attrnhe n te, uns olhos fascin a n– tes. «Que bellc conjuncto ! »·-dizemos. Assim é, de fuclo. E a c riatura, que t-em vio letas e crepuscul0s dentro d 'n lma, sorri n o enlevo do galanteio e da graça. R e tôrno ... - Parece que estás mais linda! - Porque? -Os teus ol hos têm ontro brilho, os teus cabellos uma côr mais viva. - Engan as-te. · - Não é possível. Dá.- me as tuns mãos. -· Ora. E·s sempre o mesmo tolo. -Porque? - Niio vês que envelheci, que es~ tou doente'! -Tu é que és tola . Com esta boc· ca assim rnbra, esta epiderme as– s im branca? ... ·- E' como te digo. Esta belleza que o teu de lil'io ,!'agora exalta, é a ruina duquelln outra que a tua in– grati<lão malou. - Não ! Parece q ue estás mais linda! - Ta lvez. E' a be llezu da. morte. S0]11,;-ornm n a sorn brn. D epois, um \·n ltn 11Pgro. de homem, conti::uou c ltorn ndo. a beijar a bocca fria d e u1n cada ve r. BERII.LO MARQUES. ........... .... ~ --~•><-;<- .._,_........................................................................................................................................._. Ma1·:u1hüo- •Casa Laule tta», Rua Oswaldo Cruz, 16. Cc:ll':'t- Aderson M. Cavalcante, Granja. Piauhy-S. Gonça lves Mede iros. i\l auáoS-· «L;vraria Academ ica, Rua Henrique Martins, 25.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0