A Semana 1922 - Novembro v4 n 237

r J ••************"**kJlr**lrll*... ***" A SEMANA ~ f\~OROI?Hll911\ ~ D. Rito, em torno de q ne·n gra– vita este conto e par,1 quem a na· ture;,;n. fô1'.L nimiamente prú liga, dob11<ln-.1 c-,m um rostinho littc– rnlrnente chique nos rlezoito annos, idade em que se casan1, é d e,cen– n en te de urna familia em todo3 os s , ntidos medíocre. Até ÍL época do seu c1nsorcio, nuspi•:ia lo clP. felHd :11les," n~•.la 11111.is rlo que levinnda:les nnóJyna9. pro· prias ele qnem po~sue nm pnlminlib de r sto t 0 1lo fqrmnso ·corno o ; en, e.-n. notadn na mode, to. vida de Tii· tinha (como a trat:nvam em corn) que, oté ahi. se revelara po~suicô. a de profundos conhecimentos 1·es– peit:antes no phorisn i~mo ho111i11is. Depois vieram os filhos e D. Tiito, como todos anteviam, tornou-se uma exemplar dona de cosa, .. Cus todio, com tG. EugPnin, ele IO e E , tevam, com 1-1 annos. eram o., filhos de D. ílita, que e nvi:ivarn cêdo, mnito cêdo ainda, aos :38·nn– nos. qnando estava ainda bem for– mosa ..• A morto do SPII idolatrado e1>poso causara-lho por b so profundo po– sar; puzera-a cm gran rle alrntirnen– to moral, ..:orno raramente se ob • serva assim. Empolgara-a uma nostornanin pe– lo es poso ... O tempo, todavia, com os seus agen tes phy , io-chimicos, que tndo fazem, des fazendo tudo, encorrega– r,\-se de ir delindo ossn profunda mágoa de D. R'ta, o quo conseg-nio, n r-..o sem difficuldnde, lento e mui demoradamente, com a s na quoti• diana pn1s ngem c nrntiva por bom juntinho della . .. A s nn ultima passagem, término elo tratamento, coin :idirn, porém, co11:1 a de nm s r. Aurelio, ty p'> bem aposson,do, requestador g-un,po, rlonniroso, como os nndos n 23 de d e out u) ro, que ,inmais fôrn n eutro tí balleza de D. Rita. E ste, ve ndo-a nesse dia com a phys ionomia renrlquirida elo animo e da sua ingé:1itn bellezn, lhe sor– rio, cumprimentando-a, ele passa– gem embora , e fo i correspondido... O sorriso elo Aurolio, p ) rém, fe– cundati vJ co:no o pollen, pro::lucto da sua nnthcra facial, medrara ex· nb ~rantPmente no cornçã.o de D. Rita. iazen-lo-a com que adqnirisse uma a ffeetnotnx'a positiva ã ~ua pe;,;oa, pa1·,1 q•rn ::1 havia ella de sorrir se·nprn, 01de quer que s e en– co ntrn,sém . .. De., ois <le;s a affectuococcia, que é 111na lt)sà·1 sociologica e para a qual ninda não ha nenhum noso- ,\ tfis/i11cln sc11hnra Ri/11 \'r1.~cn11- cc//n.~ Pa.ç/n.~. espnsu clu sr. Oc/nr1i– a11n n<1.slos, ÍIISf'l'C[n,· dr, ,\//i111• cftoyrr de /lc/n/rr.~ e irmrí cln 11nsso aJTl •clun.rn ci dis/i11cln collr1/1nraclor A zc111ido l' flscn11cl'llos. ,, s clw,s nI·a– cinsn.ç cI·ca11cas scín fi/hns •/aq11el/c c,,.rnl e 11 ,,,,;tngrrrphia que nci111_a cst,11111in1110.ç, cnm f'l'n:cr. fni liradn, n hnrtfn do paquete «f:rnrá", q11n11- <io c111 uiagcm fWl'n n Hio Grande cio Sul, f'dlJ sr. lshiro Pugila, c011- sul gero/ cio Japlio rm Seio Paulo. ---·····-·············-···- --- -- - --- crático c urativo, D. Rita perdêrn a serena calma que> possuía, fican– do inequieta em t odos os netos da sua vida, e, o qu'l é peó r, nasce– m-lho um insJpitavel desejo de conjugar o verbo amar! ... Mas 11üo queria fo.zel-o só no tempo composto em que se diz: "amar sem ser amada", não; que – rin, s im, conjugal-o n'!sse t empo, mns com n interposição do gernn– dio do verbo ser, isto e: " amor sendo amada" . . . E· a assim como lhe qg rnclnria n conjug ação ... mas, Aurelio, escovado, matreiro, lo– velace relapso, só queria namorar ou g-osnr as delicias de um bom namoro, o nssim nconteceu. . O. Rito, entretanto, ficarn esma– niada relo Aurelio, não mais se lrn pt•rtava que elle fosse isso ou aquillo, nem que o publico tivesse pleno co:ihecimento da sua paixão, nã.o; á viziuhnça mesmo o diz sem rebuço; os filhos sohem-no e cri– ticam-na por isi;;o. ;\las ella niio se dã por nchailo, continúa ... Uma flôr, outra flôr·, n,ais outrn flôr, doces, fructns, etc ., tudo para o Aurelio, que houve por bem pro– vocar-lhe uma amorophilia a.ctiva... 8 r guem·se os idylios, amiúde no principio, depois e, p:1çc.sus, o que determinara grande iuquietude em D: Rita ... O filho mnls ,·elho, o Er,tevo.m, desdP. que desc1brira a fraqueza da sua miie, começou por sêr a.r.tima– nhoso supino, a tirnr disso parti– do ... Ass im é que, nFsor.iado e. ou– tros rapnzolcu, que tamhem já sa.• bium do lunatlsmo de D. Rito, Es– tevam levava e mstontemente re– cado para a sua miie, como sendo este enviado da parte de Aurelio, para quem ella niio rt>gntenva. pres– tancia ... O producto do recado, sempre acolhido de bom g-radn, 0t·dinaria– mentA Importava rm uma g nllinha nssndn, dôces finos, íruetos esco– lh id ns. etc . , a qn" elll's, Estevam e companheiros, devoravam. num vampirismo doido, ntraz da 1 greja do no~nrio, num esconderijo rxis– tente ahi ... A urelio e D. fiita s ó tardiamente foi que vieram n saher elo procedimento machiovélico do E stevam, pR.l'I\ quem em estlmatlvl\ a Mqnê ncin elo namoro, visto, que d elle t irava mog nifico provento, o que res ultou a se_r r,penas levemen– te cnstigarlo, porqne fazia tudo com mestria ... Das índiscriçfie~ de D. l\itn refe– rentes a seu noivo, atravês da cer– ca, ás suas vizinhas, nlgumas eram ~ing ulares ... E sta, por exemplo, de que ella dizia adorai-o muito, es pecinh~1ento por tei· elle os olhos de "pedrn-li– pes ', é bôo . .. A's vezes t ambem se queixava de estar Llm tanto quanto enciumada

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