A Semana 1922 - Julho v5 n 222

1 ( . :::UOCI01 ~;~~ ~ O TCCA..~O SID)[ RABO Volto n pa ulificnr o espírito be– nüvolo elos leitores d'A S.ID11LiNA.. O ·silencio, 11or ,longos mezes, rlo " Ling-ua de Ouro, como muitos nn– tnrajmente cbegurnm a pensar, não slgnificnv:t o seu clesapparecimen– tu da vida terrena, mas, sim, uma ('ontingencia a que o forc:ara a " ca– vnc:iio " ela vida em outros lognres, ciclades, Yillas e sertões do nosso Dstado, atrn vessando audaciosa– mente verda deiros precipícios r·o– mo sejam as extensas buhins que se formam por todo o formoso To– ~njfos. Vi e ouvi cousas admirnvels, que, contndits na simplicidade ci'ls simples, bem podem recrea,r e acal– ma r o espírito elo mais neurasthe– ni-c.'O e nevrotlco, atribuindo como estú, na t'.!poca que at ravessamos, com os boatos de rernluc:ões, prom– pt.ldões de t ropas, etc., etc. Slniio vejamos :-Em Abaetf, ter– ra dos Abrens e Gnribnldis, 1n1s– sei h'es dias e no segundo, com muita intelllgencia, soube compre– hender ns modas do lugn r, confra- , terniimndo nssim com os seus cos– tumes. · ·~otei que, o que maia a legrava a sua popnla<;ão era ouvil' o apito de nm va por. 'l'odos immediatnmente e alegre– mente <·Orriam plll':l "n ·hefra ", ho– mPns, mulheres e criarn;as. Até o " l~ingun <lc Ouro", por surr vez, chegou a correr. u ma <las VC't.Ps, junto ii ca•l<',adn da Pensão, encontrei um misero '.J.'ucano que 1inlia a cabeça r.ollarla ao chão. Ao pohre aniru/11 tiuh,m1 arranC"o<lo o rabo. Doeu-me v<'r aquelle bichinha, todo arrepiado e traduzindo um grHnd<' soffrimento. Pin-ei e puz-me a conteinplal-o. A l.'11· bei í alanqo. Então, que fazes ahí '! - Vejo n p o 1•0 que 1mssa para ",1 beira··. - ::S.'ão 1•.ips tambem v<'r o VtlJJJl' '! ---'::--i"tn. poic; qne mr lol!a o c-1P1· frilJll'Zn do l,ir•lJ, ttt1•· ,-. o raho. f;i'J A SJDMANA C0&::10 011:10 11osso andar pulando e todas a s ve– ~es que fuço isto, bat o com o bi– co no cão e doe-me a cabe<;a. --Coitadinho! . . .- c-hmcu esperi- mentaste uma sensação na vida 7 -,uma unica vez. E podes me contar? - Com muito pra zer e um pon~o receioso. ;-Conta-me, contn-me tudo qnll prometto sei· discreto. --Cert11 occas ião ouvi ele' d7is moços que conversavam ju1-1to a mim, que em Belem bavia um ,.npaz muito parecido commigo. Explodi de satisfação. Julguei que igunl á )llim não houvesse ninguem no mnudo. - O seu nome? - Ah! Não •lhe digo... -E' gordo? -Não, é magrin'ho. -<E' nlto? -Não, é pequenino. - E' bonito? - Não, é f eio. -Vamos, - o se,u nome ? - Você, "Lingnu de ouro ", mo pron)ette nada dizer a ningucm? - Promotto. - .'Jure. -Pela l uz divinn ... •.ro<lo radiante, o TucallO profe-– rio o noníe do sea riv11l. O J oão Lobão da Policia, o ho– mem que não pngqu o Na,,ão. Lingua. de Ouro. ____*___ A SEMANA, a princeza das revistas brasileiras. --- *·- - -- -i"-1 G') _ ~ _(u ►.Mt 2) ~ ~-:~&.. ?.:J. @~~--e:. ~ BRIND_~ _ 4 ~ ;;1 C inco ::::~desles, ~ "'I com as datas differentes, ~~ !t.,'E, '<01 dão direito a uma musica ~ moderna, offerecida pela ~ ~, Livraria Bittencourt, o • maior/ emporio mus ical n J do norte. Ire.. i , 15- 7- 22 fcJ ~~~~,_<;?~~ UM ANNUNClO snhido nas paginas d'A SEMANA é real victorin para q uem o foz. 'T'ravessa 7 de Setembro, 3~- Telephouo, 2 7 8 . Supplica Qu!lndo m e vires, F l ôr, .tl'iste, clesalentado. Com O meu cer ebro immer ~o em l angui clo se:ism.11·; E atróz, em meu ~embJante, agónico e velado, Da tetrica denlifat o estigma se estampar; F, qua relo meu olhar, dolorido e maguado, Snpplice e com ternura um car inho implo1·aj ; g o 111e n cm·a~f'LO tl'i:.;t;e, á!': magnas pl'O:-.te1· .- 'o, Unil·-se com m<'igu ice ao teu, louco, :th nC'j:u·; :\Tão nie l'i r:is r om os teus sarra:-ücos motejo<, . . . !nelJria-me, ú i:;in ! <·mu o nectar doi:; teus bej ·jo<i, E tlo teu mc-igo olhai- b:rnha-111e no .espleudl)):, X 1 santa co111nrnnl1ã<1 tlo i<'n excelso amor! E 'rt<'sta "itl,t ingl'a la eu frufrei doce calma (~u e da maguu o ,:I:isol não rnai:.; s ei·ít 111iuh· 1ma,

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0