A Semana 1922 - Julho v5 n 222

1o=ioc:::==::roc:ro====i,oc A Sl!IMANA i·a ~ morte uo coraçfto do Prín– ci pe-. Mas, ao fim de seculos de auseucia . durante os quaes semp t e o Priucipe a espera r:i. a Princeza eut ra va pela porta m a l-Ol' da sala das esmeraldas, vagfl ro:;:n mente, uu 111 alheia– men tà de encantada regressan do 1 lo sen exilio . Vinha bella como nunca. Elia que sempre fôr a bella. Tr azia os cabeUos pelas cos· tas , compostos em duas tra nças ~'erpcntinas. Os olllos tinham o ve rde da sua côr mais mys– t erioso e mais px-'ofundo. A t,occa ma.is ,·iva e mais a r den– t e, t inha a fórma de um beijo. E no seu andar havia -o rith– J.110 das p·ombas voa:ndQ em vôos de amór . A Princer.a ent ra va . .. Cobria-a umn tunica de da– ma..-:ico verde. afogando-lhe o pe,coço uma gargant ilha de esuterald-as a ntigas. Na mão e-;quewln, a neis ele esmeraldas . :Na mão d ireita, um lyrio ne– rado.~ lyrio q ue t\lla cofüe· t,l. ao ent r ar 110 Pafacio. 'E o Príncipe -avanr;a para a. 1 l'Cebcr: abriu os braços num gr·:mrle abrai;o de amôr , e fe. < hou a no sen abraço, no seu i t·}tnde abrac:-0 ele amôr. As <.l ua~ boccai:; e ncon t1·aram-se . ús seus corpos un iram-se na fülSiedade indefinicla duma sau– ,fa lle mysteriosa. E ,as snas almas confundi– ome 1·am-se n 0 desejo maii:; ardente e mais intenso qne as almas podiem sonhar. Quando i:;e afastaram, pa ra os olhos de um poderem vêr nos olhos <lo ou ti-o a sua pro– pria imagem, a s janellas do P alacio tinham-se cer1·ado, as musicas tinham emmudecido, as l uzes dos candelabros ti- 111:ÍanH<e ,,elado mais. A Noite fechara-s e inteira – mente . O silencio descera. Des– ce1·a o mysterio. Só eram mais vivos os perfumes e mais bellas as flôr es. E a P rinceza o o Príncipe, as mãos nas mãos, os olhos nos olhos, como se fossem inspira– dos pelo mesmo intincto, e le– vados pelo mesmo sentimento, disseram um ao out ro, entre as luzes qu•e mord am e os per fu– mes que os empalavam---7Jara sempre! vam sem1wc! !E agora, quem passa per to do Pala cio, e o vê fechado, im– penetravel, mal sabe qtre den– t ro deJle vive, dh-inamen te bel- 1o, o Amôr que não morre, e nada enfraquece,- n 1 em a vida com os seus eaprichos, nem a ~orte com as s uas sentenças mexor::weis ! A E ustachio d<' Azeved-o O gcuio é uma aguia ast r:il que enigmas desmarauha de a rdor rapace ; mas de tal r apacidade ' qüP. consiste em prenrlel' as presas da verdade ' t nmsforruan do--se P.11.1 sol de r efulgencia extranha. Cr.illocado do Ideal no cimo da mon tanha ' a bra nge com um olba r o tempo e a immensidade fleixando muito abaixo a host il vulgaridade ' i nvejosa e huma nal , de uma visão tacanha . ::--:1 :scena mundanal é como segue o genio ; qu ando fi nda uma pe\;H- e e!-cureja a ribalta iwla n1 cois&:;: mil no universal proscenio . ' Abm·1• af.ão rle luz pt·jada de nevroses, sí, o genio é athleta ;rndaz que os precon ceitos salta e assombr a a<; geraçõe!-, fulgm·al de apotheoses ! l>o " Tabor ela Existencin" . Graça Lima -•===~à:2~011:10 0 >====~o=o~===~· - OCIO Crianças, Amas de leite, Senhoras gravidas, Pessoas fra– cas, Doentes e Convalescentes d evem faze r uso da hllGIOP}lOSP a II II A melbo t· farinha nntri ti\'a d e d io cstão facil, nosto ao1·adhhllis simo 0 acceitavel a todo paladar-- Vende-se nasprincipaespharmaciasemercearias DEPOSITO:- Laboratorio Bacellar, rua S . Antonio n . 54.-TELEPHONE 4 _ 4 _ 7

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