A Semana 1922 - Julho v5 n 222

or::10=====01::1oz:==::101:10 r;~ ~~~-5,~t~~:r.~~\) -Tu! sim, és tu mesma... Olha, os meus labios estão sequiosos do teu b eijo! No ambiente violeta, on– de murcham rosas em jarras de porcellana de Sevres e o silencio é perfwnado por "Coly", ella conlinúli im– movel sobre o divan azul da côr do seu vestido. Tem o olhar cm cxtase e o seio ar– fando em leves oscilluções sob a caricia da sêda..- Elle, transfigurado, com os joe– lhos no sólo atapetado, con– tinüa: -A tua bocca é o lago es– piritual do meu desejo! Tu és a visão loira dos meus so– nhos ! Ha tanto tempo que eu te espero e te invoco nos meus versos! Oh! Eu sei de lendas onde as princezas têm olhos assim :negros e bri– lhantes como os teus! Os teus olhos são dois meninos tra– vessos que brincam com a vida e com o amôr !... Ella sorri quasi imperce– ptivel e os seus olhos bri– lham mais sob as palpebras de sêda. O crepusculo desce na tarde o velario das som– bras. . . E lle tomou-lhe as mãos e beijou-as com loucu– ra. Depois: - Tu tens passado pelas minhas noites de insomnia como um grande tormen– to. . . Dá-me a tua bocca ! Eu te ensinarei a beijar! Em gesto medroso, ella re– tira as mãos das delle e o seu corpo todo se encolhe entre as almofadas de se– lim ... Quer falar, mas a voz se opprünc na p crtw·bação da sua alma. B lle, mais calmo, conti– núa: -Os meus olhos são doí$ convalescentes passeando na alameda do leu collo. . . Na alameda rendada elo teu col– lo viceja a flôr do meu de– sejo. Tu deves ser minha! sim, minha! . Nas orbitas torturadas da deliciosa cr eatura brilharam duas lagrimas como peroJas claras e finissimas .. . E lle curvou-se amorosR– mente e bebeu-as como c;p fosse um licor sagrado que viesse a'calmar a sua ansia vertiginosa ... Mas, num gesto brusco, decidido, ella lançou-lhe os braços em volta do pescoço, 1 Tonico das Parturientes ( ~ NECESSARIO NA GRAVIDEZ Q~ 1/ Obrigatorio depois do parto ' DEPOSITARIOS E AGE1\'TES PARA TODO OBIL\SIL: I ~ A. Peres & C.ª ® e colou, na delle, a bocca co– f ebrecida, ansiosa, ardente... Anoitecia e, de subito, se accenderam as lampa da4>, ganhando o ambiente a at– tracção dourada da luz . . . ANFJDOOTA. Muniz Barreto . Numa escola. ~fonino Alfredo, diga-me .::'L: •1uae.a siio os p ecad os mortae,,? -:•mo sei, nüo senhor. - Como enUl.'0°/ o menino 11üo S3:.><! Qua.c!i 1:1J.o os Peca<loo 1norta.es? -Nã!_) sei. não senhor, nem tPr.ho obrl~a<:110. Na minhn ldatle aln•h He é lnnocentie p1u,:i saber essas consa.e. " Facturas, Enveloppes, :Me-· rnoranduns, Notas, Conheci– mentog, Circulares, quem ti– ver de mandar imprimir e quizer gastar pouco, deve procurar a A SEMANA. TRA V. 7 DE SETEMBRO, 33 * ANEDOCTA. Fala•s t>, de:mte da menina Ju1::i, d e um sujeito que acaba de nlJRD-1~ naT a O.iP<Jsa. ;partLndo pa!"a lon– ge. -;-Coitada! exclama Jufü1. i,i llNIR VRI drur fllhos Ú J)Dbre tn11ll!n· <•Ue ocrá delles sem pai. ' ___*___ Um album de musica um Jivr.o de oração ou u~ ro– mance encadernado n,A SE– MANA, patenteia o capricho de sua proprietaria. TRAV. 7 DE SETEMBRO, 33 Telephonc, 278 f TRA V. S. MA THEUS N. 7 ~ __ , ______ ,~ i ----

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