A Semana 1922 - Dezembro v5 n 245
Tertulia ~ Pnrn Rodriqo J1111,-or, o poeta dns ttSonntina.S fllorosnsH.1-J.>oratu1. A vossag-entil opiniüo sobre ~ intellectnalidndr. feminina, trou xe me s ince ra a legria. Raros os que se inleressam pelo prog r<>sso <lo espírito femini l; e no yaslo campo lite rario surgem de qnnndo em ve z inimigos acce rrimos que se torvam, algumas yezcs, pcssoar.s. : · E ·. n1csmo entre pcssons an1igt\s, enco,nti;rimos tantas VP.1/.CS quem nos. fere sonat~irnmcntc c"m a bm.issfio de 11111 co11vi1 P. qne, ni,o jmrccendo intencional, é , 110 en– tanto, arnargol Níio obstante, o trabalho f<:111i– mno vac se affirmando por ;;i mesino, com a dcmonst ra<:i1u dos factosi cm todos os ramos da g rande sciencia cb vi<la. ~ /-,o sei porque a nml11c r 111- tellectual é de todas a mai;; al– vejada! Nós, as que cu1tiYamos o vnrso, somos, qun~i semprn, iul 0 ·adns túo impiedosamente. , '" Ha po_nco no Rio de .Jnne i1 o, m~,a ~e :11ossas que ridas pr.etisa s, fo1 v1ct11na, pela. impre11sa, dr, maldade ele um desses julg adores, Como eu tambem, na minha te rra, tive ig-nal sorte. A mulher inte llC'ctual ainda nf,o é bem comprelie ndida no n osso me io; e , para muitos, e lla {, 11111 absurdo que se de via supprimir. Pesso:is ha que, t endo embora 11m elevado g-rau de i11str11c<;flo, cou– fessnm nüo aprecia r a mulhe r i11- t elle ct11al ! E en pmg·unto-me : p orque e ssP.s espíri tos cultos des– conlwcem que da cultura <•spiri– tual da mulher de pe nde a feli ci– dade lnasculinn '? ! N- ao essa cultura que pncleria- mo: chaniar <lc «ln11 t.Pj onl:1s de salao», mm; a eclnea1;:10 i11t<-ll<•– c t.11nl que torna a Hrnllic> r fo rte e a pta pnrn os <'lllhn tes da Yid:i, ~" ln _ ]'_<·~·de r a g-r:i~·a natural e a s<> ns1btl1Jaclc do c:oraçr,o. S ito 'llla, i s<•mpn, ri g·11ristns os q11<• s<• rc fe r<' tn ft i11tcllet: t11nlidade f'<•111inin:1. Os rnai,; <·0111pla<·cut<'s díz<>111 da lllll lli<·r in t<'lll'i-t11al o que 1\1; lff _jnl g-a d"s li ah i1 n11tps de .1 11 - f•Íl <'r <' d<• i-ia t11rn11- (·r<·a t11rn ti mi- 111,sc-nla,; fJIW .1 pP11:1s q11<• rc:111 vf·r de> !ou.!.!·<• '-<'111 ,;(' .i pprox i111arrn11 llllll(',I. l'or c•,;S<•, e• n11 t ro, mot i vos s11r– ]'n ·lu•11dP ram- 1n<• o , 1·0,,0., co 11- .!, A SEMANA • Gotronel Agêo da Gosta ~amos 1 1 J 1 i~ 1 Na te rça-fe ira p1:xima transcúrre o 1~atnl de n~sso presad() J confrade da imprensa arnazoneme, coronel Ag-~o da Costa~ f?\ Ramos, clirec tor -proprictario do brilhante vesper tmo «Gazeta. (0) ~ da 'rarde ,» que se pnblíca em Manaus. _ ·- Ao director da «Gazeta» nfto faltarão as demonstraçucs de , i11ce rn estima e merecido nffecto com que o distinguem os se us muitos amigos e os admiradores do seu caracte r- =====0 =============é?-<>-<!:::=== eC'itos bondosos sobre a miuha fra,.•il i nd iv idualidacl<'. A minha lyra, effoetivamente, nf,o sB filia a n c ul1n111a 1iscola: a cmoçüo cí que 11. fa¼ vibrar. Eila snr– o·in e morre r(t sem fnlp:nr na es– J,etica da poesia brnsile ira, mas eoroada pela since l'idnd<" que ú, qnnsi semprP , uma flM d'.1 111ar– tyrio 11 0 ambientf' cm que v11·emos. A vr,rdade ira. poosia <: 11111;1 sc<in– tô llia de D<ms no eoraçi10 1111111:1110, e por isso de dificil C<!lllJ>re– he11si10. El la c nce rrn <'lll si 11H:s- 111a a natnrt,1/.:l , 1• arranca das pro– funde lr.as do «<' li ~ toda a Sl\11li- 11w11taliclacle r111<1 tr,111sforrna <'111 rinHIS pa.l':1 otl'Pl"C<"Cr ao 1111111<10 (Jlll' . • • «olha <'· l'assn~. . NC'1n todo sf· r liu111a110 ti-111 la– cilidade e111 conhn<·C' r a, l,..Jl,•1/.as i111111nrtaf\s, ci111 l"<>lll)'l'"h1•11d,•r a idealidade dos ,<'uf·iu1Prrtos )'Hro,;, a d<olie:ulr•zn elas .1l111n, rnpc·r– sr n~Í\'P ÍS . . . D:1l1i o~ ,i11l/.!·a111c·11tos enoneos e a.bsurclos de qnc somos vic timas, imbelles. Vós comprc hc n< lcst.es n me ,_1 $ P ll t.il' , porq11f! as nossas lyrns s1, asse 111el11a111. En, nn «Alvoradn s:&, te uho: l\1:tn li:i:- d,• 111~io , clu•ia:,; de flt1rt.•j m;u1li:h genta:-, 110111 pris111:1 11,1v11 fil ra a; core~. tot.la! ' vazis. li V,ís cantnstes fnmbcm assim n– Cjll<' lla q]\'011t~ de eslrc llas» das \·o~:-;:u; «Sonnt11i:13» : u:\'uuh•s de <'!-ln•lla~ ! C:111H•li5~ d ar:1s, AhrC'-St' a lua 11:t!' ;dia~ cearas - Flor l'III l111liio \'nuli•s 1lc 1• .. trclla!- '. 11..; pyrilauq,os \';iu-.;,, a 111: 1.ir . . . E li;l 11:i11111r :11lo..; tpll' 1wlo1. c:imJiO!i Fal:1111 a ri 11. (};; pol't:is 11 ,,n ,;:10 os el<•itos da 'l'l' rra, nrn 6 0 5 J<"stiuado, n d<•1 xar r j
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0