A Semana 1922 - Dezembro v5 n 244

Felicidade de Dalee · ~ ~ (_':) Â t,' 1 qu~rlda J1osinh'1, A SEMANA ...................... ,~ ...... penetrou•me no. almo.. F iquei só e t riste. _B e lla ? Seg ui u embalada na es· perança e a lentada na fé de um por· vir feliz. F.phemero. e fugaz, com s urprezo. fazendo- me vacillar ante as tempes– tuosas passagens, que se me abri– riam á frente. Senti, ha d ias , entretanto, acia– rar · se o me u horiwn te: vi, não a D ulce das qui nze primaver as, a lma Na aurora a inda de mi· · ~•1 •1 Il i l i l ''.11l i!l i l i l i.l i 1111111111: 1 1 1 j" 1 1:1i.ll'. ll'll'llll11ll'll'lllll"l''I li 1~ irmã da mi nh a, confiden· te fie l de me us devaneios juvenis , mas a mulhe r em nha vid,i, conheci Dulce. ~ • E r a encantadorament e • formo sa. Po ss ni a dois ;;; grandes olhos aznes, an- ;; reolado, de longoi, cilios. i! Seus;ü.o1;abellos 1 lon gos e ~ anel~1R>s 1 emmolduravam· i! lhe a' fron te serena e pen- ~ sativa. A tez de nma ai - • v nra immaculada e d ia - • p hana, sombreava-se de um l',eve tom rosen, para : lhe ~ ompletar o phys ico, ~ docemente impression avel. i! I ntell igente e bem edu- i! cada, reve lou, aos quinze ~ annos, decidida aptidão i! para a musica, na exec u- ~ ção difficil, apa ixonada, ~ sentimental , de varios t re· !! chos n oto.veis. A candurn de s ua a lma emittia ra ios de infi ni ta iô bondade. De coraçã.o pro- iô pe nso á caridade, sahia to• "! das as manh ãs, a praticai - ~ a, com di~creção e ea rinho. • '"' c uja phy s ion omia o soffri: me nto e a fata lidade d as .. desillusües c rueis, implan• :l taram um c u nh o de anste– • rida<le perfeita. ~ Fitamo-n os um momen– ~ tn e. após, fundimcs uos- • sas almas 11 11111 abruço ca– r in hoso. Q na11do 110s npar· tamo~, emq na nt o em meus ~ <,lhos treme luzia o conte n– .; tarnento por vrl - a, o seu • co nt rist ado sen, hlunte re · fle c:tia toda a amurgn ra : que I he Pn llflC71'PCi>L u ulrua. Ess a cre uuçn de outr'oru .; e 11111lhe rdeP11tãn, d1oruvu. -Soffr,' s ? pe rg11 11t• i lhu S i111, soff,o. A m inhA ~ vida t e1n :--id o u111a. odss– 'sra <le 111111,1rgos d b,-al.,ores. - 1\ 111:\...; : ' ~ . , - N i o. u,;·1e i: n,nei 11 1118 · u nio,a vez. As 11ii11hn~ di · v 1g a1;1)~:,; co11v~rg·ian1 t 11 - <ln:-: pal'a ...~se 0 11101-. cel~s~ ~ lia I v is:iu q ue 1ne po ,·onv_a · a 11 111111 de se11su,iies dt>li– .; c i ,sa,, !S.. 11hadn fun tusia • Prn tple a 111inha uutn rul • inge11 11 ida,le ousou ac re· dit 1r . . . 1, annnr inl pt,re n· • ne rle 1 uinha pussndu Ít!· F oi em uma dessas a ben- ~ ç~adas digressõe,; q ue nos !! v imos pela prime ira vez. !! E ntabo l an1 os animada ~ conversação, prop ria de· ~ n ossa edadf>, nascendo en- ~ tre nós, _desse feliz acaso, iô uma amizade mut ua, es· ;; po n tn n ea, t ransformada ~ ma is tarde, pela commu- • DIVIN__A }\.NGUSTI li nh~o de pensamentos, em -'!'~ / ,.. • lid lacle. Ah ! fel ie id a d<! !. -· fel i· • ~idade ! . .. Com que e nl~; - vo nos eutre g a ruos n ti · A ' l/11uh P o111,,.r d,· Car;,ul/w . ~ (:o ,no te sorvPiuos 1ão a va · ~m izade verd ade iramente fraterna l. f Tornei-me, <l'ahi em di· ante, a sua amiga predi- Ject o.. ;; ~dmira va-l he a bellr.za , ;; ª rnt_elligencia, o talento ~ e, acima de tndo, a a lma iô p rofnndarne nte bella. O u- ~ v 111d0 ª s na voz, de licia- i!!' va·me •:om n s uav idade de ;; expre~suo r a fas<'inação t de 1de11s. • Como nos se n tíamos • et.he rea_,nente felizes na ~ fratern1?ade espi, it unl que nos unm ! Ineh.-iadas ao • suave per fume da nmi·,a· de, esqueciamos a noção ~ bem ntroz da .-eal idade. ~ Nalal I Jes us nasce u ! Maria, h umildeme nte Põe os olhos no Céo e beija as mãos do F ilho ... Um perfume s ubt il de cravo e de j unqu ilho Se exhala de Jesus e perfuma o ambiente. Na tal ! Jesus nasceu I Natal ! Alegremente Vem chegando os zagaes pelo florido lrilho Onde os g uia, da est rella , o refulgente br ilho 1 Be ijam os pés a Jes us que s orr i doceme nte, Trazem flores , incenso , e myrra, e alec r im .. C urvam-se pelo c hão sobre o verde capim Que o asno e o mans o boi a leg ren1e nle comem ... Mas... coração de m ãe I Maria o lha Jes us: \"ê do C a lvario o Drama, s ente o De us feito Home m, O sang ue derramado e ntre os braço s da C ruz... B RITES l\foTT A. • ra 111e 11te, clPSjJl"elld idos .da d ôr ulhei n, e PSlJ ll<:cidos dt~ ~ h 11111an ida<le f-;o f t re do i u , :: Bondosa e c ruel. constródes ,. um lur e o nr phanns e ~ te us cari11 hos ! (~ue és t ú ? Mllteri1 o~ fl 11 ido? P ra ze r on goso · ~ E's ... l•:.; . .. o que não_ Px; iste! E 'sn i11fer110 <l n v ida· O h, Dulee, niio hl us ~ ,,. p hemes ! A ft> lil'id ude e • sn 'ler umn r, com soceg-o 8 • calma, tudo o que é ca!StO, .. p uro e bom; é receber co~u !!" an g n~tin, mas sem mu ld i: Dulce amava a a.-te e ~ preciso se tornava poi~ ,;, engrandece i- a e c ~ltiva·1'. ,;; 1 91111111111! 1 1 a com ze o e pe1·ft>ição. • ções, o tre<lo e fut ul con t acto dos mnlt iplos ca r <l~s ;;; de que !Se reveste_n ren ~i ~ ! dade J e nossa ex1ste nciu , l i I I' ,. l i 1 1 'I 1 1 , , , , , . 1 , , 1 1 1 1 1 1 1 I ' , , , , , , 1 111111 I" é despre,mr , sem nojo "._ maledicencia feroz que ,n~" rodeia, quando t emos a consciencin trnnq nilln, é abraçar, com fé, a re– lig ião de n ossos pnes e n un ca _rene– gai- a; t\ em flm, saber perdoar aqnel· le que nos foi soffrer. F, pnl'U o con· seguir, procnremos li~·ões 110 santo 1:egaço de nossa Mãe, nn benevola Foi Milão, essa sol,erba fllh a d 0 lona. pela s ua inromparnvel belle~ za artistira, t• alvo escolhido aos seus desígnios . Partiu . Ferin · nos o aculeo to.-tu rante da separação : a saudade. sincera. \·eal. mi nha, fo i a affor.tunsa corrrespon – deneia alimentada e ntre n,-.s. .F ina· lisou, com a estra nh a solnçã.o q ne deu Dulce á minha n ltima epistola -o silenc io. E este isolamento, pl'i• meira lição stÓri a qne tomei da ,·ida, pnngiu-rne dolorosa111ente a alma, .,

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