A Semana 1922 - Dezembro v5 n 244

Quatro salas e urna a11pla e extensa varanda, cheias de qua– dros associativos e ornamentadas · com cortinados flo rirlos, serviam para as danças, e) botequim era no q ui ntal, para on ie SP- de=cia por duas escadas collo1;adas urna na co– sinha e ou ri numa ctns extre· midades da varanda. Na co;inha havia um refeitorio no qual cm troca de alguns; 11ickcis se obti– nha muito bom café, chocolél te, m ingáu de milho, doces, pasteis e assah\· fresco. A se.ic das « Estrellas do Ori– ente i', era o quartel general dos poetas Frederico Rhossa r,1 , Leo– pof,io Sousa, João de Deus co Rego, Eustach i(, .Tuvena l Tava– res e outros, que a lli iam beber, com !r e apreciar o baile. O Marcos de Brito tinll'.I pa– ra «o:; a·nigris eia ;mprensn » L:m 1 ag11I 1111,· JmSS111"Í11h,, 11,i:1 /ic/,.·, es– con..:! iL1a num quarto fcch:i ,lo á chnve: era o quarto do.; brindes, conio usa ·n :ignra a Tuna , a 1 Jn'ão I-L sp,111hol11, a Societá Jtaliana e outrns. E qt1ãntos br;nJe!:i, e quantos discursos não se fizeram 'á, s:,nto o~u s!. .. Quando a o ·chertr.1 d.wa o signal de quadr:Jha, os pares se ,tf111ha,·a111 e ,1que!les qu.:: não dançn,·am ernpoleirnv,1111-se dos bancos de um ~'ateo que havia, para apreciar. O rrn:rcante, quasi sempre um entado f,it::i g:io, co,neçava: -Avnn tú ! Balancê ! Tur,le· •1cn! Passe! mãogu he ! Baln 1c·ê ·e ,·i,;avi ! G ·anrú ! X ,ngê de dama! Asse pla::e ! 13alancê' E o!hanfo par:\ a direita bcr– ra,·,1: -Sentid0, rapaziada! O' s,•11 Por .ugal, pre~ t ~ attençii0 p'ra A Sl!ll\fANA marcação, deixe de prosa! Lá v ~e obra: -Granrú ! B:ilanco ! P rimeira partida, é de gran reguindó! Xan de,iá:ne ! Balancê ! Damas aci cen– tro, cavalheiro résta! A'sse placd Prornenada! Xan– g&! X::ingê ! Xangê ! Balancê ! com gnrnnrn! G ran xcne s i:11ples! Ba– lancê! C1111inho da roça! Ví:·a que vem chuva! gillanl, o aveiue se 'am:! Se f.ni de bitanguê! F1n-l,1 a q11,1drilha, tinha logar leiliic· de r.ff ~rendas ao Menino J~~ú-, qua-;i semp re puJ im de mac~cheir;,, vaso.~ d~ b:1rro, cachos de la r.injas en fe:t idos co:>1 papel de ouro, gal inh1s vivas, jahotys, e ás vezes, frangos as– sados, que os rapazes arre na– tavam, para off.!re,er a rapa- rigas , ou para a ceia ao ar li· vre depois do baile. Lembro-me, com saudad~ quan– do chega a epo::ha do Natal, das noites alegre; que alli pas– sei, rinclo e folgando ao lado dos meus mais caros comça– nh ~iros de estro in ict s e~tinctas. Ah! Se o Elmano Queiroz fosse ci;!SSü tempo . . . que com– panheirão, caramba!. JACQUES RoLI..\. ___*___ Sruhora \licello]onha e-- ~ A extrem osa con sorte do nosso presado e distincto am igo dr. Fran cisco Bolo– nha . exma . senhora Alice Bolonlra, verificou ha pou– cos dias , J.:or occasiiio do seu rc_qresso da capital da ReJ.n 1biica, onde fóra em ·oia_qem de lrtlla111t'11lo de saude, quanto a admiram no seio da sccicdade J;ara – cnse os que lhe conhcce111 os se11ti111e 11 tos excelsos, que se tradu=em j.Jela 110- hre=a do seu espírito e j.Jela 111aq11it11de do seu coraçiío. À v irtuosa senhora, que é 11111 exemplo de bondade e carinho, viu-se ho111e11a– _qeada, pri11cij;al111ente,pc- ftt qente humilde, que lhe foi di=er da sua graltdâo /H>r tudo quanto d ei/a tem rece– b ido de beneficio, de co,1- forto , de suavidade. A 'que //e nosso diqno mni– _qo , que muito nos· merece, enviamos as nossas sauda– Ç<JCS de con_qratulaçiio /Jor ver 11ova111errte 110 seu lar aquella que s_nnbolisa toda a sua f e licidade.

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