A Semana 1922 - Dezembro v5 n 241

Mas uito fique triste a vosinlw.. Nos livros eu encontrarei contos mais bonitos. A senhor:i. tem raz:10. E' prccist) e,;tudar. Se cn 11:10 estu– das~e n:io poderia lêr e ficnri:i. re– duzida ús historias, quu a senho– ra 11:10 sabe acabar. ••• FLORES SECCAS Eu tinha rece bido, uma des– tas tardes, d e mão mysteriosa e g-e ntil, uma flor murcha de "flamboyant " e colloquci-a <leante de mim, jun to a um tn~vo de q uatro folhas, por– tador si lencioso do mesmo myste rio. Ao lado uma !)e- . ' 11uena p rra tu fada ele flores frescas adoçava o ambiente morno, mandando um adeus de pe rfume aos borrarvs al– v?s e op~l~ntos, q~e ãs es– p1ava_m, t1m1?0s, pela janella. A no ite fervilhante de estrel– las, estava quente e convi– dava de ta l forma ao repou– so, á quietude se m sonhos, que eu em breve cruzava os braços fatigados sobr e a pas– ta escura da mesa, afundan– do-me, pouco a pour.o, na branda paina de um somno leve. Dormi? Sonhava ? N:io sei. ·Q A SEMANA .........,...., **1rk*1rk'lf•-:. tttt*'lrk******"' Lembra-me, entretanto, que, ao ver-me al heiado das coi– sas (]Ue me cercavam, uma das rosas se debruçou can– didamente sobre a jarra, P. perguntou, iron ica, á peta la de •·flamboyant": Alci11d11 /Jias, (,/1111 1/0 Jr. Gahinu Go11• pdm•.-r Dias. - - Então, istn, aqu i, .ift é ce– míte rio d e saudades? Q ..ie fa. zem vocês aqui, neste re ino que me pe rtence ? . A pét~la de "flamboyant" fixou, por um in stan te , le ve - mente ve rmelha, e respondeu á rosa hu1uida: --Por que a tua pergunta? Pensarás, :-icaso, que as flo– res frescas valem mais do que as flores murchas? A rosa corou com a r e s– posta, pingou uma gotta crys– talina no claro damasco da mesa, e o "flamboyant" CO.J · tinuou: -As flores são como as lembranças venturosas, qu e se tornam mais preciosas e mais queridas, á medida C]Ue vão er. ve lhecenclo. A flor s ec– ca é o cadave r de uma illu– são. E f(, liz é aquelle que gua rda affectuosame nte sob os o lhos, como este poeta se m ve rsos, o cadaver de um sonho alhe io, suppondo que é o s eu!... A rosa debruçou-se mais sobre a ja rra, e indagou, in– teressada : - De onde vens tu, então ? -Eu Q ue te importa a 111i1ha origem? Sou filha de de um gal ho a lto, cujo le ite ~ugava, quando o vento me a rr~batou. Recolhida por duas pequen.1s mãos generosas, foi durante a lguns dias, o obje– cto do seu cuidado. Porlado- Casa I L.eal DE - LEONCIO SPECTEROV VENDE MOVEIS A JJRESTACC)ES J Convida a s exmas f ·1· f cl . • • <11111 ias a nf'.o aze rem suas compras e moveis se m v1s1ta r essa conceituada. casa, qu e é a qu e ma is va ntage m o fferece nc:1 v enda <lc mov 1 :-1s e legan t<:;s e ::!ode rnos, tudo a p restações. Rua de Santo Antonio n. 40-B .AêY' .AêY' .,,(éY' .,,(éY' BELEM--PARA' .ÁCY .ÁCY .ÁCY .ÁCY

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0