A Semana 1922 - Agosto v5 n 228

eme i nfinito Amazonas, fl cata lle alli• ,·io ao misero -corar.ão. .. No primeir o "gaio la", que nn· nunciou a partida, tomou passagem e foi-se embora. •O Totonho durante n viagem sen – tiu-se bem. Esquecendo as ngruras do passado, desper ta va-lho grata~ emor.ues o desdobramento maravi– lhoso de vistas a legr es, pitlorescns que s urgiam ele todos os lados por onde p.assa ,-a o vapor. Saltando aqui. para percorrer <'ID pasaeln a villa, alli, pura ndquid 1 f ructas e lembrnnr:as. a colíí, num porto onde o "gaiola " mais se de• morou , o JJ~igu·eirn se encontrou com um individuo, numa das primeirn.~ r uas cln c-idaclelln, qnc vendia prl:'– p nr ad os e brnxecloc. pa rn e;omba 1er rnazelia~, pirns. qnPhrndeirn. mnn olhado e m,t ~o rt<' cm ,,ualqner SC'· :xo..• Orn, quando o sujeito. qnc an,ln• Ta com o balaio íts coslnf:. t ran;,bor– d nute de pnnnc-éus, l!l'i t nn t·um u 111:1 voz fanhosa : 0 /lt{I o C'azu::{I <la Q11i/01i dcir a, 'l'crrirel ril'al (l{I prowia Morte ! - Cura : p il•a,v, .,ornas. q11cl1radeira ltfa::cllas. 111ll11 lrn/ilo e mci 8orl e ! O Totonbo quedou-se 11 escu~nr ntten1 o, 1,nr,t bem ,pcrcPh<'I' as cnn– l11<lns palan-as elo ,·ende(lor. •\o on l'i r, llOr(•m, ni, ido, má sor tr. t'll~ e-si remcc·eu ll n c-nbcç:a n /15 JW!< C. rn<lianlP. "" ll)lJJl'()XÍ1110 tl (l o b onH'l11. O Caznzn cln Quit11111loirn . en1iiu not:111cln o iutt-r eFsC qne o Totonhr: <lemonsl ru n 1, 1111z-;-c a 11rc•cani,:t1· Pn1 ,·oz mnis altn, o que liuhn no halnio c foi. <'111 S<';?;Uidn, perg•111- t1111do, todo melloso : - 1l eoronel desejn nl_gum reme– <linho '! C'omo o Totonho aJ~pnr entnF~e 11111 cer to ,·exnme, o lnhio,o indi– viduo t r11 lon !le sannr o mal, l'l'– cl:ll'gninllo. clrsfello cm gc•ut ilezm: : - P a r a alii, c-oronel, é mnis r e• fi(')'\' :IUíJ (' t; . exc. lNll um Cl'!'ll(lc a 011\'il-o . .. r,; os d ois segnir nrn. jít qnnsi nmi– _go~. pnrn umn quitanda nen<-l1apa• ria e n rruinada, scm frt'gnc-zes, que ü emorn\'a ú frc-utc, n meio elo quarteirão . .\hi c•ntrnrnm no n~snmpto . O 'l'otonho nhriu-se cm frnnquezns : - I•lu queria experimPntnr e,i::r s eu renwdio pnrn má- .~arte . , -o– cf• não póde iruaginnr como t>U c;ou um homem s:cm sorte p 'ra tnclo, e~– pecinlmentc, espccfalmente ... J~ c·omo elle esth·esse recelnso vncillanle, por nntnra l pscrupulo &· Ol \ cm concluir. o Cn.zuza da Quitao- - I sto coronel, t! olho d e bôto à BllKANA )CIO 01:10 deira Instigou-o, amigavelmente : cllo "prepar ado" ... Basta, com, - Fn le, sem vergonha, coron el, eu disse. o coronel olhar r.or elle p estou aqui p,ara servil-o! qualquer mulher, que etln deixa 1 A"Pesar de não sympathisar nlgn• do e corre a se entregar .. . Qu. mn coisa com n dubia e:xipressão a o quer tm111, coronel. qualquer u~ homemzinho, o Fi1,,'1leiru, entre- solteira, viuvn, casada ... tanto, se dispoz sempre a fnlnr : E , ruppnr entemen te r ecetoso: - Sim, como ncnhei de cüzer, eu - :\I us. cor onel, isto 6 s Pg,ret1· não tenho sorte p' rn nncl,i, cspccíul- não é JJ' rn lodo o mundo q ue r men te p'r a mnl,IJer es. .. As mulhc- vendo, porque se n policlu soub r es s6 me quer em explorar; nenhu- eu vou parn a ca-dein !.. . ma affelç;iio, nenhum amôr, sõ as E o Totonho, que graduava n s possuo ít cnsla ele meu d inheiro!... tisfncçiío pelos sorrisos, radiant E', sinceramente, um p roftmdo des• maravilhado mesmo, não se f urt11, ~osto que me constr ange ! de 'Con templar o objecto milagr, -Ora, ora. cor onel, é jus tamen te so, exnmrnaõdo-o, virando-o, re, , p'rn isso que eu vendo aqui, r azoa- rando-o incessantemente nas mão ,·cimente, os melhores "tt·abnfüos" ! n e1Tosns . OillP: isto é infallivel. O coronel De r epente cleu-llie na tellrn :ibr1 1:cg-a neste objecto com a ponta doe zncla de experimentftl-o nlli mesm J <ll'1lo s e fita por elle a beldade e, todo. tremulo, ICYOU·O no olho i>, qne dt•s<'ja possuir, qoe ella Yem quer-do. fixa ndo-o para o Cmmz ineYilJn·elmcnte, toda faceira, a eu- cln Quitandeira. ;.:u~:1. n •quebrncla, nppetitosa, cabir Este, pr egosando o suct•esso e : (. 110 ,: ~Pu,; brnc;os, vc-ncidn parn sem- r n niío perder a ,partida. comeco' p1·t•- eomo um passnrinho num a l• gritar. correndo pnrn o coroneÍ c;a piio !... :-Ião fa lha, coronel! E' n a - Coronel ! Coroncl, não fac:" <·Prl :V- 1 s o ! Nã o fac;u isso, coronel! Ai E , r·uidadoso, entr egou O ohjectc não pos:=,o !.. . Eu não po~so mni~ 1 ao· Fi~ncir-11 . que o examinou, cu- E, se r ec1uebraudo, se retorc!'u rioso, com toclu n ut tenr,ão, minucio- todo, como uma ~ata ,·0l1111tuos i;amente. arfa nte, foi calli r-lhe nos br:t,; - ?.Ias, o que Yem a ser isto ? in - sob uma chm·n de beijos. . . 1 dngou radlnnte . B l r .iF-·=···::: : : :::::::::=~=-::=-=-=-=-=-=--·-=--=·-=- ·=----=----=:~: -, ~ ~ P E R F IL ~ -~ 'r ;/li ~= ================~;1, i A' senhorinha A. de A . M. E' de por te mignon. Seu corpo airoso, De contornos gentis, immaculados, Tem. das :~ymphas o encan to dulçoroso, Que nos deixa entrever gosos sonh::i.dos . .. !.o ,·oslo, pequenino e gracioso, D:io Yida e enlevo uns olhos reques tados . . . Conduz-nos sua YOZ,- b'ino amoroso.– De sonho em sonho, aos nimhos encarflados. Sua bocca,- dc goso Ião farnclica, Quando sorri, covinhas faz na face : - ninhos de beijo em amphoras de "angelica" . Diz~sc bella .. . Duvida? E il-a enfadada. Co1wcncida, inda que por lal não passe, \'ive, ó céus! de si mesma enamorada. Costa N eumann

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0