A Semana 1922 - Agosto v5 n 226

n " 1 1 ' ;; 10 01:10 OCIOI A SEMANA 01::10 o :r1ysterio, falando-n os em felici,la– <le, cedemos á seuucção, abrimos a 1rossa canrnra. .. Quem nos a [)ll1l· i-ece? um homem sempre inferior ao preterido, porque nem s~quer t em a lma para o a mor. Vês-me cm 1 ,Jenu gloria-sou uma mt~lier ~a– ciaaa, i1ma mu lher que n ~LO dl;~c– ja... e como é bom deséJar ! :re– i.i110 tudo e falta-me tudo! Uma en– tre,·ad inhn, a quem offerec~ssem joias e scd:.IS, se·r ia mais feliz rlo que eu porque, deante do espelho, ?.tadar-se-ia par a os seu~ olhos; cu. . . s6 me visto e en feito para c!lc. Preci'so inventar meios de o p render. porque nada o r etem . u m im senão a minha belle,,111. No clta e-u1 que elle d escobrir nos meus ca– l ellos 11 111 fio branco, ·uma rug,a em iuc11 rosto ... a i! de mim . E os creados ? Os cr ea<los sahem que sou uma mulher d e aluguel, uma en1- c idA da vi r tude. homisiaela na lHS· ci1·ia. Jfl lhe tenho .flala<lo assim como te estou fn lando. -'E elle? -E· um sceptico. Como o di- nheiro tu<lo lhe facili ta, sorri e ul- / f r aja a honnt i;om n despreso. ~ 1,iio imaginas como u~e sl~to hum~– l"rn<la quando elle d11-: : Olha ~1- líi:i. deixa-te d<' escrupul os pueris. A consieleraf;ão so<·ial é uma mer– c·.aclori a como outr n qun!quer. . . co– l LO os tirnlos de nobre,,,a. 11or excm - 1,to . nu nohr es ele snngu~. ._. ma~ !-ó· 1 o tiio poucos ..._ 11 ma10ri31 dos ficlalzo!:- pngou o;; sens hrnzocs un 1,nkã o . ) [ostra-me cm q11alquer <-1'· )11it1-riu um cpitf1pllio cm que !"C' :,•111,la 11 nc<~ies Yis. Xãn hn. . tndo (· virtnd<'. l·, (]UC' i• o epitnp(110· 1 n ~,nrinw total do>< 11ctos da nda, .. <,"w. te f:iltn? DPixa-le ele c·rrnuc:a– d~~- o mnncl o (• uma fiC:f:iio. ''. , :",ilu é· asRim. 1'i11 (, qne sei. 1 1,. 1 ,:n,i m:.iior s11ppl ic·io, 1n•m 11n~.~•• iierism·. nem poi;-so ~offrcr-en ..,. J C'pillo O!, JlC'llSfllTICIJ!OS JJHnl. l!ll(' J• .ico me fiqll<'lll nn l'Her os n•~t1:,::1ns qui l'IIC'S cost11mnm cleixnr. l<;' 11r1~ eis, ym· eu 1"ejn formo,sa C' as Ja– grimns fniem no rnsto ,, quP as tur- 1 ,~utt•,; fnzem ,1 terra : <'~<·n1·11m-11u. E. . . Yé tu. . . nem elle, o meu 1um1nte. tem ·confiança em mim . .. · E não 11élcle ter, não tleve ter. IDu quizeru ser pobre. pauperr imn ! Quizera viver como aq uella mulher aUi ela barreira que mórn em uma ,cnsa d e taboas, tão -pequena e tüo frngil, que eu não sei como cahem 1ft deu ti·o tantos creanç.as e como tem r esistido ao vento das ulti– mas noites . :Ri, ou<:o-lhe as gar;a– ,1haclas nlegrcs, onço-ll1e as can ti• gas, vej o-a p assar conten te entre os fil hos descalços e en . . . vivo aqni, sem ousn r entr eabrir a j n– nella, porque toda a vizinbnuçe co– nhece a minha histori:l. Vivo a;;– s im, cober ta de seda, coberta de joias, p isnndo em tapetes, reven– do-me em espelhos, com1londo a m i– n ha belle-ta merceua ria 11a1·a o (!Om – mercio infa me . Como me il111di ! Como me illu di ! Ah ! minha nmi– ga. não t01·nes d, não tornes cú, teu marido 11õde saber. E n sou u u111 ·leprosa ! lima hediond'!l leoro– sa ! A honr11 . .. Como eu tenho sa,1- dade da minha snúde ! Como c•u tenh o saudade d a minha saúde t Leva p recipi<l:unente '1S p equeni– nas mãos no rosto e. cabindo-lhe >?m d obres as la rgas mangas do kimo- 110 ele sede, deixam-lhe nús os bra– ços a lvos, fllgemndos em pnlseirns d 'oiro, cujas •pedras faiscam ú ,·il·n luz tlas l11mpe·c1us ac:uceuaes. ~!~===========:::t:===================;:;:!! [ ~ PHANT AS!A ~ :: 7 •,..- ==========::::::================-==-:!:. - --i, No e thereo monte azul da minha Phanlasia Ha gloria que o encima e luz que me ex tasia . Ha bito solita ria o cimo desle monte, Olhando um céu azul sem linha de horizonte. Domino neste Imperio, e chego-me a suppôr No paraíso ao vêi· lhuribulos ele amor, Queimando .'em cessar os rnysticos odores E as doces emoções de pallidos amores . O vento ao perpassar soluça maib-igacs E ao longe ouço da terra o g rito dos chacacs. Tão alia é a Phantasia, e tanto o doce encanto Que sinto 10 riso am a rgo e doce o a rdente pranto. Alli Ludo é sag rado, e quem profanaria O e lhereo monle azul da minha Phanlasia '? • • • Rocha Gama O>c:==:::ro c:10 OCIO ... oao===::101:110 o=o====a~o=o Crianças, Amas de leite, Senhoras gravidas, Pessoas fra-· l oas, Doentes e Convalescentes devem faz e r uso da : ItRGIOP OSP RTI n-·1 ' A e lbo r farinha nutritiva d e di1-1estã o facil, gosto ag1·adb.b ilissimo ;:cce i tavel a todo paladar t li? Vende-se nas principaes pharmacias emercearias DEPOSITO: _ Laborator io Bacellar, rua S. Antonio n . 54.-TELEPHONE 7- 4-4

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0