Julho v4 n 172

GA.ÇO ·S ••• A _l?LAU'l'A, o violão e a ser enata, elementos i 11- dü:pensa,·eis do encanto de nossas noites <le lua r. estão em declinio franco, ameaçadas d~ desapparecimento. Quando eu era menino e não media as cn?•. sequencias . dolorosas das attitudes na d, la,. 11em pezava as contingencias hum"anas da exis– t encia sobre a terra, as cousas que mab nilir.im para alegrar e exalta r a minha qualid:11lt! rle brasileiro, eram, falo com sinceridatle, a· fl;rn- · t a, o violão e a serenata. · · E sses elementos exer ceram semp1;e fnncçõe:;"' distinctas, mas, visando o objectiYo nnico do primeiro filho. . . · · · Não riam.• Pela flauta, pelo violão e -pel;l serenaLl ehe ga ram o namoro, o noivarlo -e ó casamento. - 0 O n n. Franco Martyres contou a uu1 amigo, indiscretamente, que um seu collega , nza de processo especia'l e util para guarda r o di– nheiro com que ha .de preparar o seu casa- 111ento. .:Kada de .Bancos ou apolices. . . . Sua noiva· querida, é a zelosa tbesoureira. Outro dia, de u-lhe a · guardar dnte pelles de 50$000, · novas em folha, a fim de que as mesmas não vissem, tão cêdo, 0 SQl ou a chu- va .. . · O processo é magnifico sim, senho1·, porque . o çamarada, qu~rndô estiver b'l"isando, 11ão tem coragem para saccar por conta.... O amigo do dr. Franco aconselhou -o a to– mar ess~ -exemplo como ponto de pai tida pal'a as ~suas economi•as. . Que tal? * * * Um violão gemebnndo, umn •flauta ·bem so-. prada e nma garganta com algum brio de t e- : nor ou tenorino, podem ser consideraclos bases em qne se p11oc-urou a•ssentar a obra do " cres- cei e mnltiplicae-vos. " O BENSDIO~ que é o taco ela P~licia. :snuraça, · Se elo namoro, a mulher, passando ao noi- va, um dia destes, uma porçao de red stas vado, uttinge á méta do casamento, -depoi.s ·do cpega:das do sul. primeiro fil'ho, penle ella a Yergonha ele exis- . -Dozé ij-in réis estão aqui, disse ao Abela r , tir como mãe. do que delle se acercava. Sfto fructos do 11oiYa- .' A11tes, se1·á Í'id icu1 0 espemr a·' uni caúfo de· elo. Custa um boccado, mas é tão delicioso a rua o apaixonado da sua metade de cara. ge11te agradar a quem ama ! P a la m ·os visiuhos, falam todos... ~ ~Não -ha duvida, obtemperou,· risonho, 0 E a .mocinha se e;;coude <los olhares avidos ,cutro· ami~o. en disso já fiz muito. Hoje as r e– fla gente, ma lt ratarla por insomnias co11st:1~- .. v~stas que comprei, torro-a.s aos kilos para 0 tes e d gilfas <lemorarlns ::;obre os mysteriosos zé q!1~tandeirp . .. Has de por lá . chegar, mo- va e-vens do mat rimonio. :· n,9logo.u, sorrindo, _para o Bensimon que ficou OuYi111lo nma flauta, um violão e'mer ecenclo sentenciado a galés perpetuas ... H honra de uma serenata. á stistancia, num 1 a Quem é casado sabe de novidades! ... 11oitc ele Jnar, a mulher, se não empallid,ece <'nmo a lna, hahjtúa a alma càndida aos con– sensos amo1·osos. E vae dahi a pa r t ida da véla a zul das ·iJlu– sões ... O ,·ento, que sopra delicado, approxima, SIJb· 1 ilmente. a escrava ele Adão elos portos de à.– brigo na perigosa travessia . O namoro ... o noivado ... o casamento ... o p1·imeii-o filho .. . a pl'imeira desventura de <·abello bra nro . .. e a morte, afinal, onde t udo !::e destróe. Rnbsistem, então, a flauta. o violão e o lua r, os t 1·es poderosos elementos, na t riste affirma– t il-a de que nasce1·am para servir a um sorriso e a uma piscadella d'ôlho por honra ela tm– <lic~ão que o passa·do léga ao presente e este ga– rante, integra, µo futuro, tal circulo vicioso dos mais perigosos . .. * * ., O DIA todo de terça-feira ult ima, mlle., que é _ tlllut pianista-. )nuito amavel, passou-o bas– tante amúada. Ohegára vapor elo norte e cartas, an siosamente ei:;ptra<'}as, rle pessoa muito sua suspirada ti- nham pela p1'imeira Yei1 falhado. ' J ú o peito de llenio iselle estava sob a iuva– são ~ruel do ciume e. por isso, te11tou Jocro a geut il patricia disfarçar a contra riedade O que a acabrunha : passa a s tardes no pia110, a to– car , a tocar .. . C?mqua nto assim demonstre que possúe r eal me.1: 1 ~0 no dedilhar elo teclado, a mnsicn lhe é clef~c~ente para al.Jaf'ar O que vae llêl ·alma da 1leb c1osa creatura. Hn dias 1·esolven visitnt· rerta amiguinha– ,. po1: quem ele sand t1<les j á morria "- e, dôce 1·ea l11fa<le, nessa vhdta, pnconti-n ce1·i11 J><'-~soa,qi,.

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