Julho v4 n 172
cto de uma scicncia. Até o fim do seculo XVIII, e até meia• do do seculo XIX, rara era a escola primaria ou . secunda– ria, onclc se não ensinasse a Grammatica corno o producto de uma arte, com seus metho– dos e regras inYariavejs. E, pois, esta praxe seguia o sys– te:ua da antiguidade grega e romana, que dava e definia a Gramm~tica, segundo a natu– rez:i e o caracter de uma arte, e dizia: "Grammatica é a ar– te de falar e escrever correcta– mente a · nngua." E assim a– prendeu o que está escrevendo estas moqestas..,Fnhas. Atteudeudo agora aos pro– gressos das sciencias huma– nas, attendendo a essa espan– tosa eYolução, que va-e abran– gendo n 0 seu caminho trium– ph:rnte as sriencias, as lettras P as artes; está claro e de– u1011straclo que os estudos da G :-::nnmatica não poderiam fi. car á margem_. e que o segre– cJo de falar bem e saber falar bem, fôra desvendado por mes– tres eruditos do primeiro qui– fate. Abrindo, portanto, novos ho!•izontes á linguagem portu– gueza, á sua evol uç.ão , aos seus desetffolvimentos, e ás suas constantes transformações a– t :'aYés dos tempos, não lhes <'ll!"tou formular as proposi– ções de que tambem a lingua– gem ou a lingua nacional° tem ' como todas as instituições hu- manas, a sua historia, os seus princípios basicos, s uas ori– gens, e todo um admiravel conjuncto de processos na sua formação. Ora, tudo isto con– stitue o que se chamn-scien– cia ; portanto, a Grammatica <rne estuda e ensina a lingua . ' aqm com seus methodos e re- gras ,e alli com seus princí– pios evol utivos, tomou tam– b~m a!,f'<ento no banco e no convívio luminoso das scien– cias. A ::::i.d.r ::i.d.e P i n hei ro, ----*---- QnC'm •e .. 0 ·1t 11 os lef,.itos n I : eios, co nta tambem· 011 teu• ao~ out,;,.,_ ~ e_ ~ ~~ Guilherme Sall;s [j ~ ~~ ~ Fnz hoje um nnno que repousa em gelldo jazigo dns terras amazonenses o lnesqueclvel poeta pntrlcÍo-Guiher– mc Salles. Embora com ' poucos conhecimentos llttcrnrlos pnrn render uma justa h·>· menagem ele que é digno Guilherme l:lallcs, não po·sso delxnr pnssar des– pcrccbldn estn triste dn ta. Hildejard. filho do capi1 ~ o Jc~é Pedro de Aln1e ida , fun c.c1c.nar1c, mu r.1icipul ·r: - :,:: · X'.. :i: '::i'.~ :i: "'ZT~ "'!t"Y ,i::cJa-me permlttldo, pois, synthetl– sar, nestas pallldas llnhns, um preito de venen çilo ao querido vntc parnen– se. Estreando na n~dua cnrrelrn lltte– nrln nos 18 nnnos de ldnde, Gullher– m~ Snlle~. cultivou com Igual requin– te, tanto a poesia como n prosn. F'ol o seu primeiro trnbnlho publ!– rndo n""O Orncutn", e u clisposlçilo harmonlosn dus 1>hrnses predizia o fu– turo brilhante que conquistou. Assim se foram succeelenclo ns coJ. labornções, publicnnclo-as orn n' :A Provlncln elo Pard ", orn n'• A EvJ!u– cilo ", etc., tlc1111do 1.uultns lncdltntt. No Interior do Amazonas. onde an– gariava o sustento pnrn a f amllla, ad• qulrlu a molestla que o levou no tu– mulo, deixando viuva e um encantador filhinho, unlco rebento de seu consor• cio e que serd, evidentemente, o her– deiro lnt,elleetual de tão bello talen• to. r.<>cnilla ~eltrão. (Alumna da Eõcoln Normal) ----•---- • . ---"-----;1 1 ::j__ C{;_ua_mã':_j~I 1 g Csmaef de C:asfro ae-e:a .... :ar:r ... w:, E' tua mão tão mimosa ; E'· t un mão tll9 formosa ; E ' tmt mllo um primor! l'úão tüo bonita nll 0 Ycjo ; . l\Iilo, que Inspira desejo De beijai-a com ardor ! . .. F.' uma mãoslnhn de luxo, ·Qnc nem cantando a debuxo 'r.11 qual Deus t·a c' needeu ! E' tun iuão um tlJesouro; '.rer clla, vai mais que 011ro, Vaie runls que um "cnduc@o J• Trm n cors!nhn rosada E ssa tun mll ~ ele facln ; E ' tun mão um brinquedo: ... Qunn<1o n contempl) n ntlõro; ~·cmpro que n · vejo, nam6ro Tifii" müoslnhn ! Segredo! ... Tem n cutls cnrm!nada Tun m11oslnha adorada Com tôdos enc:1ntos seos ! ... f>nrece, ,\lue, Deu• no dar-t e E~sa mii.o, qulz premiar-t e, Comõ · nos anjos 1:\ dos Céoa ! Tem ella n sudvldncle ; Possue, s im, a qualidade ·Duma subl!mo brandura! Por certo ' terA bom gosto Quém dellu ·sentir no rosto Um carinho co~ doçura!.., Snbes quem clélln deseja Um carinho ? E lonc) almeja O sunYe tncto seu? l:e t 'offcndo, oh! perdllo ! (Pois quem fnla é o cornt!lo.) Te digo, bnls lnho :- En !• • • Jdas :X:exeo. ----• ll UER ~rs qnA a vossa cn 9 sn, pros• pPre assnmhrMnmAnte. Procu 1'8E' ns pngina!I d'A SEMANA paro Q.llllllll'" ÍHI " V/J!ISO estnbe• !eri1t1Pnto 'f'rav. 7 de Setem• bro, 33- telephone ::li8. ' l
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0