A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.172

li ·-· ºª°' AS:ICMÃ.N".Ã. porque la d!fixaT a m!Dha mãe; • mas como ,tl,nha curios'ida<le. de ,,êr c.-ulmts uovag. ddxe:-111e~ir rodando t-ntre os dedo;s finos e a~tl.n:ldos dn .gentil mocinha. "Ellas -levara=e. ,par.t a Cll9!1 e a senhor,i ne!IIl deu-me item'po ,para ·vêl·u •bem. Sei que bnvia grande ru· m,ir. ·F.ntrou commigo num quarto i'nxuoso. brilhante. 'COm uma. grande CllIIU.l, de vuiporosas cortinas, e cá o meu insriucto isrgredourme que era um-a alcavn nupcl.:1. 1''ul posta nll toüett~, Il'Um y,190 ondo encon– tre: outras flõres &J\."'elltie s. Fi· (JU<'l ulli muito tem<po. n nquclle arubieJ1t 0 tépido, perfnmt;so e aílor· 1111!'CÍ. "Aeordci com ,ions de vw.es e p:1ssoa no quu rito. Já. er, noite. e i-i um et!pe<Ctaculo complotomente 110· ,·o: A belw mc><·llllla que me levslra do jardim v'irrh:1 toda de iH ~au.co . toda ri50.Úha, todu c heia de graç:i e -lu~-iio ,pelo hr,1ço de um Jc ven r ,p11z, tambem risoll'ho e feliz. u,:E:ra•m oo r~em~sadoR. &!ufa· r:1m-9e em um d -van e elle, ea!J· c,Uldo,1, unlr<im os labins num dul· çul'OSO beijo... 05 anJrn! que on,·inm. cor.1ram e 11 ahna do ]J•rii, h,,ixcu os olho!-<. Depois •pro,; 1ruiu: ".Ell,1 · levantem-se, to•l.Joa a 1x r · t!I e tlr.mdo o v'éo e a c:rinal<ln de flórf>,; ele h1r.injein1, ,1, ,tr-,nt<' <lo f'>'-J)EllÍJO, de11 com íl vist,1 em mim: l)f'g'O'll no ~•aso. , !'JPiTou o nosr.-o pe,r· tnme {': disse pa.ra elle: "\'e,,1 J.Ew:1r '[}'.Ira fóra {M.>tlls flores. p .r.1u<', n~ t z mui dormir com ~-te uct ,·o aromo. ·• E o v,t:--o to! pura cl :r1c1 ela me<111 d ·: r .•1 r:1nd11. e lít ~,as,;,.:! ama noite íJJ®pida. "l'da mnnhã. a moeu cl1egc·?\·•e a mim. tirou-me do vaso, enJ <:Ou· me O penduculo com umu ,flt.a?iinh·1 t)ranca e entregou-me u um 1 •J}('c quenu, diZf'ntlo: "Le,·a el"te lyr:o para a Superior•1, corno ,le.mbron<:.11 tio JIK>U cnoo,mento." "E €'li vim para aq11:, ~ rrum r o altar do ,Senbor." .A 11 I.ma do lyrio -calou .,;e e n ôa rcsn dlsi;,e: "Comero! a viver num jnrdímzl· JJho. junto A minha ru;_1,e e meus mu11l.r.lioo. "'Er mcs tratadoa ,por um rus ti– co portuglleZ, que 1109 cultinxn, p01\l depals n•ade.NlOS J)Ol' (JWll· quer nicke.l. . .. Jiiu <'rll Hndi>-SllTIR, como d z!a rohl'h•• miie. qoe se orgulbava de tt>r me poT tUhn. . .. M outr,1~ r ~se1rn~ 1"!'11.tlam ln- v"j! du!-> minhas cõl'E'l'I vLva" e ôo 1 ,cu•fume que ex•h·; lava das minh.rn ddi<.'ltd. 1 s ix•tnlos .. u ~o dia lumteíhll to chegou-se a mi~ 0 jard ',neiro. que. com UJl11 o•~1>ln1 t(>!'Ot1ru, lmi·i<><lo>':tml•lltE•. ~~fl;;rr,u 111e de mln.llll nt'lt-. (].; l'í iful f; 1 Z(,r flltrl<' dt> um l'norme br>111r11rt. rJUt• 0 rut'U (1c,no ~·endeu II um:1 r.1· / r:1Flg1 que tinha ;18 tH>• ,e; l'!a ruiu ha c,Or. Vnl ~'<Jm ell.,i wlll\ um,l ,~,,a 1111 ~nte rica, onde me cdElocou e m ci· mn de uma bandeja, :numa ealetn. "'Eu <'Sla,•a a nciOS3 -por saber a que rue desrlna-vam, quando abriu· se a rport,a e uma scn'hora a,egou· nos, desa-tou o tio que prencl :a e Jevou·nos até um saliio ornamen– tado, poli<lo, com cortin!:-s. c,m de– lahros. e dei."l:ou-nos no -vaso de um centro de, <lõces. no meio da mesa carrega'da de "Qorcel~nn9, praitm·ias e crystnes, rprolll!Pta pa 1'--! um• châ. Havl, dôces a wt.!er. ..Jounto o mim. est:a,va , um gra,nde rpão dt'. Lot coberto de amendoa,s e assuc,i.r, <le onde ~ ,i.hi ·1 um ngradavel clleiro d,•. nr:111tel~,1: .fios d'o1•09, U11t>S·ben• tHs. ,queljotlln' h.as. emifiim. um mun· do d!'. dc,ces me ro<lea "ª· .. A ' t,irde : b !'ÍT.IID o saJ;to... Cou-v dad os for:tIJ] cllegantlo. "Depoi,s ouvi ehõro d<' -cr<>:m<:n v erde e e.n-tr;m uo m liío ullla e bQ· d ,1 de .UOV".!lt :tl e ,touc-.1 braucn. te-n· do 1100 b r ço_q uw mlmru,.o h 6bó : era um b,upMs ado; tinham chegado dn eg1·ej11. " H ouve uma contusiío de p ssos, ri"''º e t:1Ins g1:e fd auog~urondo, <'. i111·.1d!u o !!rtlifo um grupo de s e· uh r.1s, !l<'nhoriu•Jt, s e c:11,Sfüeir oi<. áoppr.>xlma r.1m~e ela mesu i' a do· n, da e s,1 f el -ser1•inüo o chít que toJo<; tomn Vitm ll)Jlt,>tll!>lllÕO dôce!!, 11ns cc,m vJUtnde f\ d es'emhnr. ço, outros com r :g'llfote e f ,wc rfoe. ••fN,, fim. ll1ll n. 'l<'.ll br.-r,1 C'<>llle<'<JII 11 d :-,,,tr ibuir 'IH:! flor es. ll'ul offert11d ,1 11 nmn &<",nhorilthn bem ve&ti<ln, g'C'!ltil, ele Ul~)ie;s pl11h1d1>1.', que lll('. ucbou llad , e coliocou-me .no V€ilo. sc,g-u1\ 1 IJ)r,r nm l,rc,<'he cu,-toso. :Ili·~ nl111 nov:1 ilo 11t1 trouxe-mo pnrn s ua e- !;1 P del.xou·me de 111"TJ,,o. No <füt »~;;uhlte enxugou a m!n!h.;1 h,L":llle, lt>,·ou-me JJ{"ln run nt1í 11 · r,m r i.:1 d e!lte CüllYNtto. "Umu •fr, lr:1 rungr;1. a4.>rilu n por· ta e <'lia entmu. u1!'l<c'!\'tl'iu ,por um correcln,r o en· controu- com outra ,f1•elra. de olih0'3 grJ ncl<s, e <lis1se : " l'lst,1 r Hrn <- i>IITll a cnpella me~•rn." A inw1 u,gr. de.ceu e r ef-lP()ncleu·lile : "E!ape· r11·1Be 1'á. abr<'. o pinno, emtJuanto e u vou pôr a ros.'l no e,11itao rio. " " 1 Flis como 1•1 rn pn r.'1 r uqul." E n ntm, da viole-tu falou: u A miuh11 historia é cmrtn e bem tr sfo ! "Nn~ i nmn cah:iio Qllf' fôra. de ·b ·Mias, sob as ,·nrd'es• if<>Jluts d!' minha míie em ,gir,1o de casa mo– dc, ;ttt. Quem me r egava <'rll uma llucl1 -me J1iu11 ('l'e trr~e -.inno11, de CR~lE-1106 ·louro:- <' multo meiga, que e m1 u b'llíl mil~inha br,mc-J bl)tnv:1 ~err J il(, c:iixi'io a,. rn 11051 lfortnlecer. M 11•,-,itn c-riPi· tn<\ hunrilcl'e. "Um <llu f <"Z um sol 11,l1rnz,1clor e ~ 1 P minba<i lrmils Jlic •mC\s lll?J>hi· xi:1'111$, com !i<"de e nn<lu <le vir a no9qn dona pôr um p011co cl1,,gu11 na r11i,: ,lc minbrt miíe. "-PoNJtJCI ni'io ~·Ir ia olla molh11r– n .. ha ttP'S di. s? E~ta ria d(){'.nf:e? NIMto ch!'gou~ a nõi, uma Clellda • oao •ao• eom os oLho,; verme lhos de chorar e nrbrlndo a .fo1hagem tol-nog :ir– rauca.ndo uma a uma. "!Eu pensei Jogo .que a mln'lw do– ~ua estivesse rua•l• . .. rua.is , t1!1. de m:m, ·elln morrem ! " A. cre da -levO"U·nos para ca.sa e deixou-n0'3 -em cima de 'llma. mesa, de onde eu •~·i um quatlro de 'horror: Uma ei1m11r11 111•deute ! ''.As janellas da s:1m ti0ih11m cor– tinas negras com ofri.zcs doirados e u o centro, em cimn fü1 ·eça, estava, um 'Cllixão brn-uco oucle dormia mi· JJba d on11 ; 1¼1 •p.~ I'ede se e.r,guln 'Um nltn-r. em quatro tochelroo de p-rat,1 ,ardiu•Ín chios ~"fullrt~ido Úm cheiro ,<1~ugrt1d,1rnl; 0 chilo, todo n·ta>pe- tado, .nmorteclu os p::ssos dog que chega,rnm· e Ia m tomar assento em rNlor d;,i sala. ·•Eu ouvk1 o chôro com·ulso da miíe a as v~es de consolo dtts 11mi,gns. "iAo" ,PO'Ucos a sitia encheu-,;e e a Cl'Clldll veiu arrumar as tlôl:'('6 na b.mdija. "T omou algnill.'•~ dfül mlnha1:1 companheirll~. juntO'll·a.'9 e to! !Pôl~s nu miio d11 mort:.1. Tive um hnmen· so ,d<?sej o <le ir tamb{>.m v/lr de per– t., m1uel·IC'. rosto adora1•ei mns fi· que! e,qqueoidn 1111 bacia d n,gun 1 "Com os ouh'OS amigos da caga chegura.m du11s 1lrdms daqui. "•H r:poi¼l ouv'i cbo,ro e gritos e, atin:11, subiu o enterro ! "Só 11 lo olrorel por nifo J)O(l~r ! "As fr~lrilS, :10 sn•ltirem, foram muis uma v,·z con,:,. >J.nr a dêsoladn m1e e, , o ,pa.,,s:uem pola ~Jacb onde e u e m uhns inruis •buiav-.i.mos,umll tia ele mlu~1,1 <101111 tirou-nos d-.1gun e cl'ewnos ás frc-i1,1,:1 dizendo: "Es– f.tt s ,·iolotne fOTa-m culth--;1das pe1a v,,-~,1 pc.-bre d lscipul11. Pôn'ha-m, no l.11..lr." "l!J C'U vim 1'11zer-vos compa· nhia." Om•iu·se .umn l>adnln<ht sonora annnncinudo n Ave-lllk1ria. . . . . . . Os 11 njos Je111:..'l mc11ie :volt.nram A ,m t •immotlll.dacl'e. . A porta ab riu"1':e e a'J)pareceram as freiras em romJ rla, s ilenciosa~. :pnrecrndo visõeP que ,,iJ1hnm il'0Z!lT o An~elrus ! Out 1·.i l>:1d.d a retumh-011 no mys– Hcu -silencio da cmpella. ,'3dire o cryb-tll I da j,1 rra que ns coutiuba. u-s flores clohraram o ca· llce e sn:.a a1m:is voorom vn,ra n ,-ns ! Com o l'erminnr do <1111 f e-naceram ,1s d'lor oh.is . j ,í. cansad,.s de vi· nir... l,:,im. l'ilus tumuem têm nlnm, cujo pu<.'lor, íis veze,-,, ~lndn é mais d<•lica<lo ua imruot>illd:.de clu lou· <:t111b <ln« suas 'JJ<',(.tlus. l >en•1nos re"1J)!'itid-iw, <'Orno Of:I m11i11 rlellc d r;;; i::ymbolos tln 'Pl"O· ~ria divinduôe l • 1 .

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