A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.172
, nhor de toda11 esana terras do rio a monte, disse o amblcloao T ODAS a• ·inanbãa, fio' l';m•~cr 0 d'lllva,' o ·;elho -lavrsd~r kabla A percorrer O J11)11lnr e:rnwlhando1 Ulllll ·•I\ um11, ap anoréa uu,ra vllho11111i:· DetoraVl\-lbc oa ramos s~~ll,s árrllncava-Jhea, doa · 1:11IhoÍ .-aJt herva• parazltas e a -v.rwhul hostil, que Jhea itui:a"'.ll " ael_va, ublnquecla a terra· adJulrnndo a cultur11. om ~lt• do!il troncoa para que- u~ r•lze~ pn-bas,c111 tor~n.. ao ■oi, cauallnvat a agu,. em uoqulaa e ns arvore• medr,.v,un llndu, troudoau, cum -1Ím vtiror vle<>llD de . auude, gllrautlu- do "º Ja.-rlld~r. n:1 0 •ú " fortuna, <'vmo o regulo de lnrgl\S aomliru nos dlu abs:tadoe de ,verão. • O quê 'bnvla de txtraor41n:irlo . na& bellaa nrvoree ~ que ellu nllo tructlllcavaw ~11\.0 à.a 0 olltra&--011 rseus pomoa eram de ouro t!no e, no temp\> da éolheltir, o Javr..dor enchln com elle■ ll'r&ndes c<>fre■. Na éra d.: florcacencla redobrav:,m-se ... os cuidado• do velho. )1ra, ,utllo, vel-o u11 dura. hina• a cnrplr, a · mol}d!lr, a · varrer o rnmalbo e aa veraaa, a limpar os regos, a fincar 8 ,p:,ntathoe pau afui:entu · o 'PUsnrcdo ;, e o~ fructos nas• ~Iam, a prlnclt>lo bvêrdcado~. como co'l>ertoé 'ile úma crosta de adubavN', mae nmadurecendo Juo:lnm, d'oür o puro, en– tre a verde folhal:'em. O velho, entio, •11hla A colheita, a cuntor. Ter~lnudo o aervll)O, Jou1re de 10 1\eh:a; fknr em lnercll\ pregul<:on. vol– taVA l "Ácçll.> rotiu•teéendo as arvoÍ-ea com o -adubo; eié11mt– .nantlo-aa da ruis II trondo pnrn Qltc ncllae ni\ 0 flcuse llnl– maleJo nocivo, nom alastrasse um 1n1tl que comec.:ava-ae brõc:u er,im combotldaa con1 ene~la, áH formlg:1e Que mi– navam e afofavam o terra, er11m nnulqullatlati.· . !-e \lm tempe•tade paeaava com )franllto e .. -ent.os , ó ve• lho 111 M> mettla no pomar ,Jlne e dias, lncnnçavelmente, e nilo aõ tratava u a,-vores coruo aln\la lhev dlrlgla palavra.a Cllrlnbo&aa como ·ee ~llae po1lesa1em· ouvll-o ... Quem Bllbe'I Talvu O ouvlnem p,or que 111ucctnm sentir, alegrnr-Ke quan– de el141 lhe■ at111ava mllnosnmenté oa t roncos escalavrnd,oe ou qua_ódo, dr v11gar, . docemente, tirava uni rnmo seccõ e est:tncaYa a ,.,ha qi1e flcavn a gotteJnr como se sangue fuaae. • , Certo pareute, ouvindo fnlnr tia rlque1a do aolltarlo, pro– curou-o cúw ambl~lo. Comprchendell o velho que o homem ~ 0 visitava pua conhecer o • segredo tla aua fortuna, que •~ mutlpllc11vn l'om 01 outonos. N11 mcsn\a tnrde, posto que jl a noite bal,>:IUíJt, lllz o 1>11reute ver "" arvore• maruvl– lboaa■. -R' tarde para 1111hlrmo1, dlewe o velho; &vprn um vento i;elatlo e, ,.. eu penllO na fortuna nilo me dêscultlo <1,n eaude. . li l)u probreslobaa ■e. eu aduecer ; ha tunlllB 1nolc-stt111 pillra ae plantas couto áw ha 1>ara 0 8 homens, e quem 118 •Q'Ul.ser ter Yl<;uHs ha de u trnur sempre ..-lglodnll ú bem tratad11. Irl'IDv■ amanhil cedo. Vamos ngo_rn 4 cela que nos e,per•- El«•uea,to f dlter que o ho,m~m n!lo clmsegulu conciliar 0 ■onm., e quando O velho, ao lu&eo fuaco, cumlnhnva pnrn 9 qu~rto do bu,rpede, JA o enco11trou de 1Jê, -d(•bruc;ado a jllUCIIII. -1-;b ! 1e111pre to11,c1 m11ts m1tdrui11dQr do que cu, homem '1a ruadrugoda.' dhise 'l velho a rir, coruprehendeutlo que o parente pa•llllra à · noite alerta. Vamoé cntlio vtit 1u arvoroa. E foram. -Slw. tornou 0 - velho, mos p11r1t" que me serverla tamllnbo cstlrllo se .J> nllo posflO cultivar'! ?,l:,.h1 v11le uma borta me– drando em torno da casa do que cinco Jeiuas de chava&- C:tl. -D.,ns do céo ! ex-clamou o ambicioso ..-endo as arvorei carre11"11da• de tructos d"ouro, nilo ha rei na terra que pos– sua tbosouro comparnvel uo vosso. A ruim t:aloram clua vos- 8"8 urvores, mas eu n11ncn dei croolto ao que me dlsr,e– rnm . . . Para dizer que tentles pacto com o diabo ... - ~llo, parento oml1,-<>, tudo que vedes devo a Deus e ao meu trnbl\lho. Se nh:ueru voa fnlou em 90rtl\eglo é pesso& q11e m ~ u!lo conhece, que nunca ,·lsltou a minha casa onde tudo é purez11 e honradez. O outro, que admirava, exclamou ardendo cm ganancia : -;-Ah ! •e o pttente me désae Nun~a mal• os me11s -pequenos um:1.s mudas deitas arvoro•. sotfrcrlam fome frio. -Ni\o, umn, 1>arente; lcvne quantns qnlzerdes e ficarei cootcote 81lbcnd 0 q11e ae a rvores voe tiraram pa mlrierla. O homem ngrndeceu e logo, com a<..:odamento, po~·ao a tirar as mudas. Tantas nJuntou q11e foram necessarlae trea grnntles cnri'~a po.ra levttl-as. O vel.b 0 p:lra ajudnl-o, rioz-59 tan1ben1 n cort1tr os glllhos, mae com• tal vagar e cuidado QUC, cmqu11utb o outro. a rl:;or e deslltloado■ golpes, tirou' duzentos galhos, elle niio con•egulu reunir mnls que dcs. .lo:, 4 tard~. Hí se de91>edlu :> homem com a lmmenea e prcclou cnr:ra. O velho ficou pen~ntlvo, murmur,uwo: "Para qu.,. tantaa ae clle nilo põdc cuidar de todl\8 ..• ~ M<•ze1 depolB, certa mnnbi\, nppnrecen-lhe o homem deso– lado: -Parente, de tuntas mmlA■ que daqui levei sõ dez bro– tarnm, os outras H\ catilo esturricadas e mortas. -,-Medraram a-. que cu cortei, disse o velho, porque proce– di com mnla attenti'lo do que võa, vendo o gnlho que mnle ~onvlnhn o cortando-o como dqvla. lile e tratne as des ar– •·orcs e ella vo• darlo a fortuna. Voltou o. homem ll seu horto. Pae11t1ram prlmnveraa e ou– tono• e, uma tarde, ell-o, do novo, nas terrlls do velho: -l'areute, os 11n-ores uilo J>roduzem. P11rt'ce que O en– canto cstll na terra do vosso J)OIIIRr. - Talvee& dlBlc o aviando lavrador. E', possh·cl que <1Rnlm scjn, mas eu vou c,>mvoaco para ver as vosue ar..-,>res. ~ toram. Logo que o velbo entrou no pom11/ do parente sorriu -de trlatcza, vendo n hervn nltn o forte e 1,eto 8 rnmoe na pa– razltu e os lnsectoa devaata<lores: -Conl • fortuna que tendes, parente, JII podlcl$ 11er 1e- - Ah I PIIT<'nte amigo, como quereis Que u nrvoree fru– ct lt!quom se nRslm aa nban,lonnes? Totlns as n"·orea dilo fruct:os de ouro, mns (! preciso que O culllvntlor "" trn tc. Como quer<:'ls fortuun se tudo tlelxaa li lei ,111 Nature111? A Providencia f,•~ multo, mas 6 n<•ces•nrlo que o homrm lhe dosbrnve o caminho. Contavel■ com o n.ill11gre... Ah! 1>nM'11• te, m\lngres &orno, nõs que 08 tu, mos e 111\0 hn snuto mais mlla~tollO do qu& o homum que !rabolbo. VQd&--aa voa– eae nrvores allo fllhna dna mluhu, entanto o meu pom11r N>..-lç;a e o ,·oseo, que ê m11l1 11• vo, nssn11ha-se em ea1>I· ubau. A c1:1lpa a da■ arvores? nlo, a oull)ll é vona que ,.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0