A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.168

/O 101:10 ºªº O, A SJ;i:MAN.A. .o gollas para a cauda, bem lo11g:1, do cnmmrndarlor P. a irmã acahavam pap~gaio; til la a grndar, ella a fawr dll Sfl pn•µarar,~ Q p1•q11P.110-11stava primoro~a,111rnte toda a passarola. um hrincu o diabrete ! - co11v1<r~aea QuH linda q1111 ficava I Era um 1H1rhusamPnle co:n os seus i11sPpa· gn~tn vel•o lihrar-sfl nos arP.s. 'i'i· raveis co111panhfliro~ de arleirices. 11h:1, 1inh1i d1!do a l.ia !IP. Jorl!e para pa){PHdn 1wlu Antonio. para não fazP.r paµa gaios. Os dvs outros não dHixal ·o sujar.se . A' jdnPlh1s d~ vi· eram tão 1Jo11ilns; ""m para lá c,1· si11hança cabeças api11oarlas il"Uar" 111i11hava111. A 111,111i11ada, boquia· davam, t?m córnmP.atarios, a s;i1irla · be rta. re pleta d o ;1d111irar,;flo e t,!11° do co111111P111l:idor r. da innfl.i outras th11sias1110, rm rll'lirin, •·lll exlase, dfl VPlhas emblocadas Plll -:halc,s, olfen!cia aallahos co11c,11'l'PlllP.s - bisltilhot~vam pnr e11lr11 as ge.Jusias dois vintPns, um to,tão 1wlo 1111· !•mi fechHd!J!I das rotulas. E boque· c;111tarlor volalil. Jor::r., pnrP111, não 1av:im, ce11suravam, cn111 11111 mu· 0 Ct!dia por prt>ço nHnhu"'. Qu" não xnxo dP. dHspAitO, o luxo P.m que prnd~ava d,! clinh..iro !. .. NP.m ,co11· ,e•tava sendo criado o f••dPlho. E11- iw11li:1, siq11Pr qun a madri11ha .ac· trntanto, a miuçalha trrf1•w1, des· cPilasse as l!Oc111111ne ndas, satislizes· calça e 1>111 111a11gas de camisa-aos ~e os p..didos dos co1111.1a11h11ir1Js, trns e aos quatro pedia ao coch11iro, QuP.ri:I u 1,eq11e110 celflhnzar•s11 pe· mas haldam,•nte, qu11 os rl ttixass11 J11s papd "aios. 1~ li11ha111 fama os trr.par na holéa; euca·apilavarn•se d" .lor(!;, Pntre a miu~:alha. Esta, outros na tr:1zllira tio carm; 111exia111 ,:0111L11d11, por 111H não porl,..r com· outros com a vistns:1. parPlha -dos prar arp11•lla rara joia, cairia " m corpult>nlos nnrmand11s dn l:irgas 111,·11o~cabal•a. Era 11111ilo lto11it•L o palas. O ílHugm:,tico a11ríga,-a pap:,gaio d':l Jor-:.:e,(llsim; mas -era c,1ra rapada e de uma tesura hri• mujl11 graod", 1wsado, .ª cauda tannica, Pnxotava-os hrandamPnle 11111ito comprida, clava 111111las ca!Je• C0l)l a ponta do pingalim. Moscas, çada~... e qu,•ja111lus d,ef,.ilos. Q111J111 moscas em redor do assucar ! ,lá o fizl!s~e rnparo 110 j!ru110 i11fa11lil, A11lo11io n:io largava o pulso de ve1 ia narprnlles ·emhryões dt! ho• · Jorµ- 1•, <111P chor.1mi11~~va, porq1,e o n1..ns grnodAs, nu d& 11ra11cles hu- criado 11:10 lhe cous,•nlia f:izar o llll'IIS' o simulacro da socit!tlddA, mesm • que· 'Js camaradas. Um 11in- 11111Ja a vaidada de cada 11111 •111er gninho ~ó, Anto,oio l supplicava. Hnrpinar mais ·alto o Sl!U piipagaio,, ell11. Ma~ n, o o largava n faniulo . pur rrwnos linha quA tPnha. . · Niio senhor; não N -1 honilo. O sr. No oci11Lanlo, Jorg-e tomava ao '11é· · commrndador não havia dP gn~lar. rio os 111P- nosr·ahos do~ cam:irarla~, O 1111rni.no pndia cahir P. 111achuc,Jr· t! punh:1 peito P-111 r.xhiltir r.arla dia ~P. Ot!111ai~, d'ahi a pt-idacinho o sr. u111 artefacto •111ais arrehic:ido e Jori.:e ia e11lrar 11<i carro . . . Um mais µal;111te. Lá estava a di11diuha mito aq11ellt1 Antno.io ! para 11ãn d,•ix:d-o ficar atrás. Emllm , consolava ao pequeno a Um:i tarde, pnrém, o filho do idéa de que ia gAsar o q1rn os outros co111•nP.1Hlador faltou á justa aPros· 11ão podi:im. Que hr.llo I C1,mo fl lle ta ti1:a 1i ás i:o~lu111eira~ tra•1ui11ad•~. gostava de pa, sear d11 carro! E :ios J:1 sahir com n pae e a lia. l\' ca• iaradair, qu.. o cPrcavam olhando poria de ~ua ca~a es1ierava uu:a. r.uhir,;oso~ para o SP.U· vestu:irio, 4:IP:,:i111lfl rarru:1gP. 111. Em11uanto o mellia figa~, com um sorriso zom· 01:10 01:101 bPlPiro .e mPoearr(ln a cahPCíoha. -Ih ! PU vou 11a•sem~ d,i carro, você não vae •• . dizia a um. - Que 111H importa, seu prosa! respondia o companhPiro. -Oiha,-cnn\i1111,1va Jorge, mos• lrarrdo ao outro m1111inu as hutas novas de camurça •· e u le uho liotas 1 você nflo t,rn1... ' -QuP. lolo ! ParPcA que 11111rna t•~v.e nada ; retorquia o P"f!uenito ferrdo no SP.11 amor•ptoprio. 1~ Jc.r:?e prose:iui.1 nu mesmo tom, enu 11111rand11 orgu I hosamentraosoa• maradas prça por 11Pça ·do vHstua · riu. Que ellus 11ão Unham chapéo dll castor, meias do seda, luvu~, bi>ngala.. . Os coitadinho!!, hu mi· lhados na sua nnhreza, ja 11[10 ti· uham com que respond"r an vaido· so, e calavam-si\ errtrist..cidos. Que podiam f llr.s possuir com cp1" lapar :1 hoccif ao soberbo 111.. 11i110?.. , Nada, 11nhr,•s filhos da 111is1-1ria ! E111 vão t"rrtav~m lemhrar•s•• ,1e uma roupinha, ,li! um litrr", supP.riorns aos de J rg11. Tudc,-erarn a11drnjus e • cacaréos ! E,tavam acaçirpados os pobresinhos ! • E Jorge, risunlw. triurn')1hante, P.s111a::rador, continuava a pav1111,.a1" so d,,s SPIIS lhPsnuro.•. Uiri:1i11do-se a Alherto, 11 para maµoal •u. para abatei-o com o IH,so d;is ~uas gr.;11' d,·za•, puxou d'l um c11stos11 chro· nonJP.tro clr ouro, P. AXclamou com destlflnltosa arrogaucia : _-Op,a- ! Eu teuho relogin e você nau tem! E11lãn o filho da lavadrira -os pesiuhus nus e mal cub,•rto pai'. uns' larrapo,.,-P.mparligou•se tu1Ju, as mi1os nos í1uarlri~,o olhar fuzllnodo, e respendau ao ori.:ulho~o: · - E eu teuho rn,ii, e você não tem 1 Domingos de Castro Lope3 ·····-·····•-·-········· ··••·•--·----- --- .............. ~.~~--- ---------- ---··-···--···-·-···-·- ~ c-i.1ca•s ~- Em zincogravura e pbotogravura, executados ·co1n o . 1nax1mo esmero e--m vanos tra111as Cf?igorosamente ariístícos .I Preços -redusidos Quem os precisar procure as ..;:.---------.---.:.._-.....;;...;,:_~.:.:.;: Officinas Gra phicas d.j A Semana - " Trav. 7 de Setembro, 3 8- Pará ·Telephone 2 7 8 • •

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