A Semana Junho v4 n 168
,ú1Mw _ç _......, lle1·rotntlos ! . A NA. O hn mais manifesto em verso, nem mesmo em pros1i... O Jnca Bohemio nanfragou, e n n aufraguei, nós naufragamos como mu i– tos outros candidatos . avulsos.. Decidida· me ute este povo não deseja melho rar... Olhem que não foi por f,1,]ta de promessas e promes~os mogn ifi~as, as– i-im como não foi por falta de espert~za do J uca. Na /errasse do Café da Puz, uma noite, funcciunava o Sororoca-C' 1 a b. . . O .foca co:n o 50rriso nos la bios upprox imava·s~ e dizia: -Saudo a nobre asse111bléa e o :::obre Matheus, gloria do E8tndo, que traba · l ha pela etei;na juventude. O ThP.oclomiro. sorridente, batia pal– mas, pedia ao garçon uma cadeira e murmu rava; • - Encosta, J uca; t u és dos nossos; que galem os ventos te trazem por aqui ? O J uca formalisado pigorrearn, pu– xava uma fornaça rlo cigarro, e p1in– cipinva : -Como vocês sabem as eleições ba· tem á porta ; assim senào, eu e o ;Lin· g u a de P1·ata nos candidatamos depu– tado e vogal, pois ha mistér de que se faça a lgo de novo em prol do Estado e da Commnna ... li:' nossa intenção tra– balharmos pela v ir.toria da 3ororoca, o famoso invento do Mathe us . . . mus para tal conseguir precis amos de votos· Ora, oSororoca-Club devido oo J\lfatheus 1,oje é uma potencia nas urnas . .. e porque assim é lembrei-me de p rocu– rar vocês para pedir o voto dos mem· bros do Clu b. - Oh ! Juca amigo, t n ma11das, não pedes, disse o dr. Ernristo ; podem C'ont,"·, t11 e o tPn com 1011 hPiro. co:11 o v.,to c 11J11uluti vn dP todos nós . .. te ns uhi as ced n lo~? E o Jura. <:rerlulo COlll'J muo menina que ao ouvir as I" i111eirns promessas de amor, sélla o jurnmento com o es tah de um beijo entregava a nossa chapa. rumando e ni sPguida para a ll'rrasse elo G rande Hotel Uma ve:.1 a lli, o nfunoso companheiro partia para a ba nca elo pP.Esonl do Remo. O J oão Bnrnta convidava-o pnru. discutir um whi~ky o m guaraná, o àfa,nduca pe rg untava se já tinha com– ~ prado o ul t imo modelo de chapéo de palha, o Armando Al ves propheti;ava a derrota do Remo no concurs0 do· Genaro, pois todo o pessoal já havia visto a revista «Disfarça ... e passa! .. 11 e aão estava dis posto a gas– tar dinheiro só para votnr. . Quando. poréui, a roda silenciava, o J uca dizia : - Pe~soal, e u e Q L ing ua de Prata precisamos de votos ... Para o Remo? perguntava o Adelermo Condurú, .• - Nii.o, para nó,, que nos candidata:nos deputado e vogo].. . - Oh! Jncn, dizia e ntão o Manduca, c,s nossos votos são teus; mesmo os q ne não têu, titulo votarão com vocês..•· tens as chapas? E o Juca de3amarrando o pacote, in· qniria: -Quantas? - Dá-me cem, J oca; não, dá-me du- z.,ntus ... E o me u bom c::mpanheiro nadava em ondas de aleg ria, antegosando a de– licia da victoria. · Veiu a data de 22 de Jun}lo .. . vieram as eleições . ................. . ......................... .. .. . ...... ..... .. . ' ...... ....... .. L eitor amigo, viste o meu nome ou 0 do J oca entre os _dos cidadãos ? Nem um voto . . : as promessas fallira,m. . . fomos miseravelmente derrotados! ... _ L nrnuA DE PRATA. Sorrisos ... Olhares . .. Pnlavras . . . Mademoiselle F. L . , segu~do n os affirmou uma !ma amig uinha, ama pela primeira vez. Elle. um <'avalheiro anelante, affeito aos prelios do amnr. engana a gent il • melindrosinha» cons tantemente da ndo come, pi" te"tO d s . ff ' ~ •' ., ua nuse ncia a azeres que o preu d em e impedem-n'o de vel•a. _Ah! se mademoiselle soubesse q•ie ess·es a ffazeres sao representados pelos amores de urna loura insi·n·u– ante e como o joven bacharel, verdedeira..ventôi~ha do amor, talvez fosse vic~ima de um.a desilfusão. Felizmente, para ambos, o amor é cego.
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