A Semana Junho v4 n 168

queres que seja ainda mais desgra– çada. do que sou 1 -Filha! disse o reverendo, o teu soffriwento é grande e muito maior do que o meu I Amei e fui amado por uma mulher da minha eê·ade. Deus m'a levou! Louvada sejr,. a santa e sabia vontade do Senhor! E ' que assim t inha de ser ! Se ella fosse viva, viva serie. tambem a minha alma e eu o mais di toso dos mortaes ! Mos, mesmo morta, ado– ro-e. como se adoram os santàs nos altares! Já nada tem di, humano e, roeu amor! A morte " a sauda– de tiveram o condão de espiritua– lisal-o ! E sabes, filha ? 1 Quantas vezes, olhando a imagem da Vir· gem, não julgo ver, entre flores e luzes, a noiva querida que a morte levou! E não ha lei nenhuma, hu· mana ou divina, que me prohibe. de amai-a ! Sou feliz, crê, encla u– surado na cnthedral poetica dos meus sonhos desfeito,! Mas o teu caso. filha, é muito e muito deli· cado ! l'erante Deus e a sociedade és uma esposa! A roes ou não ames teu marido deves a elle respP.ito e fidelidade! E' das lei;: humanas e divinas! Lá está, nos 10 manda- A SEMANA Paulo Bm·i·ei<, ( Juilo do íliu), c/i,·ec/01· d' «,1 l'alria». que se pulilica na cflpi· Lal da lfopublica, 011,/e /ullec~u l, 011 /em. E,·a um cios jor11alislos /Ji-asilei1·us m ais lwilha11/es e le111iveis. t e11do de i· :rado vw·ias oh1·as Li/1e,·01·io.~, rrue cl' i /1cu111 como l'econforrio cio seu muilu me,oecimento. mentos da lei de Deus, a prohibi· ção 'exp)'é,sa do ad11lterio ! Se t ê repugna a convivencia de teu m~~ rido, se não mais podes viver COt.l). elle. procura o remedio na lei, se· parando-te legalmente! E' ·melhor a$Sim, filha, pois o amor é o sol das almas e dos lares ! Se continu· ares ao lado de teu marido, detes· t ,rndo e recebendc,, com asco," as s uas caricio;:, comrnettes octo•de hypocrisia ! E a hypocrisin, oúve bem , é a lepra da Alma ! Mas, por Deus te peço : conserva-te casta. ó filha! porque a virt.uile e a carida· de são as uuicas senhas que a alma possue pa ra poder fazer o sua en– trada triumphal n o reino do Cén, a casa do Senhor! ... (Lú, fórn, no ~ilencio mys· , tico e poet ico da tarde que morria, so;warn, dolentes e rnonotonas, as budalodus tris· tonhas dos a.\ve-Mario"Í· Carlos B. de Souzi3-• --------------- ..................................... ~ ) 0 (~ ......................................................- ............................................................................................ Papel de cores, muitissimo leve e proprias para as festas de Junho, tem collossal sortimento, ' ' A Semana" trav. 7 de Setemb:o, 33. ____*___ REGISTOS d' A SEMANA a se fazer repre· s entar na festa com que aquella socieda1e comn,emora o 5+.º anniversario de s ua ruc lurosa exis tenci:i , no dia de amanhã. os diplomas de socios a varios caval h eiros , entre os qua es. os drs. Henrique Santa R osa e l·n· nocencio Bentes e o n osso col· leg:i Alcides Silnto!'.', di rcctor d'· A SEMANA. U mn commissão da Artís– tica Paraense, composta dos ~rs. Rayrnundo C. de Souza , F ran· cisco A. Pontes e O c tavio Men– des, veiu convidar a redacção Por bccasião da s tssiiu so– lemne, de que é orador officia l o ---- *- ····--- it:11s tre d r. Elias V1anna, serão OUEH EIS que a vossa casa, pros· inaugurados o retra to do extin- pere assombrosnmente?•Procu· cto con s ocio Santanna da Ro- roe as pag inas d'A SEMANA cha e um s a lão com O n ome para annuncia1 o vo~so estabe· lecimPnto 'Pra,, . 7 de Setem· d este. Entregar•se-ão, ta m be:11 b 33 t 1 1 ,.-,8 · , ro, - · e ep 10 110 .o • ---:>::>00 (;; ....................................................................................................................................................- :i:--- 1, TENTAÇÃO DE UM FAKI'fi .- ---~ ----. 110 CJ(·ERO B Al'TISTA E' a flór da lrib11! O O1·ie-nle. a l ndia em / 090, pompeando 11a selvagem lielleza, e 110 scm911e. e na pelle ! Nua ! lemb1·a 111n co,·ymbo de bouuillws , q11m1<lo trescula ao sol, para q11e o oroma se revele . . . L othus ll'i911efra ! E' Syva, é o /1111lher, q11e 7J1·opelle a o ti1·01•-$e a seus pés. o letio do sa11911e, uivonclo.. . A ncas de 11cfr(lim pól,h o; esJ,od1,a lor!Ja e e.uelle · buslo, q11e a roça hi11tl1i, vive ná Ar te, pluomondo / Aos olhos do fokir eis c1 Ca1·11e, o Onda l epida. .. v~ 111 dfl banho! o cabello o. !'escende,· 1·esin(,.1. / seios hi?'/os, q11e o olhm· c1c11·•·oin, com ancw inl,·epida 1 , ssa... e alin1 1(111 ~eijo e111 e,to.•e p1·of1mdo.. . ~ po mio qu e o j'olm· diz pl,rc11,e.• stb!fllinas 11111 </~'c·ri i,wocorâo disse co1·1,o j'ecuntlo ! ' 11a tou Bruno de Menezes. ---- ' ♦ lf M li ' .. . fflún.ia dôr Pai·a rrue maltlize,·, assim ela minh a sol'Le Numa ea-plosâo /ol al tle 1~01·/iidu / orl1irc1 · ' i;a,·n ~ue hlosphemcn· e p1·e j'eri,· a rno1·/e,' epel/1111/0, brutal, meu cali:c de am01·9m·a? ! A 1/(}r , 1,c! vicio: é lei im11111/ovel e /01•/e, Que a e:i:l.l'lencw lrons fo1·ma em lt-isle noite escu•·a, i 11 e mm·clta as i llusões e, em lu91tbre fra 11 spoi·te, e cada so,,lto em {la,· fa;; 11mu tlesventm·a. Df? cabana do poúi·e ao palctcin ,·eal · Nwguem fo.9e ao sof/re,· que, frio ,;omo um punhal, A.• almas dilacera e mata as espe1·a11ças . .. q.~mdila seja, 71ois, a minha rl/Jr c•·ue11la /'~ funda e foo atro~, que lo90 me dem~u la, 1 a.euoo•me vwei· a ''"'• como as crianças. P ereira d e Castro. ~! -

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