A Semana Junho v4 n 168
IAI $I~:~AAI$.)\'fq~:f {; (?relecções ) J~ ) ÃO ha li ngua ::est~ mu ndo ~u ~ l em qnalqner naçao, que nao se moske zelosa de sua pe1~ fe ição e pureza . \ Correm os tempos, correm os se– on los, e cada li ngua neste correr A s erihorl nhc1 Gu brna r . M n r – tins, g r ,icio s \ filha d o s r . Lino M art rns d .:1 Silv a . comme r cin nte d e n ossa prac:i . e que f..1z a nnos n o d ia 28 d o c o r ren te se vae de pnran i o. se vae npe rfei· çoa ndo , até cheg-.ir e ,te apei·(riçol\– mento a estad o rle m1vl nrezn. F e ita e d epurada a ling-nn, n iio tanto pe– los onn ,~, corno r e las evoluçi'ie:i p honeticas. pelo:i mPst.res .e c reado· res da mesma, é nataral qne us nn– cto ridades litte rnrias. us lil'IH1r.m ias cuidPm logo de cercn r o idioma n a– ciona l de todas u~ garan t ias t:on t ra os v ic io~, err·os 011 c!Pfeito~, que o possam altem l' o u d Ptnrpar. R iche – lie u fu nd ou n aconemia frnnce;r.a no lou vavel in t uito de ser e llo a g ua rd a avançado e fl dal"'a da con– ~er vação do lex ico e d a Íing narrem fran cPza. E' esta n cnusa de a liJ.– g uo ile Hncine. d e Cnrneil le A ne Massillon , ter não sorn ante gunrna– do II snn p ri mit ivn fô rma e t:le "'a n• e ia, como a inda te.r consPg uid":-i a u nidade graph ica , que o.indn falta a. ontr11~ l ing uas. como por PX, IÍ lin · g a a portng neza. A nosso academia b rasilei ra. q ue devA im itar o a cadP· m ia franceza. ai Ilda não q uiz mette r defi niti vame nte mãos á obra, fe7, nma peqm,na reformo, que não ol – cenç11 torln economia e o mechanis– mo d n ling un de CamõPs. O facto é, q ue t emos tres systemas ortl1og 1·a– p h icos, que são lidos e _ensinados .n°.s estabelecim1mtos pa blicos e port1c u– lares d e ins trucção, e nqoi ficamos; d a ndo-se liberdade a m estres e d iséi– p ulos d p os i1:ern segL1indo, ronfor- me o entender e o paladar d e cada u m. Deixando, porem, º"' t res syste– mas , \·amos ao assumpto preciso do nosso trnbalho. !Ji;damos. que cad a lí ng ua fa lada no mnndo. contando j4 secu los de PXiEt encia, timb ra em a fastar do seu camin ho e nos seus p rngressos todo e q nalqner estorvo, q ne a possa enfraq uecer. Ora. acon– t ace, que as re lações intern acionae:l entre povos. folnud o differe ntes li n– g nas, concorrem bnstn nte pura o co rnme rc io l itternrio dellus, 1\ p ro · curl\ e diffusiio de sens livros, e q ua nto 111 a is uma nnçiio for nd ian– t ada na c ult ura e na litteratu ro, A q e ntil se nh:"lrinho M .:u ~ia d a Grac;-a, _fil h a d o pro fçssor a d .' j Lu1za d a R c c h n Dias . tunto rnnl,; ns seus li\'ro~ Sºriio pro– ~nrado~, ~1111 litter •t um SPrá rl ifun - c.1nn. e o rn tercarn hio ~!' Pl!Cll r'l'eo-ará de os d ist ri bu ir e f~z,•1-o- 8 "' • d " · ~ cce1- :os _e ou t ras nações. n.. rn nis, este 111te1cnrn b10 ;:ommer•ciol ~ . t • / • cOll1S10-o • 1 az O n te rcámbio ri a , idéos e d7is pensame ntos. Oro. n lirio-ua . tj na l r . te "' Seja d 0 1 • m seu rnoilo r>nrt icular e pe nsa r e d e d izer" as idéa o-uem J "' , s se- ., . ºt º o est,vlo e vice•versa E tº.ris,so, em extran ho fõra, que · n o i asil, o bras ileiro fal n•sn á ing l~za e escrevesse á • 1 • , á frnnc .' 1 ng ezn. o u pensasse eza, fa lasse á frnnceza e es crevesse á f , · ~ ranceza. O "'e nio d a Jr·n· ~nn portngn . "' '"' . eza, como u d e ()nalq ue r lingua culta e clnssicn, refog a , por– tanto, o ex t rangeirismo, q uer na idén, q uer da for rnn, sob pena de enfrnnquecer a sua elegnnc ía, pre – cisão, energia e est abi lidade . Orn, o ba rbaris mo, no nosso hu– milde pensa r, é u m dos muitos ve– h iculos po r onde póde o inimigo pe net rn r nosarraiaes da n ossa língua, e d nr·· golpe~ mo rtae:. nas suas ori– g ens e na s ua ve rnaculid ad e . Ne– n ~1u111 vi?io de li ng uag em, m ais Jlode preJu rlica r a intei reza d e u11, id ioma do () ue u barbarismo, q ue to.rnbern se de nom ina p cregrinismo. Não n os d issimulemos. a i nvnsão cl<? peregr inismo é bem g ra nde e ntre nos, é q uestão de moda.; ma ; nós, q ue zelamo,; o vernncu lo àa nossa liog un. devemos com a .prec isa ener– g'ia . pé:u· um d iq u1: il tal i nrnsão. A ineorporai;-üo de te rmos extrnnhos li n?ssa lí ng ua, q ue r n n. forma, quer na 1déo, cum pre q ue seio bem limi– t ndn, deve ser rn in irna, segundo pPmomcs, e n ão inconsidernda e exa g gernd a. Somos pela u n idade d e 11ossa ling un, nssi111 como o somos 1,elu nni~ade de nossa patrin; u rn a l'Ousa 1100 vae sem o utra, uma só D . A n n a M e Ir e s B a rsottelli. e s– posa du s r . Vic ente B a c e lla r B a r sotte lli ling-ua e nma só pntria. D e ma.Is a rnais , q na ntos ho rborismos oa ex– t ra_ng-e irismos nãc, se Pmpregom por al1 r srm necPssidade? ! P o r vf'nt urn, fn ltnriio na ling-ua portug nezo ter · mos pnra ex r,ressar idéas eq11iv n– le n1es i'rs das lí ng ua ~ Pxtran geirns? Bmfi rn, cnm pre evitnr esse vicio d~ :in g-ungem, q ne só póde clesncre– d~tar o 110,so irl ioma, fnzenclo sup– P?r q n.e é olle pobre d e termos pre– cisos e adeq ua d os. Andra de F i n h eiro
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0