A Semana Junho v4 n 168
nt:OACTOR-CIIEPf; 1 DtnRC'flll\ J>liOPRIETARIO 1 ~f:CRl.'TARIO ROCHA MORe:I R4 ALCIDES SANTOS S I ANOR F'ENAL.Sc:;:';'1 RP.D,\ CTOR Toda .a cori•11sponllencla deve ser dir igida a redacção rum,H.TOK D'Artagnan cruz 33-TRAVESSA 7 DE SETEMBRO- 33 E dgar Proença - •❖~ TELEPHONE, '278 ·~ 111-:1.1,~ , A volta dos -~ l '~oiVIo nos tempos biblicos, quando arós á j!)! colera dos Pharáos v_c 1 Itavam os isrneli· ~ ~ ti;s ao seio de sua lribu, os cearenses, ;~__,,~ que o berço n:; tivo abando11aram um dia, •~k,:JJ acossados pt:lo ílagello da secca, agora, ,,. nnns voh·1dos, retemam á terra n?tal com a dt;.illusão dos que fora'm victi111as do sor.ho ... Não se pense que este5 que h.,je abandonam a Am ·,znni:i, que desertam o sc,lo por vezes m– ho~p tr> do Inferno Verde, sejam os fu gitivo:;, ele nontem, os íl ·gellados relas tormentas do sol. C(lmo o peque.-,o :\l oacyr. o primein cearen– se, q11e ain,1a no berço, em;grav:i da terra em eiut, nascera. deixanJo a cabana construija por seus pits sobre EIS liunas do Mucuripe para bus• <.:fl r tt rra5 extr,,nha,:, as~i111. lambem, t1e en vol– ta com os ceMenses que actualmente dt!ixam a Am.izonia, seguem para e, antigo ninho dos Ta– baj;iras, avós rle lracema e Moacyr, acreanos, amazonenses e paraenses, que ne:;tas terras nas· ceram emquanto o forte po\'o do nordeste nel– las habitou. Scnhando n forturia que um dia far.ia a feli– cidade sua e da prole, quanJo a ve:hiee fosse cheg<1 ,fa, o cenrense. que ouvira fahr da A·na– zonia como de um EI-D0rado ou Terra da Pro· mis!õão, vem'eu os parcos haver~s e com a fa. milia seguiu o mi~s'onar'o dos !:ering?.es que, com a vc,lubilidade de un' pr0pilet;i, falava :te riq11ez11s inc11 1 cul:weis na Chana:.1n do Brasil. A nigo do sertão nativP, cujo solo ellc ama· vn, ,nesnrn qunn.1O a secca estorri cava o plan, tio e ab.1tia n ga,io, só na terrn nov11, oridc tud 1 lhe era ho-;til, clle despertou do sonhn, i;entin.111 Hlli qt1ãn triste era a realda ie da nela. f la"ella,lo pelas lebres in:ermi tentes, que o der:i1/reri1,·a 1 11, oorro~ndo, lhe o or~~nisino ge PAll,1 israelitas bronze, o exilado, quando o delirio não o per• seguia, era cheio de sa udade q11e revia com os olhos d'alrna a cabana lvnginqua, achando que mesmo talado pelas ardencias do sol, o seu ser– tão guardava mois encantos que aquellas flores• tas macabras, onde o impalu,1ismo po,údor' da morte eampea,·a. Homem livre no sertão em que na~cern, sem querer, no Inferno Verde, tornou·s~ escravo do senhor do sering;i l, que se fizera seu feitor. Com a subida do ouro negro cresr.iam as s uas mizerias e aci,·ersidades. . . Em ,·ão elle ~ e ex– hauria no trnb·; lho em prnl da sua redernpção e· da redemi:-ção da prole a.iorada. . . O capti· veiro, porém, continu;iva e continuou até que, desvalorisada a borraC'ha elle sentiu quebraJas as algemas que e rrendiam á te rra dantesca, recolhendo-se agora á terra n:ital. Como os isrnelitas que vaguearani quarenta annos no deserto, soffrendn as agruras do exi– lio, assim elles provaram o s2ibo àa ama rgura, curtindo maguas no intrincado das florestas ama· zonicas. Agora, em cada navio do Uoyd q~1e passa pelo nosso po rto, cerca ~e quatrocwtos fora· gicios se acolhem no bojo de aço da nav,e mer· CAT~te. le v1mdo1 apezar da JJObreza, a alegria na alma, pois que ,·ão revêr o local onde foi feliz a !'Ufl infancia, P,Jbres vieram, mais pobres ainda retornam á terra sertaneja, onde floresceram as s uas maJs lin<las illu!'Õe!'; onde creararn ai as as mais r!· sonhas esperança~, onde ílQ:'i t~mi,os da men1, nice, os dias lh~s correram çe)ijres e fel izes,•, E' a volta elos israelH~s 1
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0