A Semana Junho v4 n 167

. Dahi a v ictoria do cinema so– bre o theatro. A arte do silencio e das tre- . vas, po rém, não póde subsistir sem o namoro velado, mys– te rioso, e , por isso mesmo, ma is c0nvidativo, ma is attra– hente... E a p rova. eil a ah i: -os ~inemas de Madrid fe– chados, em .cweve geral, se é que, a estas horas, já se não acham rea be rtos, vencendo. de rrotando. esmagado ramen– te, o pyrrhonismo do pouco atilado chefe de policia... A r v álle- ~ ~<M>a.9i:>0i:>~~i: ~ ! Cartasde posta-urbana 2 A ~ ~ ~~i:>~ 0~ :N>e~ ~ Minha i11/elli9e11le quanto ho11dosa Claudia,-- 11 ! bem sei do teu sobresalto, do n ervoso das tuas mãos, da curiosidade do teu espi– r ito, na hora en, que o correio unnunl\iar á por– ta d n t ua confortavel vi· venda, - •cartas para mlle. Clnudian. ·,É 'in-la maior será o teu de~assosego, o fris– so11 que Le hn· tle claol'ar o system& 11e1voi::o qna n · do, d eslacrundo o $Obre– scripto. vi 1:es qufl a le– ttra é de mulhe r, é tra çada pela. pen na accaci– ana J p uma tua irmã de sexo.Nàoque vivtl$0.1 tC'n · to, inquieta, á espero, u n icament e, de cai tas masc ulinas. em ronde c:u:nmer cial ou c n r, ivo liuroci'O:tiéo, para delicia d 0s teus olhos e al<'~ria d o teu coração, hem o sei. Mas tu és 11111lhPr. e n ós. as mu lhere 0 , t u lvPz p,,r um pri.1ci 1,io ata vi– co, 11 u ·1"ª temo;, de pii rneiro impt:lo; ro.;go, d e i::ym1,1athius I e l ,s c rPa· turas fe-11Pni as que n o,, são upr.i,;en ·ada-. 11e111 ar,recin /nos de prn111pt,1. uma, jo,iu. um,, lt>mhru n· C" uma cartll quH nos ,-h~o:a â's m ãos. pri11d· ~nl~1ente qnand" 11,i., a tinamos co111 a f,111t-• di, ond e prové111. nu quP11• é 11 dad ivosa e in<: g lita am iga. teu lindo quanto superio1· espirito, revelo-te quem sou, ouviste : beija a tua Nathe rcia L embraste, não é assim? E u sei que me estás vendo, ago ra, como no tempo em que c ur~amos n. Esco' lo. Normal, em que fomos dua-s distinctas normalistas aplicadas, O menino Lourivnl, filho do n1ajor Carlos D a n1ace– ·no, <roga : do Consel ho Mu- nicipal P.e Belem. estudiosas, ajuisadas, sensatas e muito in vejadas. Oh! venha de lá esse abraço? Reconheces a tua Naná, pois n ão ! Sim l podes beijar esta carta, que é da t uo. melhor e mais sincera ami· g-a ! E exulta l se é qt1c in,-!a i,en,a• vas eIn 111 111. P ois bt:m. Agora. que e,ta1110s identificada$, vou dat··te nutiri.:s m inhas mais circuw,,tu.ucrudus, po1·– que h a quatro para cinco iltlnos não nos vemos, corre,:ponderi1os s i· quer, porque me fiz de viagem para a C'lpital do paiz, de lá para o extiangeiro, e tu, minha l!rl\nde ingrata, nun::n te preoccupaste com resposta r as primeiras cartas que te fiz, o que me levou o. sentimento.– lisur·me e n unca mais te escrever, se não hoje, que me encon tro r,as plugas parae nses,. chegada nnrn dos u ltimos transatla nticos. e para não mais me apartar da terra do me u beiço, assim como ... da t ua nmi– zade. Quere~? Responde, escreve-me. E tudo assim se hu passado. S ube, pela indisc reção dos meus, que en– contrr i com saude,-um poucoch ito mais vel hos, talvez - los te.us En– ccessos nas letcras, do tu1 prestigio no rnngisterio como professora de um dos estabelecimentos de ensino publico, de maior cotação e.• . do teu breve, indiscutivel noivndo. Disseram- me elles que está,s mais m ulher, poré_m magrinho., a n afada, nervosa, °:1ªs sempre engrnçada na tua figunnha leve de porcelana, assim como b-or. chri~tà, c umpridora dos p receit,1s que ma nda a 110.ssa egre– j o catholica. B eijo-te por t udo isso. Emtant:o,querida Cla u • d ia, esto'.l mc rtn por te fallar, para ce rtifi~ar-me se inda {s o.qnella de sempre, tão m inl,a ami– ga. que te vestist.! egunl. a mim no dia da nossa collação de gráo. A hl nesse momento. <!:espo– samos , no altar rlo Snher, o l'rin<.\ipe E11cnnt;:id11r do E11sino . A n" s~u ulli· ança nu pcial foi um livro sy 111bolico, não aclllls·t E é ni::sim . Encontro• me cm Belem. Estou re– s id indo na mesma casa de onrle sa hi _para corrPr ,, mu ndo, viaiar, ver cos• tun:es H couus d e outra:; te rras. l'oucr, ou muitn lucrei com iSS(), l ndu uã o pe ns~i, con,o tu. e:11 me casar. Ten ho lindas cou· sas para te 111,;strar. Vem v erme; eo11 ve 1 sare1ni 1~ m,~l h,,r em m inha casa. E sperO-tr, nu111a n11sia crescente, pal·o da1·-te o seu abraço de saudade,, a. tua amig a incondicio– nal - Nathe r olq, 'J'e nde n<:ir~ prnp1 ia 1, 1.,,red iLariu minha bôu Í:ioudia. -1~. como n iio . quero por em doi::ntino o o symp.:lthisa do acto r A. C a mpos, que acaba de fa– zer er.ti• e nós a t e mp~ra dE;>- da Companh ia L e nl S ique ; r .J ~ Úni nnnuncio sahido ha.s paginas i A.EMANA, é real victoria pMA quem o faz; trav. 7 de Setem– t,,o :s;-1.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0