A Semana Junho v4 n 167

iOCIC,W:::: ! 3 .tliJ:10 lima jórnoda. A mullidãn P.nchia tutlo. Acotov,illa11do, fui e vi. Sohre uma tla~ 111es.is dP. 111,1rmor0 branco, esle utlido, com :is roupas tle dua~ côrP.s, ~s bolas dP. ca nhão ,•ermelhn, cheio dt3 pó e tP. r_ra , as mãos crispadas, o rosto ferido e dcsordPrrn clo, estava o cadave r do joc:key, nrorto ern uma queda d~s· astrosa 110 quarto pareo da co rrida de hontem. Um ruido surdo borholet.iva no recinto. S11bilame11 lt1 todos volta· ra rn-sc pa ra a porta. llavia voz.is . E urna m11ll111r baix a, Lrigrwira, a l P.Z onrugada, um le111;0 prPto cobrindo os cal.Jellos L,r a nr.os, esparsos na testa, 1111trou, resoluta, com uma das mãos espalmada no ar a exela · mar corn magoa : - Ah I eu hem lhes dizia !.. . eu bem lhes dizia !. .. Entrou como so a ni11gucn1 visse, 11 caminhou dir,.ito ao cadaver. O· lhou·o, . ag,,rrou·lha un~a das màoq cri, paoa~, como se qurzesse ra~o· 11ltPce l·o, se o acrndrta~se nvo aiuda. O seu olhar devorou·lho a fl gura. /\o laclo, sohrc a mesa, cunro dHS' troços ou anuas dr guerra, estavam o lat,•oo e o honet dP lor:ga pála a hico 0 dr. pa~~aro. lmmovel P.sLa1•a 1•IIP com o sP.11lhla11te dPcomp,,-.Lo o cl;uiu de pó. Do lado di rPito, sol1re a íacP, lrnvia uma grantl•• fe ri~la de lahius roxo~, coherla dH 11111•1r~. A hoca entrnabP. rta, , corno SH surrr~se dol oro:;amenlP., 111ostrando dois dr· ll' LPS da linha supPrior, hra uco~, s,•m h, il l10. IJo c;111Lo do lalrio c)p,·cia 11111 lio de sa11gllP. 1\ 1wrna din•i ta Lot" c11la , pa rtido n calção, cht:io de t11r ra cl,• nlro du hola JH'tJU••na. A 1 l11z dn gaz h:1Li;l'llt11 1111 r.a ra cn111 urna mu·lrz trblissirna e lugu· hr(>. A VAiha rr wlia a P.Xclamac;ão, cio· luro~a11un1LP, a c hamar pelo ll lil o. Co1 11 o le11ço pr..t,, cahi do para traz, os cabnllo~ hra11cos rnvollo~, ri1clt:n11tlo 1:0 111 os br~ cos l'llllllUJ.! l'fl' n clos a callt'Ç3 do cadavi:r, punha· ~•· a hl'ijnr :1q1H<lla cara (l,•forrna rla, t,·ritla , cheia d•i pó. A e~paços, co111 :r 11u11La do chale~, ll11111ava as suas o, A S EMANA ,O lag-rimas ou o llo de snngue que descia dos lahin~ cio filho. 'I'udo calado. 'l'uào 11111Clu11 hamen· te traj!ico, mP.donhanre nltl lugullre. Olhei em roda. Todos haviam sa· hirlo. Encaminhei·me para a porta. E clnlli, n'um ulli1110 relance, vi a pohre vrl ha aiuda a lll-'ijar, a c ho· rar sobre aquella cabeça deforma· da, que ria do lorosame nte, e a ro· pe~ir 3'1Uolla J)hrase l'undamu11t11 recrimi11 gd11ra : ((-Eu IJtHn lhes dizia ! » ••• Fóra ia passando a noite clara, n1ur·11a , muito mansa, cl11•ia do sciw ti llaçõ11s aznlaJas de estrellas. \ inha loc,111rlo al!'grtimr nte ao 1011,w, muito lo11~e. a banda musical que vol tav~ do club ... Assim morreu o_jockey. M a noe l Car n giro, ~ O BERÇO Enlrr. viol r tas •P. rosn•, pP(J•10· n ino P ris1111ho, :1s mãosinhas cruz.i· das sohr!l o P"il11, OP.dê , dr. ciuco mr zes, clorn111 pnra todo o sP.rnpre. \'r.~LA·ll111 n corpi11ho r1•cho11ch11do a ,nrsma camh1ai.. 1a rom q11 P. foi a pia; ó cab,.cinha loura a nwsma touca hrnuca . Parecr que e~p.. rn111 qn,• ar. 1 ,rd n para lovaf·o 11ovamr nte á egrr ja. ílahy, de Ires a11nos, i: 1rnr· ela o JlPQt1P. ni110 irmão . Sahe qn11 dorme porq un lh'o clisqr ram . Para 11fio cll'spr rlal ·o pisa dr ma11,o, caul 1 •lusa . apertan1o nos hroço< Col nmbina. O sol faz 11111 VPt1sinho cl'n nro e t ranslur ido para o rosto risonho rl11 Ot>clê. Os círios e111pallider.Am e as Jlores vão murc hand r.• ju11lo ao corpinho frio do dPfunc:Lo. OCIO ocaof Balem pai mas á porta . Baby es lrr n11ic11 . A perLa mais Colo111hi11a e lança um olllar ao ir mão, rec...iosa dt> q ue Lenha despertado. ~!as _Oedê não despP. rla: dorme, as maosrnhas cruzarias sobre o peito, como re· zando. Balem pa lmas de novo. Bahy, caultllosa, em pontas ~e pés, vall á pol'la e. coi ladi II ha ! nao cousegue ahafa r um grilo dando com os olhos no VP!llo nrgro que tra z dP.llai xo do braço, corno um estojo, o pt>q uenino esquife cor de rosa e branco, cercado rl6 frn11Jas cl'ouro. IJal.ly não consr gue sulfo• car um grilo: hate palma!l, con· t,:ute, deixa cahir Colomhina e w · tra. a correr, annunciando: «l~slá ahi o bi<rço novo d•• l)tJclê ! E~tà abi o b1m;o 11ovo de OP.dê !o E, com voz de ch,)ro, aga1-r~11do· sa ás sa ias da avó tremula, que Yac: co11111ondn ramos para o pr que· nino, implóra: a)!audas fazer 11111 be rço igual para mim, vô~ ir►IW~ 111a11da l'awr, vósi11hll'l» g, para conveucttl':1 1 '.rn ija·ltru repPlidas ve· zes a mf10 magra e a velha. solu· çirndo, heija·lhc os cahellos louros. Ha dias, indo dP. vi~ita a ca,íl, encontrei·a silenciosa. Fóra, no ro· sa l, já não ca11lavam Jl:IS~aro~; dc•n· lrn, 110 lntr rior, he.rcos 11ào so tra· Jantavam. Sc11Li que a lli l';tlta v,1 ai· guma cou ~a .. . 11ào havia harulho. A 111ã1•, viu va, ,dtt VP'/, Clll l't'Z, levanta va a ca lwça , p1111ba os olhus no ceu " b~i>.ava· os molhados: a ve lha não !'alava. SP.11li 4u" alli fal· lal'a alguma cunsa. Por acaso vollanrio os olhos (lps • cobri Cr,lo111hi11.i sohrP urna p1•a11ha. Pohro Coloo1IJ111a ! Lrmhri•i·nrl!, 1•n· lào, de íla by 11 pergu 11 LPi po• ~•lia . A VHlhi11ha lllowmt>. ,\ r11ãe ha1xou os olhos, soluc;autlo. . Teria a co111plac,•11tr nvó ~n lrs· Lisfrilo o cl,•sPjo lia cri,a11c;a ? 'l't>rla a VPlha clarto ú llab\· 11111 l.iHr(.'O c111; de rn~a e IJ1a11co igual ao clP l)edê ·. E não foi outra com a ... essa~ velhas avós fazem Lanlas vo11tades aos 111'los. .. C oelho 'Ne tto. Da .lcademia B. ,le Lrllr,1,. 1 _ ........... - ..... , ... ·-··-·-·'-·'"····-· ............................... ____ -- ... - ...................... -. ' A prosperidade de vossa casa está no aonuneio que della fizet1des • • ·• ■ •••• 1 ••••••••••••, ••• E este é o problema n1ais facil de se resolver : as paginas d' a cfemana para que o triu1npho seja pujante ----- - --~--- . o reclamo sahiJo nellas, é lido attenciosamente : conservado r a ra sempre como reliquia, por milhare~ de ressoas dn,; :) rartes du uni\'erso.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0