A Semana Junho v4 n 167

.. A FLORESTA 1 VI RGEM. .; 1'ôt5 As mattas , irgens do Brnsil,- que occu– JC:1lt r am espaço ig ual ao de ,·as!os Estados, -reside um dos lS pectaculc s mais. aug us– t os êa creação. S obrelev am o oceano em. n 1 ys terio, em diver– sidade de panoram as, Em excesso de vida, em magnificencia que, ao mesmo te mp o a ca bru – nh am a intelliger cia huma r::i e a rrr '...,a la ,li, ,i c– éeAtuando-lhe a idéa das torças superiores regedo– ras do pla neta. E' a natureza em ex– p~nsão e libe.rdade maxi– mas : m~res e mares de vegetação prodigiosa, nos quaes cada cnda repre– senta um mundo de cou– sas preciosas e lindas; s i· lencio imponente, ou an– tes, profundo rumo rejo, clamor lon ginquo, indefi– nida reuniã o de harr,10- n ias; provocando relig i,,_ sidade e v11go te1ror; chei ros acre.., e balsamirns, en– abundantes vagas de M< •· ·mas que \, º pei•o ha 11 rt com delicia, con o si fos s em remedio rara s ua! mis erias e mP.lancolias. A principio, o olha r nã'n distingue formas pr ecisa:– na selva ingente, . porém massas expessa s, es boços 1 , r uirlandas, enristam-,:e lanças, empinam• s e ma stros arrogantes, ca rregados de cordagens e galhardeias. E is os jequiti b<Ís c'ominadores, os soberanos da ma tt2. Eis o i:-au rosa, o r a u setim, o r a u violeta. Eis os gigantes .seculares isolados, so• branceiro~, es tendrndo a ramagem larga sobre ~.s u m11gens infericref: 1 capazes de abrigarem á ~un f on;b r;:i m ilh ares d e r essoas. Ers o j aca– ,r; Lt!a u g 1. C' 11 Í!~.ido r au santo, ce tão bello e ru til. E is a carnaúba que fornece ao cultivador a li– mentação, bebida, luz, ves– tu:irio e casa. Eis innu– meras .outras especies de palmeiras esbeltas, hirtas, a ltíssimas, em cuja fron• de roçam ,as nuvens. E is os cipós e trepadeiras· que ora cahem v~rticaes 'dos galhos a ltivr,s, ora os unem por meio de pon– tes pens is, ora os amar– ram uns aos outros, de modo a c0nfundil•os, o ra i se lhes enrosc:im em es• piraes , o ra se distendem como fitas onduladas, o ra pendem em fes tões , ora serpenteiam entre as a r- ' vores pa ra, g ui ndados a alturas incrí veis, lá em cima, expandir-se e flo– _rescer. ·de torres, mura lhas, trin• cheiras, abobadas, 1 y1 a– · mides, columnas de , er. dura, formadas de avo· res enormes , troncos ag• 1 tJ 1 ~ e . t. t. la. é.. 1. '\ t. 1.. l 1 J t e \. l \..:.:.. '- , }. l 1.... c_ 1.. ado colla b o n .c'or o &~me C alh EirL s. Reparai agora nas or• ch ideas, de brilhan tes e variegados coloridos, com desenhos symetricos qut farecem tra~ados por a r– tista caprichos(, em vel• ludo, ~t: n, metaes fo~~os , . ' g lon ,1::roj<,::;, Irar.a~ i ntrelaçadas, - çlantas r m baixo, em cima, dos lac' os. flor estas rnbre flo– res tas, s ucces!'ão inre, minavel de folhage11s. Dt pois, pouco a r ouco, de f urrreza em rn r– r reza, vis lumbra a r o rter tosa \'ariedade de con– tornos , dimensões. cô res;-configura ções brutaes ou mimosas, çha ntas ticas ou grotesca s, risonhas ou ameaçadoras . Ba loc ç;; rn-~e rrnnacr. os, at rem– ~e leques, a rredo 11dam-~ e umbellas, sus r encem– se candelabros, agitam se tlammulas, der endu - ou çoli,1os. < < 1 ' < n ! :, osc, u!ts e:tgantes , as co r as . vers udas: as ramarias e;..travagan temen te, retorrrdas , r.s plantas delgadH s, corpulen tas lu· z~ntes, de grosf'ura e deserl\'olvimento sem iguaes. cri\·a.c'as de flo res a i;-onto de se lhes não oescc brir rr a is t:m unico s itio verde, r a recendo ill'mensos rama lhetes de offuscantes matizes. Observai as folhas , saggiti for mes algumas; côr de r urpura, cor de fogo; macias e delicadíssi– mas es tas, a pedirem caricias, esperns, cspinbo.· 1 l r J j

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