A Semana Junho v4 n 166
BAGAÇOS A manhã, vespera do dia consa· graclo á commemornção bu lhenta do santo que protege as aventuras venturosas dns noivados, far-se-á, poi- tradicção, o bicio da época feliz e cheia de encn.ntos das foo-ueiras e dos b11111bás com todo o se~ regio r.ortej,) de alegrias infin– das e s urprezas dôces. S. Antonio o:hará, em verdacle, piedosamente bondoso, para as mu– lheres qu~ siio, na Terra, uentre - abertos botões, entre-fechadas ro– sas• ... E nem o botiio exist irá, sorridente, para as delicias tio Jardim da \' ida e nem a rosa trescnlará, Hinvissi· ma, para a Felicidade dos homens, se o san to milagroso não chegar a tempo de garantir marido para ambos. A mulher usa de facto, ne5tes d ias cheirosos do mez evocador do meio- anno, duas singularíssimas capas; tal Satanaz. E vive na bôcca dos poetas como um aremêdo de pedaço de ceu azul enluarnclo a penetrar pelas jane lla3 dos nossos olhos, habitando, p,Jr instantes de sorrisos e, deliciosa· mente, a nossa alma captiva pelo Amôr. i\r vorando-se a padroeiro de ca– samentos, S. Antonio protege esse eaptiveiro e o diabo de saias, que o crenu, apezar doe peznres, para o reg,do de tres mezes da chama– da lua ele mel .•. P orque. depoi;, desse r,eriorlo en• ganoso, lêdo e có~. o~ Olhos que chegam nos empurram para II rP11- lidade indesejavel dos apertos ca– seiros . E S. Antc,nio gôsa, lá do altn, onrle vive, ha não sei qnantns mil a nnos, a nossa sit uação critica em companhia do tal botão e da tal rosa com q ne nos presenteou a ex– istencia para se vôr livre do arrô– cho de um ]aço, mediante o '}nal, de pendurado e d.i cabeça para bai- r ,,,,.ria atróz soffrimento, xo, ama .,- ·1 1· se não attendesse a m1 sopp icas e p~idos de noivados . . . • • • A canção popular está em dP~11- denoia, O tbc¼Btro por sessces quA deveria ser o centro por excel· !Ancia do seu l_ançamento deu um tiro nos cançonetistas Oesapparecernm do. scena brnsi– leir/1 03 Gera/cios que tão fundas saudades nos deixaram. _ E o Albuquerque, o A IFredo en– diabrado que era, aqui em Belem, pela Festa de Nazareth, o c11fu11t galé do. nossa mocidude aleg re ·,· Por onde andará elle? Qne fim lhe ha dado o Destiuo? l <esta-nos o consolo das revistas sem graça e com larga dóse de pornographia ... Nada mais. Um que me.••110 pw·ado c11111a semp,·e U HfJ irll l'fl. Aquelles tem pos iclos de umn do– çurn, um encanto incumparnvl'is, dcixa rnm ·nos tristes. Muito Pmborn. A crise hn rle pnssnr P. n ,•11 nç,i :1 voltnril, tal vez. mais ven'turosa ainda do que d'antos. ••• Dª viagem a Soure que fizernm os nossos sporlmcn. sabbndo ultimo, contam-se casos pit.torescos como este: Eram po.ssageiros do «Rio Yaco» o Bianor Pennlber e o Edgar Pro– ença. Aque1Je, n ão havendo nunca vi– ajado para Soure, metteu·se a bor• do des prevenido de rede e ás' tnn- ••• tas <ln mndrngnda, sentindo o cn– lôr ,lo camarote, arrec/011-se parn n rêcle que o Proença pacatamente fizera lstar no salão do navio. M nu g rado os protestos do inse– parnvel amigo do ten1rnte ('amargo, o Binnor deitou se na mesma rêde em que o Proença remordia o de– licioso sorono da innncencio. ... (sal· vo seja!) Contaram-nos, entàC', que era de· licioso o quadro, digno dn palheta eximia do Lassance: a caheça do Biunor bordejando os pés do Pro· ença· e a deste en: continuas ama· híli,lodes com os pés daquelle .. . O ~lurques tcavallo branco) , Jia· bil11é sem molicia do bnc'cnrat e do sete meio, nito se conteve diante da tal scena que comparou com um valde de paus anlh~ntico ... A. inda este outro caso da via. .._ · gem a Soure: O Carlito im · pressionou-se bastonte com a mo· dei:tio do rcpresentan-to da ,,A Prc vincia do Pará», Ernesto Cruz, cor· ;recto e disciplinado cabo de guerra... Dizia-se que o Ernesto ó um te· mivel torcedor do Paysandú. Mns.. o tenente (1amargo que chefi ava a Pmboixada sportiva e niio sabe perder vasn para as bôas pontarias, lavou logo a impressão do Car!ito: • - -\'o-,ê snbe: cite é soldado. .. - C'omprehendo. SePdo solclaclo e você. tenente . .. -Clnro-interromp!'u o rr,1ença... ••• T omnr um chnp-p no ornrtnrngn&, ussim peln,:; chms horns da ta r· de '}nando o sol <'stá a nos o;:q n.. ntur as v<>ias. ú s ummamente delicio,;n. Ora si 6. Pois a cssn suprncitncla horn. terça-f1•iro. ultima, nmesenduvam-se. noquel lc refng io de peccadores, os drs. Alvaro FC'nseco, advogndo cm Soure, Fr anco Mnrtyres e 'I'eixeira de Lemos. Entram de momento, os drs. José Estanislau e Jniio Vicente. Diz o Zó Estanislau pora o Teiº xeira:
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