A Semana Junho v4 n 166
AMOR I'ROPJ?.ZO . . Q F:MPRP. me ha de lembrar o que me s ucce- ~ deu com Fern ando Le11, um escri ptor por- tug uez de subido merecimento e qr1e. s up– pos to menos conhecido como poela, basta ria a conquistar-lhe tal nnme a s uperioridade de al– guns de seus tra balhos em ,·er~o. Em uma quinta-fe' ra sa 11ta, em que junctos a ndavamos os dois percorrendo as egre- jas em Lisboa, Leal , quiçii por aligeirar a ,·ia·sacra , foz-me " u– vir a s ua ultima po· esia. urn a ode ao Sol , se bem me lembr' •, pedindo-me que lhe revelasse 1·;·111 toJa a IS:rkeridade a mi– nha impres i:ã o, E' claro que tomei como s implt::s cum- ' pri men to o int ere::-!-e que me mnnife,-tn, a µor um ju:1.0 .,ue, por obscuro, em n::.-1,1 podia infl ui r na re– putação g r...,iualrner~: te crescente -.1•> .\a então es ti111atlu l' " eta . No entrei mtn, ..,,. . tis fiz sem rerg i\'!•r,,HI', . ap pla udindo i11.con 11- ciona lrnente o •eu tra balho. Ins is te Como q11er que naque:le mesmo <lia ti,·esse ap• pa reci.lo p11bl i-::acla n poesia que eu e~cutarn a f ernando, a pres~ei-me .a felicit.'.11-o mnis urna vez pela s ua bem trabalhada producçã n. Ain ,1a ngora não expli-:o :; mim mes mo o que lt!\'OU o :-utor dn Ode no Sol, que áquella hora ,i.i ha,·ia recebido do publico a consag ra– ção ria s ua obra , a ins tar rra i:; un1a ·,·ez pelo mui parecer. 7 .1 • Com franqueza , ob!"er'\'ei-lhe. E' um:1 1,etla poesia . A penas :rl gurn g r::11nmn1icCl ern dern::is ia e~c rupu· loso r o,ier:i fa zer re– rn r~, ern 411e \rat 1111- , o (l a uto r r nr ,,·,:, . o !"ui. l"gn adian te r :r~!:'e a tra lal-o por "' ocê • , o t,, :gando os ,·e, bo~ ;i uma e,·o · lução de segunda r nrn n terceira pes– ~ oa; 111a s is to, aR 1 rn l de conta~, nté irn1' ri– rne nos \'erso~; um ce1to ,nbor de w11u– r:1li~núi, ,·i~to c~nw ~ão frequent es tr,es saltos n a co1.,·e1s a · <,:iio íamiliar. n Pa lanns não erél·n ciil a!" , eil-o c\Ue cres– cem p:-i r:i 111 i111 numa in \·ecti\'n por tal f<i. - 111a in:-ultun, a , :1cn111- pn1.llad:1 de ges to,; por tnn tn 111:r neirn d E· l'i -i,·ns de me .,tira r < o·n qunlqucr cou!"n , gando-me o, ue 111e ,1âl) dr:xe levar ~, ,,,. cr,11- si,le rnÇõ.!,; de l 1elica• dez 1 ou cte :1rn za 1<:! e que e x;frnin e _deli• . D1· C . 11·lcs Orns l L'in. cor.ct: i tu '-u.l o t: li n t<.:'-• c n, Bc.•1e n"l. qu(;, se Ce~:.iri<' não damente n 1' oe!-1n 1 :111 1 11 de dcci,li, ~e p10.lu; :i1á bom efffit o. Escuto-Ih 'a de 110\'0 , c~m to lo o ~r,r_zcr, e 1 ,... ,, S"Lis índ'Í'> ,le co11 l1rnur o meu 1u17,o . ten ·., " . " . . .,. . . P nssnm -se tem r os e urn n hella nortC', entran - do nn cervcjnria Leão, po r :14uelle ~ernpn i10 l\l ,1 •- le arfr.:tas e pnetns, nvr-.to :-ih:rncn- de reurmtn < 1 1 e · r. lo L••al e o ma a,·entu,a o '.!!:-n nr. elos 1· ernn Ih Ver le. ·· se ro1et e de rtrmein. co111 e< rtl' 7-a lt.!1i:: 111os offl.!; ceido n gnlc ria o es · peclr u !.1 gr:t1 u110 ,lt:! u rn es n1urraçamento oly111· p C'l, Não ~atis fe ,t,, cnm este moviment n im:nns:– der.ido d!! irrit;,hili !ade, retirou-me a s ua nmizadc. Com Cesni io Verde. que ião nobremcn:e cnn– seg11iu lihert :: r-1111:: da ira enfurec ida do poeln al111L·inn•IP, aconteceu-me 11m cnc;o 11111 tnnto se– mcl11nn t<", 411L' 1 cnrnyuanto 1,;enos violento, ,~iio
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