Julho v4 n 173
30 J u I ho 1921 mBm 11:l fiffihiiffl~ ~ 7"~1 ,_J~ * * * RP.DACTOR- f.UF. •t: ROCHA MOREIRA DIRECTOft PMOPftlETARIO A.LCIDES SANTOS Sf:CRtTAl\10 BIANOR PENAL.B&:R BEDAOfOR D'Artagn a n Cruz Toda a correspondencla deve ser dirig ida • red1cçAo 3 3-T RA V ESSA 7 DE SETEMBR0 - 3 3 TELEPHONE, 278 Bt:DAt:TOR Edga r Proença UELEM t•AIIA Hespanha «versus»Marrocos D CRANTE os quatro a nnos da gl'afüle guerra, cmqnanto das cinco partes do mundo cor- 1·ia m nações n se ingressar nas pelejas, a Hes– panha, ;;ituada quasi em meio <la tremenda fo– vneira, com,egnin vencer todo o angustioso pe• riodo, · mantendo-se numa neutralidade inqne– brantavel, neutralidade que nã.o foi quebrada, apezar rlo nn111ero ele nai;ões concorrentes que f:e filiavam ao 111ov i111en to pnra · as incer tezas ,la ~nerra. • Agora , entretanto, qne a maior parte do m11nclo tl'ahalha pela paz, mnito embora , ,le ar• mas na mão, <lif,p·nte :1 Polonia {i Allemanba ns t e1·rai:. da Alta S ilei:.ia e os gregos invadam ar; t e:-·rns <la Snhlinre Porta, com r eal de:goi:.to e il'ronti,ln fnl'ia do f'omrnenclaflol' elo;; Crentes e sace<lotes ,le AJ)a h, sente a Hespanha qne :un rroros r;.e r·ebell:1 contra n sna a nctoriclacle f'm terra s ma rroquinas, leva n<lo tndo de venci– <l:1 a ferro r fogo. No primeiro momento deveria ser com pas– mo e incredulidade que a ,·elha patria de Cid, o Campea dor, teve conhecimento desta nova in– surreição dos seus tutelados em terras africa– nas. Or:1, ninguem pod eria conceber com razão qn e nos tempos que passam ·Marrocos pudesse se insurgir contra nma potencia enropéa, mormente sendo esi:.n potencia a Hespanha, in– tc;rra e feli ;r,, one não i:.e ingresi:.n ndo na gner• r:i. niio pe~·!len um unico soldado na formidavel feira de sa ngue. Qn e querem, porém? Infelizmente, como oi-i ltorn ens, os povos não têm 11111 periodo certo pa - 1·a soffrer a tutoi-ia. Como a França, a Hespa· 1 ha t em ílornini os em Marrocos. 'l'odo o mun• 11 0 i:.nhe que é sernp1·e clesagradavel ter nlguni-i pnlmos fl p t enns, Sf' nci:.sns mesma s terras h:1 1 1111 g:·:in<le senJior qn e 1lispõe <lc algnrnns pol - legadas. Um hello dia esse grnnde s.enhor arran– ja nma demanda, questiona, briga, e as polle– gadas transformam-s.e em pa lmos, principal– mente se elle tem por nome França ou Hespa– nha, se possue a lguns milhares de soldados e poderosn::; naYes de guerra. Então como sem– pl'e, ,·ence o mais forte, t rocam-se algumas ba• las, l'egistam-se algumas mortes, o peqneHo p1·oprietai-io, embora senhor ele maior teneuo, perde na contenda , e o mais pocleroi:.o alarga os sens ,lominios. Os lllíll'l'Oqnill(>'S ·sabem ele t udo isto e mui– to mais ... Olham, porém, em volta e vêem a P olonia, hontem· ei:.c rnvn, hoje dominadora, pro• cnr:Ú11lo .ala r gar os seni:. domínios; a Irlanda ta ntos annos. ca ptiva, pelo sangue, pelo incendio e pelo terl'or hnscan<lo conquistai' a sua auto· nomia· e adzinha n<lo-i:.e do seu fim. Nesta emergencia que faz Marrocos? Vendo a Fran· ~a occnpacla a tra ta r de va rios problema s qne a inte•'essmn, procura enxotar as dominações hespanholas elo sen solo, de surpreza atacando e arcabuzándo os soldados que Affonso XIII mantém em tel'l'itorios que os marroquinos consideram seus. P erguntará o leitor porque Ma rrocos não escolheu de prefer encia a França, para feril-a nos Rens interesses, uma vez que aquella grau· de potencia tem varios p roblemas, cada qnr.1 o mais complicado a r esolver? Quem sabe? Tal– Yez otlio de ma is aos hespa uhoes. Ademais, anda a França tiio bellicosa, tão irritada em ver contrariadas as suas ambições, qne é bem posi:.ivel que se Marrocos contra en a se insurgisse neste moniento, d la afogasse Mar– rocos no proprio sangue. Em todo o c,1so vamos ver o que rlir:i i:.ohre o cn!:o, no arlrni1·nYel platoni i:.rno. a pl:ltonic:1 Liga <l ns -X:, çõe,:. R . 1ll.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0