A Semana Julho v4 n 171

- Numero 171 AnnolV 11:11 RP.OACTOR-rJIFiFR 1 011.Rf:'fVR PlnPRln'AIUO 1 sr.cRJ:T"nro ROCHA MOREIRA ALC:CDES SANTOS BIANOR PENALBER tolla a ~ol'respnndencl!I deve sei' dit'iglda à redacção I\HO,\r.TOI\ REllAC'l'OR 33-TRA V E SSA 7 DE SET EMBF\0 - 33 Edgu r P.1·oença D"Artag n a n Cruz ,, . . . . TELEPHONE, :na !'Ali.A DELEill A cordialidade 5.por'fiva if\ ECIDIDAMENTE os deuses não contri– LJ buel)l para a apregoada cordialidade spo1·tiva, applacando as pàixões, remo– v·endo dissidios, apagando as rivalidades el'I quê se empenham os responsaveis pela vic.to – ria e brilhantismo dos sports terrestres. · Era assim em 1915, assim va-e sendo em 192l. . Realmente, não sabemos em que consiste J. e~'olução do foot-ball, no Pará. E ' que .os te(i,:18 de hoje- não são mais perfeitos do que os tle j 9H,; e essa lucta de paixões que dement;:IY,t 1 JJaycrs .e _torcedor.es naquella ep~q1, _não .,le,·,· appareceu, corno era de esperar. .. Hoje, :::e exceptnarmos Soisso, Leoncio e nl-. guns outros jogadores de rele\'o, os varios t ,111- _1 uuctos da L. l'. S. T. nfLO apresentam players rle ynlor como •em tempos outros, qua ndo a . temporada de foot-ball não 'dec9rria ape11as com dctorias <lo Remo e do Paysandu'. Então sem falarmos no campeão de hontc;1:1 ' . .e no campeão de hoje, 0 Panther µpr e~en~l:l"•~- a: parelha de aç.-o Chrispim ·e Whndick'; o União Sportiva. assigualava o se~1 yalor .co1n Hosti:t– no Pinheiro, o jnesqueciv,el _.,,gqal-lceeper e· Mn– _nard, o Cabeça de 011,ro; o Brasil se orguU:1a\~,1 .de possuir Saracura _- no s_éú team , superior, e o ·Guarany t inl~a. ·Aklo, outr<Y ·valente guartia.- ·n1éta a zel ar·pelas sua!l côres. . • ~· ·.:, . Infelizmente, os bons foot-baller~! _inclusin: -'Abel · Ba1·1•os, Hugo Leão ~ Moura Palhn, no pay.sandu', ,e Duca: Motta, 'BórdalJo e _Rub~lar iiio . Oiub .do ~em?i levados pelas e~ent~ahda'. eles da v-ida, se fizeram aves ele ar-r1baçao, de– s ertando ,·do g1· ou.nd: e não mais abrilhantando 1is pügha~. _do. baJlo·n-ro·und, em prelios inolvi– . :aâ vei's-.:... · Hoje, que resta dessa quadra _brilha nte de brilfia-ntes feitos? ... Nada que importe num ~-=-.. : .. . 1 ~pe1·feiçoament_o <las .éq-ni1JeS que di:sputam o · º· eanipeonato aunual ele joot-ba,U. Não se diga, l)or optimismo, que os clubs da g rnude esphera . a ti·a,-essam uma sobérba ,pha'Se de sua ,·ida . E' que se tüdo deixa eut1·e,·er a disciplina reinante no se_io das entidades sportiv.as , o mesmo não se poderá dizer da apregoada cor– dialidade por que se batem os espiritos be!->- in- >– tencionados, a qual t~m constituído sempre uma verdadeira utopia. Se nfio, respondam os ·que 1:1ão·do sport e pelo sport, que genero de · educação physica é este qtie- dissocia .9f3 homens, quebra relações que pareciam durâdoums e inquebrantaveis, que faz os q1.1<e são. responsaveis pelo, brilhantismo . ~qs seus nucleos se medirem numa campanha ingrata de doestos e retaliações? Se a victoria final de um club reside na som: ma de improperios, no alluvião de insultos per– mutados nos jornaes pelos que escrevem a chro– nica e registam os factos; se .para que a fama ele um club vingue ha mistér. de que os hom-ens se descomponham e moralmente se desnudem ou se infamem,· que ao menos os chronistas não mintam a si rroprios e confessem que a cor– dialidade sportiva é uin,a phras~ sem significa– ção, escripta apenas para armar ao effeito. Em lU15, a quando da celebre segunda divi– são, os . ·nuitches eram · jogados nos çampos, mas o victorioso e1~a sempre aquelle que dispunha de maior numero de votos no seio ela famosa Ligá Paraense· de Foot-Ball. Hoje, que a Fe– deração é, 1•ealmente, mais se1:ia, a apotheose dos jogos é assignnlada com. a campanha do insulto reciproco. Infelizmente para O foot-ball_ ainda não se descobriu um serviço de Prophylaxia Rural. . R. .li.

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