A Semana Julho v4 n 171
0/ (:;J !íl c5audade Ans meus queridas lrmüos Froncv, ,Tu– llcta, Carlos, Hilclobrando, H lt,. ela e; Joüd. O QUE é n snndnde? Quem melhor n podC!rú defi– nir do que nqnelles que sentem 11 snn podorosn lnfl11enci11 com 0 que n fallur-lhe vlbrnnfomcnte no corn<:i\ 0 ? E' pois n Snudude n mensnj!elra fi· dedlgnn do nosso Intimo sentir repre– sentnd1\ pl!in melnneolln.' -E' o scnliment 0 mais consolador, 0 balsamo mais snlutur 11urn ns nossas nlmns combnildns no •!)CSO de cincrln rccor,laçüo. -lll' o sopro divino 11 bnfejnr-1\os o corn<:ilo, quando Jumcntaruos urun nn– Ren,•ln prolongada. -'-'E' 11 mnvlosn cstrophe cujo cnntl– c0 cntoumos embnlndos peln doloridn visilo de um nffccto Jonglnquo ... -E' um11 estrell11 sclntlllnntc no ccn opnllno da nossn cxlstencla, of!us– cnd11 pcln dcslllt1silo. - E' o snrcophug 0 cru que, de110slt11· mo a tcmbrunça f11gueiru dessas \lln• fÕCH ,1c~reltns. _____..B' n }lngrntln. rcminlsccnctn de hont,•m rennst·cudo nus brumas ,10 pre– sente. - 1~' nlruln n SnurlndP, qual hrltxo-. Jt•:in lP <"h nmmn n surgir c1us cluzns ,lo 1111~sad1', mnmlnndo-nos a nlmn, sub O scn domlnlo no desenrolnr-nos ante n nossa t1·latonhn vlstn os qun• llrM vl\'os dP~sc pussado nilo mui dis– tnntP P pl'IO <1ual suspiramos lncrlmo– snmPnte. -,\ o ,1111or ..--otndo a um ente renl– mentLI' hondoso e 1•'1ubu<lo uo ·nosso nf– frl'l·> Jll'la 1t1rxbornl'rl l'nrc11. ijPl(UC·SC 11 ~1111<1,Hfr como s 1111"t' rofrlge.rlo no cfl'snh•nto (Jne nos empolga o ser, sen– do por con--scguintP nt•~lt" t·uso n mutla " fldcJl•simn cx-prrssão dn slncerlthulc. Avnssaln-nos, tortnrn-110• e nlentu• 1105 Hlmult1111PnmN1tc, ~c111lo por Isso 11 111 sentimento mixto dr Prazer e Dor, mn~ CJII'' niio 1lcixft dr 1»sa111l· n sun vi– tlaUe maxirun. -E' u 111ellriaotc flor que nron;inti– sn os nossoH corn~ões cspcslnhados pe– la 'rerh111 lngrntidilo. -E' qonl adejo 11<' n1•e noctll·;tfl'n cm- 1,rrstllltdo nm ntomo de 1·itla {1 1110110- toni,t dn Nnt11rez11 ndormeciclu. - DP snudndc ~ii.o ns ln;{rimas q11c r•XJHlll t n 11r11 (' sinc·crnmeulo brotn 111 110 _, no~~o olhos no rcl'IVl'r ,1 f61k iclude f11;.;i1 h·n. • -Sn11dnde l Doce pnlnvrn que ex– primes n lntensidade de um nffecto ,bem ou mnl retrib11ldo ! El's 11 mnls lenl nlnda que singela offertn de um corncão a oufro commn– gnndo o mesmo ldenl. E's 11 melga 1'07. de J esus n lncllcnr– nps o cnmlnho d11 usplraçilo no Bello. 1Sm1dade l Quem nüo setlr(i o beno!I· cq efrtuvlo d11 tua lnOucncln ·1, se con– solas, nleotns e soerg ues os corações, decnhldos de esperniitas? E 's 11urn e altrulsta, e consequeoto– mente abrigo-to no lmo de meu corn– çilo, ontle terr,s eterna jazida pnrn Jc– nitivo il. mlnb'nlma nbntldn pcln'"melnn– choliu. Nilo te nbnndonnrel jnmnls, anjo tu– telar dos t ristes, poiR com 'n tun n; lrn- • gem tento ' llludlr~me, recordando OS, oorlnhosos osculos mnternncs ao ele– va r " meu pcnsnmcnto nos pnrnmos cclcstlncs e lndeflnh·els. . . no r ever 0 clone convh•io de amiguinhas t ~o dls– tan tes ... cmflm, no avlv11r n mente 11 mngulflcencin dos nurcos castullos construidos 1>eln louçanln cl11 n1!11bn c reclnlldude e clesrnoronndos · no rijo ROJ1ro da chlmcra ! ,:;;cj1rn 11ols bcmdlctn, mil vezes bem– diet11 nn tnn subllmc mlssilo consoln– dorn, lnaufflnudo ll Fé nos corni:ões desnlcntndos. B~mdtcta scjus ! 'Maria A. de Sous a ""-----***--- 1Lenda do rei avaro B AQUELl,E tempo, em toda lm– mensa e afortunada terrn da Asia, desde as altas regiões quasi nuns, onde as neves se n ão dissolvem e. para um lado, até a orla tepida do mar onde ee pescam ns perolas, e para out,ro até os vastos e adnstos desertos de areia aruarella, bispidos do cardos, sem sombra de arvores ou brllhQII d'agua. oude alveja a tenda ligeira do l;edvino e o gypaeto, do alto das rochas seccas ei:pia, as serpente~, só se fal ovo. das riqoezus maravilho– sas do sobernno da Ilbo <!os A rô· mas, essa que, ao findar de uma. tar– de de quente :1evonça. como referi:i, aterrada, a tripolnçiio de um pan· g-~in, com um leve treu:ior, que nem abalvn as torres dos templos nem ossu. tou o gado nos campos, afun– dou lentamente. SLnniu-se nas ag-uas, corno nru ba rco que sossobra no ba· ter num rochedo. Esse príncipe, que governava 11111 grande povo indnhtrioso e tinha, parn defender o seu reino, o mais I aguerrido exercito e a f,ota ,,.,.;s numerosa do Oriente, logo que dei· xou o cadaver do pai no sumptuoso mausoléu de mo.1·more, levantadq entre ns esbeltas ,palmeiras do hos– que sngrado, e assumiu o governo, quiz ex11.minar os thesourua que os reis vinham pacientemente acumu– lando, deade que os primeiras escra· vos cavaram o terreno das minas e os primeiros exer<'itos espalha1•am– so impondo pesados tribnbos aos povos fracos dos poizes proximos. Desceu ao subterraneo e, cuml· nhando por entre aliarrotados co!· rões d'ouro e prata, arcas acognla– dos de pedrarias, armas preciosis· almas, vasos do mais fi no-- lavor, pannos attallcos e telas levi&5imas, esvoaçantes, tecidos nos templos por virgens que só tro.balhavam para. os de.uses, .e moedas de varios cunhos que luziam amoutondns, es· p alhados nas !ages, sorriu da mise– ria, niío comprehendondo cnmo reis tiío fortes, que podiam dominar o mundo, se contenta-ssem com. tií.o pouco. Disseram-lhe que, todos os aunos, com as primeiras flores da prima– vera, chegavam barcos com o trlbu· to em ouro de setenta fertillissimos Estados, que os •impostos dus pro– vincios eram obundontes; dissenun– lhe o numero das minas que pro– duziam, das rezes que se espalh11· vllm nos campos, dos navios que fa• ziam o co mercio do. purµuri. dos tenres wie trubalhavam, das mil fa– bricas em que se fnceta\'am as pe· dras preciosas, polio.·se, rendilhn\·a e floreava o mo.rmore, cozia-se a louça transparente, enformavam-se as amphoras, trançavam-se as co1·· belhas, fundia-se o metal das ar- 1 mas-o príncipe sorria sempre, des · denhoso, achando tudo mesquinho. · Subindo á snla do~ iespachos logo decidiu augmeutllr os ill' postos e os tributos para o dobro dn quo pago.varo, exigir dos cap~tazes da mineração maior quant1dude de ouro, prohibir aos pastori,e a mntan· ça de uma só rez-gue se contou– tassem com o bolo~ farinha e mel e com as hervas ton ras que na~c·oll-)– nns •t erras lt uroidas dar muis porte aos ,barcos e exigir elas mulhere~ do povo todas as joias que trn.mim– Mo.ndou equipar e apetrechu ua· vios e soltou•os nos mures pMa ª rRplnu..
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