A Semana Julho v4 n 170

Ainda, em nossos dias, o nome de grammatico na ver– dadeira ,accepção do termo, não quer dizer tão sómente professor, que ensina tal ma· teria, como ainda quer dizer um espírito versado nos estu– dos litterarios, os quaes abran– gem vadados con'hed.mentos. A mes~a palaVl'a lettra dá origem .à esta .outra" de singe– la -~ bella feição, -qúe é a ti.ttàn– tiira. E nos cingindo às fon– tes gregàs e latinas, cos~ma– mos chamar de .Lettras pa– tri.a,s, ao · conjnncto de todas as obras li~terarias, qu~ se hão publicado em nosso querido idi0ma. Já vê o leitor, que por este · simples olhar sobre a Grammatica e as Lettras, já po_d~mos descortinar o precio– sif· válor, qúe ellas encerram em s ua natureza e em todo o S~!I . complexo est_udo. () estudo .da lingua portu– gue1,1, como o. de todas as classicas, existentes ·e faladas no m'undo e nas nações, têri1 evoluido não tanto · quanto á Phonetica, quanto em r elação á syntaxe. A sciencia philolo- ~..,1;,,~..z_..~~- ;.,. . Yolanda , interessante filha do corr,mandante .. F.la vio Moreira . e que fâ :,; anrios hoje_ . . ~T.?.6--Y~"'X~·~ g'ica, assi~ como ··a glottolo– gia se têm ·coberto de louros no estudo.. ·aprofunda.elo. da lin– guagéni:e çla mesma Gi·ammati– ca, que vem a ser a guarda a- rnnçada da me~ma lingu_;g~m~ ensinando-~, polindo-a~.e co·n.– servando com carinho a. suà autonomia ·e vernaculidade. D'a'hi essa largueza de-con– sideray9es sobr~, a Gra:mmati– ca, todas mirando elevar O seu .esttido e ensin~o .a i.m1a _.~sphe.- ra superior ~)i.!-?~r.tando:a do~ lirnttes estreitos da escola ele– mentar. ... ·, Do seculo passado para cá surgiram em Portugal, e espe- · · cialmente no Brasil; illustres ·homens de lrettras,; ·qll'e ,toma:– ram a peito levar por diante aquella .imwação. -E•· . assim que o ensino e as preleções sô- ... bre a Gnáínmatita tomar;am· a' _ feição de um aposlolado, que muito honra a nossa · ·pátri~ assim c0mo a -patria dos Luzi- adas. E' assim ainda; ·que a- 'profundando este estudo, tive'– . ram de reconhecer, ·que 'ha nef– le · não sómente ·o objecto de uma arte, senão ainda o"obje- - -'---'--"·~----------··--·----- ~JOC ~ .. .... ~ ..---·- ·.. .__ ------.~--~--- --- ,M) @'·@&._ --- --- . CJt(_ a!dizenfes e /, .. """") ~occas: de_gente má, qiJ,_e/l_nruri.aes, .. Qúe· infamias só. ·di'!éis ! .Boccas de fér(!,~ Que o ninne alheio, infrenes, trituraes, Çomo fervente lama de cratéra / ·'Bocca.'t da noi te~·boccas de panthéra., . Cujos dentes sâu pontas de punhae~ ! Boc_cas de aby.•mw, línguas de megéra~ Feri-nas como chammas infernaes ! ;}([alditas sêde v?s, cuja peçonha _ . Mancha a ., Virtude e cobre-a de vergonha, Jlf acu,lando a Familia e a Sociedade/ :Jv[alrHtas, sim, oh! fétidas ·viéllas, · -· Boccas que babam san_q'l!,e de ·mazellas, Sujas bc:ccas-de-lobo da ':Al_aldade ! . Pereira de Castro. · -t

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