A Semana Julho v4 n 170
- - ·- -·- --·· ·· -·---·-- - --··· - ··-· -Entrar na jaula? Quem? Eu? Sou lá doido ! -Como então, clamou a do• madora? Não veiu reproduzir a- scena do pastel? -Vim, sim, senhora! Yim repetir a scena do pastel, mas vim fazer o papel do leão e uito o papel da domadora.. -Hein? -Sim, vossa excellencia po• nlta o d{,ce ent re os seus la· bios rubros, e verá se, reno– Yar.do a proez1 da fera, me falta a coragem de lhe arran• car ela bocca, com os meus dc:ites, o pastel. O Pº'"º coID'eçou a compre• bender e a murmurar. Gerun– cio tomou um tom oratorio e explicou á multidão: -Estou promto a fazer o que fez um bicho valoroso, mas nunca me sujeitarei ao papel de uma fraca senhora. Ha mais merito iem imitar o leão do que a mulher. O mallogrado orador não ponde continuar. Os especta· dores não comprellenderam a fineza do raciocuuo. Gri– t os, assobios, fiaus, pateadas, Yaias, cahiram sobre o _bieróe gorado qúc (Se viu, outrosim, sepultado sob uma avalanche de bengalas, gua rda-chuvas, leques, bancos, e outros proje– cteiR improvisados. Quem ria, num canto, era o dirertor do Circo, jubiloso por ter ganho a aposta. â SJ!l?dANA ' 'lhos, pnra se nelle transfundirem, lntegrallsn1do-J.lre tod•JS as su:is bc.'ll<.>Zas, tcdos os SCIUS amavios, t oda a sua poeshl, todos os se-us enc::ntoe... E o Brasil, assim, !í '1ltelli,genc:a de sua -eth1ol, sem propagandas comme.rclaes d ~ ele– vado custo monet· rio, se 1'.1 lçn, se ele!Va sobremaneira no computo das grandes nações clvilisJd.'\s, sointlllando, brllbnndo, ao fogo sa– gr.· do do genlo e !í rutlhmcla da estrella b emfnzeja que, dizem, nos nonteln o dc.'stino -privlleglaao... Rcl·embrados são de oeont:mio, vtvldos ,permanecem -sem,pre em nosoo mente, esses feitos de sur– pl'eS:!, que assombram, estatelam C rlos Gomes, Santos Dumont, Oswal<lo Cruz, Ruy Barbosa .•• num n,piee nos dC;Spertam do re– tcntiva, mal nos referimos n vul· tos da nossa n.aoeiom1l:dade, que no extrangeiro engrr.ndecrram e engr:mde-cem ninda a reputaç,~o, o renome do Brasil. Não vêm, com· tJudo, â feição, repetimos, os seus deslum:br.antcs surtos, ngor.a. Tra,tar queremos, tíio s6, 4)(lra que a imprensa do Para uilo dei· xe de o -registar, do 11ppaTooime.n· to, em Paris, mnio ultimo, de uma pianista brasileira ~nial, que, in· terprotando a lguns trechos classi· cos, de mois {111'\ficll e:s:ecução, te– ve a. adora'l·a, a><>T via de sua 1pou· A nossa graciosa e intelligente ·collaboradora·sen h ori– nha R enét: Novaes, em companhi,, d e uma amig u inha. a bor d o do p aquet~ que a conduziu a· capita l d a R epu• bhca, onde s e encontra. A cidade pequena, envergo– nhada perante muitos fo,ras· teiros 1 expulsou o poeta, que foi versificar debaixo de ou– tros climas. o Unl•verso, <fazendo se. volv-am a nós, ,perqull"idc1-e.s, l'.l'l"idos de no– vas emoções, os es plritos mais lri.· dimos, mnlo; cultcs ao mundo 1n· ttellectual e. al.'Us tl'Co. c1 ,ecl.ade, - onze onnos np<'.nas !– os mais eminentes crlbicos da arte de Eu,thel.'pe, em Frani;n ! A.'dmlradoo, s u,bjug,l <los ao rn· leio ,e !í i: rrebabç1o que o genlo de si d<'.':1l)rende, esses criticos,<tnes como Rnymond OlrnrJJentier, Pi-er– re Lero IP-a'lll Fiem, Sohne:der e outro-s m•1:s, C\'.Il chronicas Inseri· das Óf'Ill j ornaes -e re,,1sti:.s, -confir– maram, ·euthusiastJica e ull'mime-– meute, .ser a pcqu_enln:t brasileira, M•1 rln Antonla de Oast-ro, uma vierdu<lcira icelebrid .d e, como pia· nl~-.tn, icomo virtuose. Padre Dubois- --* * *-– ~~l~~l~~~~N~a ~ AS SURPREZAS 00 BRASIL 1 ;r,~S~~~~ Dt:\IDH.AVEL esta nossa >ter- A 1,.1, 0 Brasil, deixem ·lõ. fala r! Quando se menos r:Sr,Jer:i, dlr· 1 O j a rdim m11ravilhoso · da se- a que tur ,n.,a se oeond'ensa em DC139l UI'! ~-~ flor desJumbran Ue d~ talento ~u . . ef(Juvios de eclcs 10 gen10, CUJOS O irens ti· mysterlosa el<\;elD um e. Ne9~es ultlmos clncoenta e nnos. IPOr exerotplo, que 'C()llórem <.': iiut l· 1nm •lhlcla ns n~nn<X's e cs vo~s do teml)O, qum1tos estos de :nt<>.I· llgencia. qua·ntoe esp'lendõres <1-e t : lento, <\'.nanados isurprc~1endente· mieute do Brasil, ni.ío J,rntejou'la– r.am as ,pa~inns da ,sublium hlsto· r.i 1 da sclenc1>1, das nrtes e da e,s– thetlca ! Nilo ·detalhemos esses ~ itos, quo ni'io ê de, mO'lde fazel·o nqul, nesta 1thnplee ~ d~a'llos;i• cllroniqueta. Mar:a Antonla, - relemibram•se os leitores, .a,gor:i ,. dessa mimosa crean<:a, que por aqui ::ndou, ha 1
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