A Semana Julho v4 n 170

'O olilo Ol:IOI A 8 :.-IMAN .A. . .o porque ia dlnXaT a m!Dha mãe; mas como ,tl;uha cariosida<IP- de vêr cvlSll s nqvu-s. droxe:-we' lr rodando t>ntre os dedos f inos e assetln ados d n .gentil llllDCinha. " E U.as ,levaram-<me 1par.1 a cas:1 e a senhora ne.m deu-me item'po ,para •vêl-a •bem. •Sei que havia g ran_de ru· m íir. ,F..ntrou commlgo nwn q ua rto i'uxuo.10. brilhante. 'COm ll<lrul. ,grande c,ima, de vwporosas cortin as, e cá o meu lnstillcto IS<'gredourme que era uma alcova nupci.;1. Fui ,posta nn toilett~, n-um nu10 ondl\ encon– tre: outras f lõr es ar,gen te s. F i· qud u lli multo t,emipo. nn~1uolle a atbir.u t 0 ,tépido, pe-rfmn1iso e. ndor · rueci. "·A-coroei .com sons de vw.es e p.~SS0.'1 no que r,i;o. J l\ e r I n oite: e vi um espectactrlo complcl,1ruenre uo– vo : A rbelw mocill!ha que roe le v,;lrn elo Ja1'<iim · V'ifilh:t toda <lc b1~auoo, tod1t r isonha, toda cheia de gmç;i p serlu~o ,pelo hn1ço d e um j ove11 r ,pa z, tambem r iso11ho e f el iz. "1Era•m os r ~ em"C!lsados. &?ut a· r:,m-se em um d v au e elle, eu.la · c1uu10-~1. unir.um os lablos num dnl· çuroso b<?ljo. •• Os a njos que om·iam, cor,1 mm e ,1 alma do lyri-o b nixou o;; olhoi,. Depois 'Pl'OS~1!\liU: ":Ell,1· levantou -se, fo •,lJou n J)<-T· ts e .tfr,mdo o véo e :1 grinahlu d e tlór~ ele hlru11jei ri1, dd'r..,nte do ('>-..~lho, de-u cow 11 ,·lst,1 em mim; 'J)C'gOU no va so. f.gpi1:ou o no$5;0 pe,r· t'nme ('_disse pnrn elle: " VC'll ie,-:1r 'l'3 ra t óra ei:>h1s flºres, p ,r.1u<\ n~ t z mui dor mir com e::--te 11ct vo a romu. " E o ,v,1:,,-0 fol pn ru cl :n:1 d.a tne,lú <l·: v:1ran<li1, e lá :pnssel nma noite lnsipida. "-Pda manhii. a mo<:.a chegcn-ce - a min;i. tirou-me do v:iso, enl <:r-u· me o pencluculo com umu ,flta~ln·I.Y.1 hranca e en tNigot1-me u um 1 1){r quenu, d lzr-ndo : "Leva este Jyr l-o i>flrll a Superior ~, corno ,lf'.mbrn,nç,1 do IIK'U cnoo•mento. " "E eu vim pnr a aqu:, lp{>rtum r o altaT d o Senhor. " • A o lma do ly rlo ,caJou ..,;:e e II d a rof!fl dls!!<':: "Comecol a viver num j aroimzl· mo. junto â m inha mJe e me11s ma ninhos. "'Er -mcs ,tratados por u:m rusti– co portuguez. que nos C'lllti<vnvn, pa ra;J depois vende-.r-u os por q ual· quer nickt\l. .. Jf)u ern ,J·inclismm11, como d zin mln-li,1 miie. <ftlé se orgu lhava de tt'r-,me poT !fl.lha- " .At'I ou tr11s r06'0i r11~ senti.aro ln· voj! du~ mhrb ns cõros v1vas e ,do litll'tume que ex•l11 la va d as mluh:is d t•licad-as peta.los . . ,. "No d ia immed1111o che-.;ou-se a l j nrd:.neiro, que com um·1 m m i° 1 tei:oura, lrtn11' ie<l~nmcu-te, gr~~1 ~me ;le n1l nlu1 xu'!e. flt:; M it'u1 •>:'!Jl!l r t d<> um e>norm,e bcmrruet, fazer pnr e " . . m dono '\~ndeu 11 umn MI , que o me Unba as fl.iCY.:S t'lll mlnhu parlg1 qu e ' l ·itl6 uma •c:1',1 da côr. Fui Ç(i.lU e, ,. i. ~.ute rica, onde me co'llocou em c i· m n de uma 1.Jandefo , numa ealetn. " 1 IDu esta vn II ncl osa •por sa·be.r n que me desHnavum, quando aJ>riu– se a iport-a e um11 sen'llor11 ipegou· nos, desatou o fio que prend'.,1 l'. Jevou-nos até um saliio or namen· Jnd o, ,poli<lo, com cortlur.s, cande· ia•hros. e de lxou"llos no vaso de nm centro de d ôces, no meio du mesa currega-dn de p orcekrnns, p1~1it,wlas e crystncs, ipromptu pa r.:i um• chií. Hnvl I tlõces II víl!Jer. ..T'llnto a ·mim. est.a,va um graµde pão de. Lot cooorto de amenll.on- s e assuc,1r. de onde ~mJll·I um ng r udnv'l!'l -ehc-iro d<•, ul':lntel~a: .fios d'ovos, m:it>S-bc-n– tus. l(JUeljnôlll'h.nS. emofhn. n~ ruun· do dC\ doces me rodearn. " A' t11rde , o riT1m o s:il;(o.• • Conv &dos f oram chegando. " Depois ouvi éhõrti d<, c re-im ,:n veNle c en.trau 110 IS!l h1o ni:an c .ho– cla tle 1111·,,.i1t a i e ,touc11 brnncn. ten– <lo uos ~>r <:OS um mimO!'O b!\hé : f l'll um bJ1pMsado; tinham chegado d 11 e:greju. • "Houve umn cmú'usi!o de 1> ssos. rl:.;"~ e f :1lns qice fc.i augmouromlo, e. i11v.1d!u o 1>nlão um grupo d e s e· u h r .1s, !l<'n hori111l s e c,1\~übeiro!I. Á,j1J)l"OX[llli! r,1m-se <la m~li (' ti <lo· 11 1 da e ,sa f ci ser1•il11lo o chí1 que -toJos toma 1·1Hn 11J.11~a;::,111do dvces. uns cc,111 v.:n1tnde e des'('mhn r,,<:o, outros com r:q uiute e f,1<.'<! rfoe. " li'.'fo f i 111: u11111 •wJ1 br:r:1 C<>m~rn a d !,,-,tril>uir 11<! flores. I?ul o f! er tad:1 11 umn !!<'.nhorinhn lbt>m VO!'>tlda, gC'util, ele l11b ir,s pl11tt1<l1,s, que me. u-ch ou llnd , C' cr,1locm1-me .no p,e l:o. s (')('u n, 1 1pe,r nm i~r (,<>he c ustoso. lili· - Dhll IIOV1 UOlhl trouxe-m(\ pum S1111 e •&, 1 e dei xem-me <le m.ll/J ,,o_ No diR ;,'Og 11f,11to enrugou a m!llh;, hasbe, . l ~\' OU·mo pela run 111:é 8 1,~l'UI d e~e COli'\'(.'llto. "Uma •fr. lr,1 mngr:1 11f>ri'll II por · tn e E'lln e nt rou. · "1R<-gniu por um corredor f\ e11- con-trou-se com outrn <f1·eir11, ele ohhos gr Jndcs. e ô isse : " Est,1 r om é ipoTa , 1 cupella. me;a'.ra,. " A irtrui u~ r.. dm:e-J e refll)011de11·ll1e : "E!:pe· r n-m'e '1:1. aor<.'. o pia no, emquanto e u vou pôr a rosa uo e,rntun rio." "•1%s como vim pnra r aqui. " •E a 11 lmo. da violeta <fnlou: " A minha histor ia é c urta e ·bem tr·ste ! ''Nasci nttm caixão que :tõr:1 de b •mtus. oob as rnr<l'es• !folhas de m lubn miie em ,gi1•~0 d e cnsa mo– d·l\1t11. Quem me r egava era umn lintl r1 -mcn iun ae t r<'.Ze -annos, ele cahellos ·Io-uro,: e muito melga, que c nn u suo milosin ha brimca botnw1 iterr.1 no caixífo a,;: ro nos lfÓrtnlecer. m n'A':'im criei-me hum:ild'e. "Um dia ft•2 nm sol ulhrnz1dor e ~1 e minhas ~rmils f'ic •môs a;,phi· :l:i:1dus. com sêde e lliHla <le vir a nossa dona pôr um pou co dugna na rni,; t1e m int1n mii'e. "•Porque nlio rvlrla olla mO'lhnr· n ,,. hn ti:PS d i::s? Estaria <llX'Jll:e? Nl>fto. ch~gotl-ffe a nós UWJl Cl'ellda OCIO com os oTh<>'> verm'elhos de chorar e abrindo a .toJ.hagrun foi-nos nr- ranc!Wdo uma n uma. .,, "(IDu penS(>l logo {)ue a min•ba do– na ,estlvei3Se mal,. . . ruas, 1lJi de m:m, ·e-lia morrera ! "A c rt-. da ,levou-nos pnra casa e dt-lxou".llos em cima ae um.a mesa. d e onde eu •ç-i um q uadro ct·e iiorror : Umn cam11m 111'Cle11te ! " .As j1111<1llas da ~,ila tJ[llham cor– t~nas negru,s com rtri.zcs doirados e ·no centro, em ci Dl11 d:i -~. esta,·a, um cnlxiío br n-uco onde dormia mi· uha dona; na 'l):1rede se eir,gnla um ntt,1,r. em quatro tochelros de pra•ta :ardin,Ín cii·los 'e.l.'!ha.k1J1do um obeiro d,c,sa grnduvel ; o chilo, -todo a·tnrpe· tudo, amortecbt os ~ ~<'3SOS dos qu e <Jheg11•\·11m e Iam -tomar assento em r ctlor cl;i sala. "Eu OUV-41 o cbõro 'COll\"UISO da mií'e <\ a s voares de oousolo dua nmigus. "Aos ipoucos a s,1ls 0 ncheu-,se e a cre 11da ve-iu a rruma r as tlõl"l'S na •oondeja. " T omc,u algnm,1s . d:is mJn hne cmnpnnheiras. juntaÔ-M o t ol ipOl-ae 1111 miío du mor t1n. 'l'l-ve um lmmen– so desej o de lr tombem v(lr de per– t,1 ~1~1ue llf\ 1·osto a c1ora l'el mas f i· que! e;:quecid:1 n11 ,bacia dn,gua ! "Com os ouh'QS amigos d.t ca.'!a clreg11r11,m dune :f.rdr,is daqui. "•De puf~ on \'i. choro e gritos e, nf(n-al sn blu o en terr o ! " 1 Só n lo olrorei ,por ni\o pod~r ! "·As frt>ir,v,;, ~ o s11,hirem, toram mui'S 11ma wz cnnl:lvrar a dêsolad a m1e e ,. o ,pa--,sarem pflln bacb onde eu e lll uhas lrmiis •bc4avamos,uma tia d e rnln~u1 11.onn tlmu."IJos cl.igun e d·ep-1ros 11s t l'<.'lr,u,.i dizen do : " Es· L1s viol<1tae f orn-m cul1h~1dns pe1a \'1,:,)>J11 p9bre cli-.clpult1. Põnha·ns no \.lt:l r. •, "E eu v im ,fazer-vos compa– uhin. " Ouviu-se .umn badn ladu sonora llllllllllCinudo u Ave-ruu rla. . . . . Os unj os Ien tammtc ;voltaram Q 111.1.1 •immo'lliLdull.·e. A portu abriu"13e· e a'ppareceram as 1 f1'{'i.J,•as em ro1m1rl11, silenclosmi, '1.>llrecrnclo Yisõe& ~ue vinh am .rezaT o Augc-l!lls ! . Ourr11 lrjdnla retumbem no mys, tico s ilencio d a crupella. ,Se bre o cry,:,'"t~I da j.i r~ 0 qn~ n; cou,(ju,ha, us flores u oh rarnm o ca· llce e s u:.a alm.1s voaram p n,ra D..~11!< ! Com o t>erminu r <lo dia .teuooeram 11a lfl·or.n.h1 s, já cnnsa<h;s de vl– \·,er ... :11im, ellns tambem tum alnrn , C'UJ~ puaor. 11s -vezes, ra lndu é ma is d el1catlo na immooilldt.de da lou· r:1111ia dns s uas 'P(\m lus: De1-emo,;; rcSIDeitu l-a1>, eomo oe m11iH deHc 1d r.1:1 symbolos 'dn rpro· tprla d iv-inda<le !

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0