A Semana Julho v4 n 170
.. • 1. -f!;j· ··cONTql _:·ü ' •:-:, 1;,_ ., . - .:·• . . . . .. T 0.0.A.S a■ ·WilD'hll» fio' MWpcr d'lllva,- o velho ,lavradõr llllhla' a pcrc<>rre~ 0 p-ownr examllurndo1 uma a uma, .. anorea WlirllvllhOIIA-fl. Detorava-lhe OH ralllOH scccos árran_c~va-Jbeil- dÕa • ,:alhos' .-aJi hcrv111 parazltas e . a -v•rmhu. hostil que lhe» »Ulfll'\'U a sel_v11, nbh1queclo. ,. terr1t' 11111 Nlt& do• t'roncoa para que ~• r..lzes ~nhas,cm ror~a. ao ao! cauallsava a a-iru" em nsoquhu 'e ÍIY arvore3 mL'<lravurn llndlll, trondosaa, cum --c!m vl&'or vi~-oilO de .11nude, garantln• do 110 Javr11d•>r, ni\ 0 só II fortuna, l'\>mo . o rci:;1!0 de largas aombra■ no9 dlu abs!adoil de varào. ·· o cjué 'hnvta de ertraorl!lnurlo · os& bellaa ar_voru ~ que ellat não tructlfl~avam C<>I\I.~ ô.i, olltrás---Os tileus 11omo» cr~ de ouro f!no e, no tcmp9 da éolhclta-, · o lnvudor enchln com alie• grande■ cofre,. Na ~ra da tlor<l3ceucta redobrav:im-sc . . 01 cuidado, do velho. -JJra, ~ntllo, vel-o • IIR dur,r. t11ln11 a carpir, a · mo,lJ<l~r. a · varrer O ramalho e as nraau, a limpar oa r\!gos, a tlncar ,upsntalhou para atui:ento.r ·o 1)2fl!l11rcd";, e _os fructo,s n·as– rlaw, a principio fiivcrdeadoH, como cobertos··a,c lima croata de azlubavN', mas 1tmadureccudo ,tuzlam, d'ouro puro, en- tre a veNle tolhai:em. , o velho, eutio, sabia li colheita, a cuutar. Terminado o ■en-loo, Jon.re de ,e deixar tkmr em lnercl1t J)regulcosa, vol• taVII l 'IÍcçllJ rotJnatl'Cendo a~ an;ores com o -a<lubo,' cisml– Jl&ndo-u d.a ruia 6 troudo pnra · QIIC nellaH n:1 0 flc1u8'e 11111- waleJo nocivo, nem alutrasse um mui que comecava-as brócu enm combatldu com ~•.,e~la, ás tormlg:is que mi• na,·am e afofavam 11 terra, eram'. nnulqulladas. · . f;c um temoe•tade pusava com l{ro.nlao e_ ventos, o ve– lho 16 M! mettla oo pomitr dlae e dias,_ lncancavelmente, e nio »6 tratuva u arvores como aJJ)dn lbev dlrltla palavru carlnboeaa como ·se _ellae podeasem· ouvil-o. . . Quem anbe ·1 Talttll O 0 uv1Htllll JlOr que . pucch1?1 sentir, ulegrnr-•e qu11n– de elle Jbe■ at11g11va mimosamente o• troncos escalavrn~oe 011 qual.lido, de vag,r,. •do~emonte, tirava uni rnmo secco e e;t,ulcavã a aeln ql~C ficava a gotti J?r como se snnguc fulile. • , Certo J>llr~te, ouvindo talar da riqueza do solltarlo, pro- curou-o c~w ambltlo. Comprcheildeu o velho qu! o homem "6 0 Ylaltava pari! conhecer o , aei,redo da aua tortuna, que , mut'lplknvu com 01 outo)los. Na ·utosnla tnrde, posto que ,: a noite bat,xaue, l\lz o p11reute ver 11;i arvore• ui:iruvl- lbo•••· -E' tarde para li&hlrmo■, dle11e o velho ;__ sopra um vento arehido e, 11e eu pen110 ua tortuu11 nll.o me ,délicnldo (\Íl saude. .AI lla■ probre•lohu ae: eu aduedir; b!' t1111t11a molcstlu pilr& as planta• como às ba 1111ra oa homens, e quem as ·1tUl&H tu vlçous ba de as -tru-zer eclll))rc vlgl11dae e bem trat.adu. Jro111<,1 amaubi cedo. Vamos ago!a 11 ~~I• que .nos t-SJ)era. . t Ili r };xru&ado f dizer que O ho,mem não cooeegu u cOnc 11 0 11<>nrn., e quando o velho, ao lu&eo tusco, c11mlnh11v11 para 9 qu:1rto do bo111>ede·, Jll o ! uco111rou de 1~. <lcbruç1tdo A J•uclla. • -Bb ! sempre toti,c1 m11le madrupdo,r do que eu, homem . ·, A , aliise q velho a rir, comprehentleudo que o 11a rund ruga..a, • , .., á · noite alerta. Vamos ontiio ver 1111 arvores. p11rente pabuta E ~~::· a Cortuoa que tendes, parente, JA padlel,;j ler ■e- I l ,, nhi,r de toda» es&ns terrns de rio a monto, disse o ambicioso 11dJulr11ndo a culturu. -Sim, tornou o· vetho, mas par11 que me serverla tanu1nho csllrl!o ae ..P nilo pos•o cultivar? Mal• vale uma horta me– drando em toruo da cusa do que cinco lei:uas do chavaa– c:il. -Dous do céo ! ex'Clnmou o ambicioso vendo as nrvoree cureirndas de tructoe d'ouro, nilo bn rei ua terrn quó pos– sua thesouro rorupnravcl ao \'0850. A mim tnlararu das VOS· Ans ur,•oros, mas eu nunca dei credlt.o ao que me dlsso– rttm. . . Pnrn dizer que tentles pacto com o diabo ... - Silo, 1u1re11to amlb"' • tudo que yedoa devo 11 Deus e o.o meu trnbnlbo. Se alj;'nem voa talou em BOrtlleglo é pessoa que mu nilo conhece, que nunca visitou a minha casa onde tudo é purez11 e honro.dez. O outro, que admirava, oxclamou 11rdendo em ganancia : , ;-Ah! se ,i 1urrente me désae umas mudas destas arvoro■. Nunca: mais os meus pequeno, sortrerlam fome trio. -Ni\o, uma, 1>nre11te; lcvno quantn. qnlzerdoa e tlcnrel conteute s11bond 0 que as arvores Y08 tlrnram jla mlierla. O homem agradeceu e logo, com ar,odamento, poz-se a tirar as ' mudas. Tantas ajuntou que toram uecessarlu trea 11rnndos cnrt~a para levai-as. O volh 0 para aJudnl·o, poz-se tnmben1 n cortar os galhos, mas com• 1111 vni:ar e cuidado que, cmqu11utb o outro, ·a rigor e deutlnadoe golpes, tirou du,:eutos galhos, ellc nllo conseguiu rêuulr mnls que des. lll, 4 t11rd~, Ui 0 se despediu " homem com a lmmcuaa e preciosa curga. O velho tlcou p•nsntlYo, murmurando : • Para qu tantas ao elle nllo põde cuidar de toda9 . .• " Meze1 depota, certa mnnhil, nppareceu-lhe o homem deso– l11do: -Purente, de hrntae mudaa que daqui levei sõ dez bro– taram, na outras Ili. estilo esturricadas e mortaa. -,-Medraram °" que cu cortei, disse o velho, porque proce– di com m11l11 ntteucilo do que võa, vendo o galho que mnla ~onvlnhn e cortando-o como devia. lile o tratae as dea ar- vores e ella vos darão a fortuna. • ' Voltou o. homem u seu horto. Passaram prlmnverae e ou• tonoR e, uma tarde, ell-o, do novo, nns terrl\8 do volho: -I'areute, · ne anorcs nllo produzem, Parece que o ~n– canto estd oa terr11 do voaao pomar. - Talvesz dlaac o avisado lavrador. E', posslYel que assim seja, mu eu vou co)mvosco para ver as vosau arvcres. l:ll fornm. Logo que o velho entrou no pomn# do parente sorriu -de triateu, YCndo n bervn alta e torto e pelos ramos n9 pa, rn,zllna e os lneectoa devastadores: -Ah I paTonte amigo, como querele que u nrvoree tru– clltlquem se assim aa nbaudoones? Todas as nrvorea dilo tructos de ouro, mas t! preciso que O eulth·ador IIR trnte. Como quereis forhma ee -tudo deixas li lei da Nntureu 7 A Providencia fez multo, mas é uecessnrlo 11ue o homem lhe desbrave O caminho. Contavela com o mllagre... Ah! 11uen– te, mllllgres 80 moa 1108 que 09 ru~mos e não ha santo mais mllagro 90 do que O bomJllll que trabalha. Ved&--as voa– sae arvores al\o tllhaa doa rulnbaa, entanto o meu pomur N!Yica e O vosoo, ql!e é mala nt vo, nssnnha-se ~m espl- 11h11e11. A Clllpa ti dlll arvore•? nAo, a culpa é vona que •
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