A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4 n.149, fevereiro

Nos dom1ll10s de 1Jfomo CARTAS MINHA, O~: ~TII, " 1'1ELJN– DROSA" .- Ü ca.rna.val vae findai: .. . Mais,tres di as de entrudo, mais quatro noites de ·aleg ria, a Jou– cura terá fim e o eu coração serã um docf' canteiro de saud11sdes.... Agora que o car·naval vae entrar no período mais intenso de sua e– phemera.vida, agora que ll feb1·p do- d.-liri o empolga _todas as almas, eu com a melan c holia qne . nccede aos grandes rontentamentos: lembro m·e do ultimo · 'bail e em que da nçamos, minh a querid" fP iti cP irn . e sinto-me como nos admi ran-i. 0 tercettns dn Hilec, «todo pelo n.ron,a º" Ren l,1-ijn P. · candalosamente perfumado.» Nesta hora , porém, quantos como PU sentirão uma doce e dolnrorn saudade dessa noite q ue passou? '?i Se,b o dominó brant:o, que~• 1 mal lhe desenhava as formas ~ captivantes, vossê. como um luminoso astro a rrastava a mui- - t id ão de satellites, qne tantos eram os que se Fentiam escra- vos da sua._ volub1lídade de mulher. E ao l1wantar da mas– coro, minb~ graciosa loureira. o ropti\·ej ro rle mnitos an g– mento u, porque a ua belle:za de Venu s fascina e arrebata. Onde lhe enco ntrarei, hoje, formosa? no Pa16- ('lub? na Tuna? no Clu b do íl emo 1 no Grernio? Quem sabe ? Vossê, minhl' deidade, é como as bnrbolflta s; e as borboletas não tem pouso certo, pois qu e nos jardinR , ndc houver fl ores ahi ellas ei,tariio.- DoMJNÓ N1;:ono- OOmingO gordo. Belem, amanh a, palpitará sob o ,lominio de Momo, o deus da Far– ça e da Pilheria, que aos ~eu vassall os permittirú a liberdade. de ~e engolfarem naR mais loucas a– l<1gri as. Todos o~ bair1·0 da ca pita l g uaj arina apresenta rão o aspecto festivo dos. grandés di as. especi, a!mente as praÇca . ria, R epublica e ,le Baptista Campos. onde se tra• varão as mais renhidas pug nas de lan ça- r e1·fume . ·onfetti e ·ser– pf'ntin a.s. Palace-Theatrn l>e ·idid a;l1ente, ronbe· 1\/i Pa la~ ce--Thea tre com o seu grand e bul– masqué de sabhncl? ultimo, a dit a -s;,;31,,...cv.~ de iniciai· o ,•arna va 1 das ~al as. 5"1!.t.. e n Belem, este a nno, reuni ndo no sen amp l0 e magn ifico salão de ha il e, o rnn ior de quant , exi teni ne;:ta capitul, o que Belem po" ne -- rle dist in·cto no nossó f'sco I i,n - ci~ : ~ Tanto as fr izo s como os ca– marotes apresentavam b izar– ro as pectó, vendo-se a]J i dis · tinctas fam ili as do sei bele– mense e varios representantes rio nosso mundo officiaf. · Garrida era. a decoração qne apresentava todo o the·atro, especialmente o sa lão 'de6tina– do ás danças, no centro do qual , ao a lto . Rede. tacava um monumental abal-jo í1r., rode- . 11do de rnt.ros menores e fei– tr s no mesmo est y lo, todo ,·lles representando nm cunho de tuaximo b0m gosto . Ao fu11do, no polco, achava-se install ado o bar l' tn meió df' um ma g nifico scenario que representava a g- , nt_a de ~iby ll a, trabalho orig-inal ri a scenogrophia i ,rli ana que. com effeitos de luz. t inlrn um llSpecto verdodeirnmf'nte infernal. Cerca de 10 l /2 teYe inicio o g rande ba ile que , em meio das mai.ore& alegrias, se pro– longou ' rité ás 3 horas da ma– nhã. Pouco· depri s ua meia- noite o~ ;.r~: Antonio eab1·11 rlr> .\ 1~ 111Pida M111tiu s e Art.11xe rxes l'eixt:! ira d!' Lemo", so ·ios d n íil'l11u l'eixpi ra Martin ,; J: C.• l"'" Pri, la ria do Pala,('. reuni -• ra111 '" 1P111p;;en1a11 lcs <l a im– pr••"~" n,i snl ão de r •feições ri,, (~rH11J.e H<Jtel, iuze udo- lhe~ s<'rv ir· fri m·. doce,. ~ela<l o e chumprryne. Toma,,1111, assent0 à. lll e,;a., os srs. Eu stuchio J e Aze ,·edo. <la. • Fo lha do No,te»; d r~. Deo– doro de ~lf'nd Q.11Ç:,L e U<' noro . Poute Souza, du " l~bLu<lo do .Pará ;>; ~r. Mnrt111bo Pinto, da «Proviuc ia do P a r:l n: _dr. J?eJar~ .dA Mendonça. d ' ,o Imparcial ll; Rnf'liii Moreir~. <I A ~EMA ' A e n ;; p roprietarios do o-raucl e es · tabelec,me nto . 0 Apóti <'ordial e ag rudavel pale-k:l. ·,, Jr : lle · 11 r \ ,1., Mendonça . 1111.e rpreta ndo os se n- J ~imeutos do., rl' prP_enta ,tes J os JOrnaes, ali ~ pr • P11 tes. ,lisse hfl• be1: ~ela pro~ pe rirl 11 de dos sr". 'fe1xe1rn, Mart in , ~ C.•. qu e r!"– presentam um !.!•·•• nr! e coefi ciente pa ra o progredir nf' nt" il e Helem. Ag rdd e ·endo, em nome da, t' mpreza., de que é •H, iPt ,rio fa lou, então, o sr.- .\ita xAJ"xe; Le_mo ·, q ue teve paluvrns li ,-0 11- ~f'I~ para, a imp rem,R . ,•nn~id e– ia n o-a nn, a p recioso a l1tvancn p~r~ qne fl ore çam 11,; htiRs ini- 1·1 at1 vas . fncomputavel fo i n numero de fam ili as que cnmra recPu i, hella fest1t do P11 l,w~ -1'hP:1tn•. 'l ne tão rl 0cPs rel"nrrl ,,ç,, •~ lt-1 x 11

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