A Semana: Revista Ilustrada - 1921, Maio. v4 n.164

«cb ele<J. ue» compassado de ~e ns ch i• . n é llos de lã, canta nd o ba ixinho, numa record ação de sa udade . . . E os som; d ista ntes ele sna canti• o-a cheo-aram-me aos ouvidos como ;m mu~·murio de beijos pe rdi lo n o ar á procura ele outros beijos, on como o adej ar subtil das azas ela illusão . . . L embrei-me Pntão que :Ma io r he· gara com os seus t ri nta e um d ias de encanto e amor. com os se~1s t r inta e um d ias de ·cul t o á Virgem elas virgeJJ S á Maria, 1\Iãe el e todos os affli ctos . S1·. Elic ::.er C. de Allm711c1·q11 e, ,1; ,. /i11 c!o e ::.eloso Cilf•( c 1/r, Te!Pr;,•r,pi,o ',nciono l, em flelP111, r111 c ho11 l e1,1 s11 - lem 11i.:.ou o seu ,u111ine1•sn1•io 11 rt/ rdicío. r ecehe11tlo i 11 eq11 i11oca.1· tl~1,1011 sll-or,Jes de apre;-o Ma is vae deco rre ndo e h a de fin ' d a r!. .. R ecord ei o i11n 0v idavcl Antonio de Macedo ( Esg ni o). «Ma io se to uca de ri dentcs co res , desdobra o Céo o aznl :vl0 ma nto, cob re-se a terra de ri d_e nte5 fl ores, p«ra . s audar-te Mãe num doce canto !» E is ahi um pedacinh o adm ira vcl de uma p rod ncção . na, frR o-mentos de seu es pí ri to b rilh a nte, l~ mpPjos d e s un al_ma alca~dorada . r~ e, tn s bellezas Jazem tal vez no ca hos do esq ueci mento; porém eu rende rei sempre, com a minh a h umilcl e npre· ciação, um preito á sna. audosa memori a . .. R ecordei tambem o nosso Ves pn: siano R amos, o g uerido poeta dos trocadilho3. «O' mez rhs noions. p1·edi lu to 111 e;. Q nt a t ,·isfl';ll quo,ulo t u I P voe., ! S u_a ue l !t i•ultas, ,nas l of,,,.::,, /r,/1'(•::, . ei q. u em sabe .' !lllo 111e e11r·o11h·es Talve~ q ( mui ,! . meus am igos, trn n Juei E assi m, A SEMJXA meu coração ás alegri as da moc icla · de, para. detP. r o meu . i>sp irito em loc ub rações infin das obre. o nada poei1 ento desta \"id a e sobrP. n, g ru11" dezn da ouLrn . para on de hPm ci>do ta h·ez i>n ti> nh a de pus. nr e oncle espero nw es teja reser rada a fe lici · dad e obt ida, coin o ·offr ime nto e 1esig nnçii.o d Q11e fu i doLacl:t na. curta trn jectori a d e m inh a v iu a terrena . . . M ari za. ,---- * ---- ··" a ■ 111 ■ ■ 1u ■, 11 ■ 1111111 1■1,11 111n ~~ ~ 1 OS PEIXES DO AÇU DE l i.1!1 ■ li! Ili " I Ili 1&1 11 'M:f u s ou . con tra rin áq ue ll es ~ que di zem q ue tud o n es te mu nd o é men ti ra e va ida de. Pa – ra mim a pro rria va idade é uma ment ir a; o va idoso se m o sen – t_ir, men: e-s e a si pro pri o, o q ue e, no meu fr acu modo de e n – tend er, a peo r ma nei-ra de men– tir. Co n~ o meu a mi g o Pa ulo V ia nn a j4 não a con tece o mes – mo : ell e fa lsea a ve rdad e só nos ouvidos do proximn, g ua r– da ndo as ve rda.! e-, que, po r– ve nt ura, ten hd a di ze r pa ra a– quel!es q ue ell e não en contra . A in da , h ontem , num rapido e nc on tro q ue ell e e eu tivemos na es qui n a d a ru a da Q uitanda com Ma rque z de Abra nt es, o P a ul o contou-me co isas do ar· co da velh a sobre pesca rias co los saes , fe ita :; con o a nzol da s ua imag ina ção n o aç ude do R ibeirão das H ag e~. A pesca ma ra vilh osa da sa· g rad a escr i;i tu ra á v is ta da ui· tima pes ca ri a q ue o P a ulo fe z, S,·. Artl, 111• /l ela Sifra , n osso c,,lla· hu,· 11/n r dw1·~tlisl i c_o ( A1·th11s l'ilo r) ficou di s tanci ada em m ilhões de mer.os pei xes pescados . E o P a ul o, e nthu siasmado, con· te u -m e. para con firma r a s ua asse rção : - E m- Ribe i, ão , no a çude, ha um loga r on ~le eu nu nc~ v i ta nt o peixe as sim . Quas i qu e n ão h a ca lado pa ra ta n to peix e. Você ol ha p' ra ag ua e \"ê mu ito ma is peixes do q ue agua ! -Aouill o ent ã o é bo ta r o an· zo l e ~~a f! .. . Um ou do is de c~da ,·~z, ci isse eu. - F.' ; e a té é preci so cui dajo qua ndo se es tá preparando a is ca . - ? ! S im, di sse -me o P a ul o ro rn n:Hu ra lid t1de ; a eóga n ação dos pe ixes é ta l que você, pa ra bo· ta r a mi nh oca no an zol, tel11 ele v irar d e cos ta s rara o açu· rl e· e pr~pa ra r o a n zo l debaixo· do r a letot. E u de i urn sa lto que nem tain ha e . .. co rri. JOÃO SEM TELHA