A Semana: Revista Ilustrada - 1921, Maio. v4 n.164
.======.:====================================::;::::;::::::;:::-=--:-:--::.=-=-=--=--=-==========================-, ! l~l ~ ~ /r~,iF Ao no·so illustre collaborador rlr. Osc,r de Carva': )-; ~ - /'J A • / , / , :._ ~ _ . lho ro11f1amos e, ta pagina de apreciadas producçries de : ~ ~(7tJ-(lj t?l't6( eci-ita -=- feslcpd-s inlcllccluae; alago:1110<, conlcrraneos daquelle 1 t!i¾',, t:f ~ d1,li11cto med ico, qne as c;colherà para enlcro do, nos- 1 1 +v+-,+,; \~I~'· sos leilorc;. •. i ~,,1Q,11G 1C: ____ líu :i••>-- k&,: J l l' l/ 1111.1,, 1 1 1 1 1 1' 11'1'º1 111111 111 11,I 1' 111111'11 l i 11, , 11·11:i 1111' 11: ll l l' l l l i li l i 1:;1111: 1 :1 ,111111. 11111 1 1 111 1• l •,I I I· 1 1 1,. 1,1 .l i 1.:1, 1, A palestr a .do Bu rro (T AL E _QU1\ L COMO HOJ E) Vendo annu nciadn a rsplendida pale, tra Do Burro. belletr istn de renomP, Alvorocon se totla a hichnrada. uTrp i o~v ir sua pnlnvra mP,trn. J)i ssP. a !~irafn., e q11e nin g nem mr lome P or in tell ectual muito atrazada.» O Jumento , franz indo o beiço info rme B e5cancara ndo a estupicl a boccnrro. Zurrou: «Vae ser uma vi ctoria enorn1e P ara a nossa familia, s im senhor !» A Zebra deu tres co ices na Ciga rra Que tax!l,va de estup ido o orador. :Fez o Caval!o, um jornali5ta e tanto, No jorn al lá da terra a pra pag-anda íl a bel la confere ncia. Era o caso do d ia em cada canto. Do reino todo, ele um a e de outra banda, Do Burro a soberana intelligeneia. O Macaco, o Talú e os dema is bi..:hos Que parentes não eram da fadada Raça de plumitivos. Abanava.:, calados os rab ichos. A P a nthera qne fôra de ·preza da, P ois pelo Bur;·o andava apaixonnda, Comeu de raiva, tres ca lan gos vivos. • • • Chegou o g rande dia . Che io o be llo sa lão , de ponta a ponta, Ve timentas riqui~ ' imas trajava Quem á alta roda mundana pertencia, E fo i tomado como injuria e affronta O decote da B;:irra que mostrava Coisas que o Bode a ve r, apetecia. Assomando a tribuna o Burro di s e Quan tas a~neiras lhe cheg-aram á bocca, Assassin ando a mi era grammaLica. Foi mesmo a a potheosc ela best ice. E fogoso, feb ri 1, a voz já rouca Fez uma. longa pratica Sob re a mulh e r, «o id eal na natureza.»· A E g ua j á babava de co ntente Quando ell e recito u Ver o da Gil ka, nm mimo de bell eza JJe um g rand e sensual ismo impen itente, Que a Cade ll a de irnmoraes taxou. A g·ntn, rortezií relebr isada. Se nt ia p r todr, cn rpo almo frisson Esc ntando a poesia. l 11111 pol1lra ra5ta nh a ebctrisad a Achnva t ud o aq uill o mui to bom, Uma fina ig uari a. Mas a gra nele ve rchtle E' q ue d. Burro desmentiu ít larga O renom ~ <JU e tinl1a Causando ao auJ itorio h ilaridade, Q.ue entrou a faze i· ca rga Quebrando l0go do sil encio a li nho. Asso vios, g-rnnhi dos. de repente Repe rcutiram pela sala inteira Numa vaia de truz. Um papagaio sab io e mui vale nte O Bn1 ro bicorou n a focin hr ir a F.mquanto o p inicava um a ve:, ruz. Hou ve coices, dentada5, bel iscõP,, Sangua, o diabo A Ca bra foi fng;nclo Fabrica ndo pa~ti ihad aos mill1 õ •s Oh I t ri ste fim de um fest iva l tão lindo ! O jornal do Cava ll o ass im narrou A viclorin do Burro. seu parente : •F oi um festão, que a todos ag radou «E que rnndade e pena nos deixou, •Pezar da inveja vil de muita gente, • .\ b;.açamos de todo cu raç ão «O di tincto orador eleetrisante, « Espltrndor da moderna geração «Que a graadeza da Patria no · garante » Corre mnndo o jornal e o Burro passa Por ser orgL1l ho e bril ho de uma raça. Z é P ancada– (ll. rrclo c~rdo·o) 111111' 1 1 1 1 1 1, 111 ,1, 1 1 111 1' l i l i l i 1 11 ,1.11 'l "I li 'I I li 1 11 •1 1 1 1 1 1 1 1 I I I I I I I 'I l 'II I 1 ,1 li 111 AESCOLA DO SILENCIO osUF:c1rn , os leitore . a fam osa E co la do Si le ncio? Pois é r:dster co nhecei-a, meu ca– l'OSj uma. 1·espeitavel instituiyão de pri vil egias seculares e de .c ri o-em mais interes ante que a <l o proprio homem atirado por Deus á vid a parorli iaca . . . ' E' o que lhes juro em temer 8 infracção do sa n~o codi o-o de .Moi- õéS, ~ Certa vez, en era ninila um frnn· ganote <]Lrnndo Iobri n-nei, cn, ual· mente. o humhra e da J,;sco la do Sil encio. A vida cor ri a -me, então, á mil mara\'ilha ; senti Jugo a n Ce$S i<la– de de juuta1· mais est~ a .fim de,
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