A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.163, maio

l\P.OAf:TOl\-f': .IIF.FE ROCH A MOREIRA 1 ALCIDES S ANTOS SEt:Hl,I ,\ IUO BIANOR PENAL.BER Toda correi.pondencla ae~• ser 01ri1id re ac -TRAVr'.S I DE' SE.TE : 1BRO ftt!ll.\CTOf\ Edgn ,. Proença D 'Ar lag nnn cruz ...-::f+ TELEPHONF 27a lf I t! 1 . LUCIDIO FREI TAS j ... . Q UA-NUO atravr•ssa,•a 11inda um:1 brill1an tf• e en· encantadora rn ocid-~de,. aninhanrlo no corr.çã ~, cert,imente. as mai s n so uhas _es pe ran ças. e1;; que é roubado à,; lettras e ao anor rle Fua familin, Lnr.idio Freita~. cuj n nome . no~ ultimos a unos, se li– go u estreitamente á Iitterntura parnen . e Nasc ido em :J de abril de 189!, contnnrlo , porta nt·n, apenas vinte e sete a11rns de id adr, Ln ciJi o, pelo hri· lho do ~eu taleut0, apezar dos pon· cos ann o!i', so ube conqu'star LrL JhanteE po:; ições, que n nãn de~lum– bra v<lm , pois que elle era insone· ga ,·elmente um eFpi1ito snpe rior. \' ictima, talvez, do rst·udo, com o corpo combal ido pela enfE'rmida · de, deixou um dia a terra pornensc em !JL1 sca de Therezinn, sna t!'n a natal, que lhe tendo colhiJ-o o pri · mei ro vagido, quiz que se u fó se o nlt.imo ~aspiro do filho estremecido. Comcientc do .eu va lor. Ln · cidio, entretanto. n:í ,, se E'll rnedecia de,s proprios preciorns predicados, cultivHndo n a niodesf" a. um a deli– cad a flor do seu time11_to. 1 L ·,·ore "fe cunda e abnndante em frnctns, que son.ente deixa de pr,Jdn -,.ir, qnan,lo {) nHchado ou foice trai– Çn!' iros, d!>vora,•1do o t ronco a abatem, ronbnndo-lbe a dda. Ell(J morreu qua,ndo o seu tu le nto anais brilhava, <:omo o so l quando se approxima do zenith, le,a::do parn o tumulo a lyrn soberba eug-rinaldarta <le rosas. Não foi um hnn1en1 inntil se ti,ermos em co nta o principio de que pag<i. o seu tri buto á Natureza aquellc que planta nma n.rvore, faz um fi - 1ho e escre,·c un, livro. E' de c rar que a arvore tenha elle plantado, como filho do nordeste. Que elle foi a orvore que se perpetúa em re . bentos b:zarro~, ahi estão a attestar Corina, A:cides e Genuíno, cs tres filhinho, querido:;. em quem Luci· dio nii o teve a dita de ver se trans – fundir o seu espirito de eleição. Quanto ao livro, sem fala,· em Ale– xnndri11os, plaqu~te de versos, que ell~ publicon, de collaboração com seu irn,ão A lcides, e;11 1 \:l12, ahi está 0 Vida Obscura , reµositorio de :; scintillantes poe ias, que o fidalgo poeta lançou é. luz da pnLlicidade, em Belem , em 1\:)17, e que a criti ca .. :. .. 1 recebeu com a gloriflMção de qnc 7 • 1 era credor tão precioso estro. -~ A essa deliciosa recoita dfl in sp i· All iado a esse outro sei ntillante e!<pirito, que foi Tito Franco, Eeu irmão de idéal, o moço-poeta e phi– losopho tornou-se um nome aéa· tado na Jitteratura do Norte, que elle enriquecia C'.lm fin is3imas joias, quer na poesia ins– pirada e mag nifica, quer na prosa rendilhada ~ fl _ dalga. . ·, , '· • radas prod ucções an ancamos o u- ' ~ r-<. 1· ' . \ · peto ~ () ·po , que em se"uida transcrevemos : 't :.;, ---~; • ~ <,Homens ha , di se Bacon, que demasiado cedo florescem, e que cedo se. fanam». · . Os homens de que falava Bacon slio oquelles que produzindo preciosidades, em pouco tempo 9e tornam estéreis como certas arvores. Lucidio. põ1'oám, foi a· a r- • >( ' · eu corpo sensualissimo parnce - Sol_ele c~rne que ao longe se percebe -– Um vinho 1déal que quanto mais se bebe - _Mais! na vida, a beber nos apetece. Fonte P.terna do gôso, quem recebe O our~ que e111 tuas aguas respla11dece

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0