A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4 n.162, maio
' AVB 1 g EIS e meia horas da noite. A naturez11 njo- 6 e lha-se sile11ciosa e tri s te pnr,, glorilicar a hora santa em que a Al111a dos c re11les re– cebe em seus lares a v is ita da Virge111 ?vfae. O sol, no d eclinio da sua marc ha i111uta ve l e eterna IJ,111ha co111 um resto de luz a 111c,rlt>ci,la e ai111ia vivilicante a alva cape lla e rguidn à 111arge 111 do rio para, com n s u~ prese1! ça. leo1_1· brar aos navega ntes n exislencia do Be11~os_re1s. . E' o seu ultimo beijo de luz envtado n terra. O sino Lia capella faz ed1oar no espaço a~ Ires dolentes badaladas que s empre falam aos nossos coracões a mesma linguage m de a111or e res pei to a b eus. . Elias são a voz de J esus, que ,·n e re pelmdo a Iod a a 1rnrte as pal:n·ra s <<Ave, Maria,>, r ecebi– elas do céo. De u s que creou o con– dor atrevido que dispu– l.-1 às nuve ns a vicio ria da altura e ao vento a pri- 1uaúa <le velocidad e no espaço sem fim e o mais 111i11u sculo dos a11i111aes que· ..-i\'e n o fundo do 111 ar, nas arvo r es ou no seio dn terra, re velando• no~ o puder da sua von– tad e, e que tudo vê e ludo diri ge com a s ua sn– becloria, De u s e 11111;ur– cht>ce a Nalurezn 1m pas– s:-ige111 de sta hora trn nla jwrn qu e es-.a tri s teza ela terra, loca ndo ao n osso coração evoqu e nell e a i111age1u do Red emptor. E, concentrnndo II nos– so r,e nsa111ento, nossos l<! hios se movem e l'ic1am -A ,·e, Maria-, emqu a n– to r es pe itosos e humild es fa zemos o signal da c ruz. Para o Faare Dubois tese falá-lhe : «A,·e, Maria, cheia <le gra c n, Pnra tu és e nlre Iod as as 111nll1e res, Mae dos ;1f.lidos P. dos desamparados. M:ie amorosa , Hainha cios cé.is . Be111dicta sej as parn sempre . Tt>u santo e adorado no111e-rrMaria>i-feilo de flores, d e risos e de nmor, nosso amparo, é- nos 111ai s doce aos !ahios que 11111 fa\·o d e mel. He– fu gio dos •peccadores, dos arrependido~ e dos 'lll e so1Tre111. Int ercedais por nós junto do teu a111ado fillw-.J esu s--J es us Menino para nós p e lo N,ala l-nos nossos presepios, .J esus-Ho- 111 e 111, para nós, n os te us l e 111plos, nos 111arly– rios d :a Pai x;io, na Cruz. Ampara-nos com um l eu olhar, c11111 um teu sorriso, Esperança Nos– sa, agora e no momen:o da nossa morte.» Ucho13- Viégas. ---l(,---- Pela J\Handena O «Nosso AM100» TI A cid;acle dP. Macáo, tJ.9}. no Rio Grande do • 1 Norl i>. 11 \lS \t'I O o No camµo, o traball1a– dor e sua co111pa11 heira d e )netas suspendem o s e rvi ço e, e m d oce reco– lhi1!1 e nlo, 1110\·em os la– b10s numa prece forvoro– Gri>t' lda i11t,lilig-P111 ,, fil ha cln e~li 111a vtd ,r . «Nosso A1111 g o)), E111 principios , foi 1•slabc le– ciclo ao Uoule \'ard eia He puhlica 1·0111 t'sa-riplo– rio de r t> prese1ila..:ões. Mas COIIIO para essasc11u– !'>aS el e «m estre de c e ri– moni:isn, t•l le 11 :ao t i,·esse queda, d e u "suilt'" na •'rt'prrsenlaç:1 0" e f,, i se r– \' ir d P. se l' rl:'lario do ex– lindo ho111 t'm do"refres – cQ jap11nez"; Com esse e 111bnixador o "Nosso Allligo"apr end eu 111uilns cousas. Mas. co1110 11 ho– m e m nunca· d1ega a apre111ter de tud o ( pen– samento do Estephanio Nu n es), ha algu111ns cou– sas que e lle a11da sem– pre a perguntar. O seu lll entor preclilecto é o Quilili . A este u " Nos– A11Lu11i o r:,•ni"I. da phar111acia Ct!Zar Sa11lu~. sn a J esus. O .Jun:ly volta no ninho, ond e n co1111rn11h e ira o aguard a a ,11oros a e m co111pa- 11hia ilos fillws , e ,11111,os, d e poi s d e se acarici– are 111 e agradece rem a Deus as g ra ças recebi – da s , solra111 o seu ca11li('O ge•11edor, apnixonaiio e lri s le qu e é 111 s o luços se perde pt'la flores ta a d enlro , E o dia \'ae morren d o ... morrendo le 11la - 111 e 11lr, emquanto \'es pe r , brillaanl e e for111osa, s urge 11 0 h orizo nte, dominando a sc~n a , para reet>her as home nagen s d os seus adorad o res. «Ave Mnria» 1 r e p e le-nos n b om ciu e passa ..• E o nosso es pirilo ala- se a té n Ma gesla d e cln Hainhn dos Céos, ajoe lha -se di nnte da s ua pre– senca, b e ija-lhe os p és e a fimbra d e suns Ycs- . , so_A llligo" di_z_ <1ne lem u111 fregnez (e Hpe rla a ~n:io ,,' lo Q11 1lil1 e pe rpun ta. como esti1) e por ISSO qu er saber se a farinha d e tri no ai nd a te 111 :tl_w 1'.'.11_e 11t q" T_e 111 u111;1 sylllpa tfiia ultra 1~e1~.d 1._ ~,11 los :'viana, a quem di z ~e lllpr~ q u e e o 11111 co e 111prrga do aque, 11 n lio e prec iso se )l ~•!•r servi ço", 11_0 e,uta nl o ... ped e un~ des– )1<1< I! º: Uma das v1ct imasda liauca d os s e 1sco11• los 1111 o hriiiado a so li ci tar a sua e xon e raçilo, do se u ª'!! igo logar . .Jú está um youco "ca__l,han~– l~eque_, ~egundo a s u a propria phrase. t: acll• 'º e lige iro, andn sempre d esempe11ac.lumen te e le lll h orror 90s indiv ídu os molles, por se pa– recere m geralme nte, quan;I:> andam, ao "Boi de Uol as.»-J:'/1•, ~- Bcio
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