A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4 n.162, maio
f 00000e0000000~0000€0v000000000000000000000000'~00 S0©00000000000000~»0~ ' 0 00 - ----- 0 !EVOCAÇAO . 1 ~ 00000000000~000~00000»0~0000000000»00~0~0000000000»0000000000 0 0 . ~ ~ MAIO. O mez pr~destinado em que sentimento humnno. E 's panthera, és áspide, és co· 000000000 te conheci, dep2l'ei comtigo no meu lumba . . . .· _ caminho incerto. Eyocando-o. é como E eu, parndoxalrnente, te encont rei no mez d!lS San· se. eu reéuasse a vida, resurg isse o passado, sofreando tas, dns flores, dos insensos myst icos, dos altares _for· o Tempo, pora que tudo permanecesse extactico, ab- migando em serpentinas nccesa~, dos véos sera plucos, sorto na hora muda, solemne, em qne te vi, minha que são o /chardw{das Filhas de Maria, e das mãos pos· F lor 1 do Mysterio. tns-touus anneis e rosarios, e te rços, e coroinhns-:6 Sim, que tu me foste, és e serás sempre, a penumbra rainunculacea do l\'lysterio e da Le nda, qne hoje veJO Jilnz dos meus desasso::egos, a névoa, a. limalha de our:, enflorar o 111~11 Jardim tius penso !... das minhas angust ia; silenciosas. o luar fosco, ernbaci- Amei·te porqn':l és excentdca, mobil, u ns sens 1çõ:s, ado, dos meus scismnres morbidos, a minha uncia de nos estremecimentos, desde a esthesin da Arte no his- vidn, e n minha fome de m 11 t te. terismo da DJ 1 .. ós qua l n charnma lncillante de uma tre· Que psycholog:a exot ic~, doe~tin. ~or i_sso •~es·,,o mnlinn de gnz 'no; seus bruxoleios.. exclusi_va, impar, encont~·e1 em t,, ó 1111stenosa ~11via- .:,i,n. Bs i uai.:e r·t~ é iuipo 3sivel ! Maio é uma evo~a- da ! l-iuncn te e,quecere1. ção. Ah! e que a nossn Estás dissolvida e!ll mi_m , F -::::==:::::= =::::;=:=:;:;:::;;;:;;,;;;;;:::::;;:::;;::;:=.:;;;;;;;;=-1 vida, minha }'lor do M~•s· vives_nos m?u~ pr111clp1o s terio, seja O desdobraroen· atom1cos, anirn1cc,s. Amo- to ininterrupto de nu1 tur· te porque te sinto n vida, bilhão de ~ aios ! Que ande u eclosão, a seiva prima· em nós, ·sempre, n alegria ve, ui do sangue e, r:al_or das aluia:, beuia vf'nturudus , ita fünut e da l·arne vir· e elt:ilas dp ::ieuhor e de i.:cn, m<ç 1 n!_Adh~/\ b~m ::iua Vi rge1111làe. u11,a ,·. a su uCH\ ~ 1 1s eno, Adeu$. Eu beijc1• te ns da ~011,bra, do N n va11a. . planuis. inviolavel F lor do :: eu ~~ o.mo tanto po1 - M ysterio. para que o me~ q u. és a~s,m. .. ' beijo, sussurrundc,, psnh~o Esquecer-me. .. :Mas só se . ~ teus pés. • bemd1to , ,., • t v · ne1e no~ • eu morresse ... . =n10 . - 01 hl • 1 numa noite deste mez pie aio• » B erill O- no de no, enorios e votos a mariolatria, que te premi n cintura, com o meu bra– ço em cing ulo,ncs rodopios nfoqueadores de uma val– sa ; que t e senti e os pirei o frouxel de paina loura, e.a tua cabelleiro. rebelde; que te ouvi n dicção correr:ta , interpretadora ir;vejavel de uns versos bilacquea nos ; y ue t e ]obriguei a exigni· d o.de breve de um pé chi– n ez, s n;,por to ndo uma pPr- . 11a €'legante, nervosa- tudo isso velado por u .na alvn– d ia rneia de sedu ; foi, em– fim, numa noite de 1\lnio que deparei coro n Unico, a Vencedora, que és t u, Espectro humano da minhn ]on..:ura. Amei te. Yinhns do Mysterio, das ent ranhas do Nada, da gestnc;-ão da Duvida, do metnphisismo ~ Esses «ca 1d·ere i i- 0 ~» que ora ide~tam a ci– dade ,mdam até ern· ' to prv5ta nd o u:1~ aspec cosmopolita á noss:.i ho!-pita leirn Belem- Não fosse a falta de hygie ne que ?s f=~ te re m um a l111 1 sc , <1indesejave l.. , cau s an· do mal estar aos n_o~– sos sentidoc; olphatl· S a 1n vos, quando pas_ P or nós sP. r-nos-1< 1111 • ' 1 •eZ que m o sabe, ta ~ supnortav~is. ,. " l\'• As mulhe res s"º ; de um cerehro ano rmal, do .1 r1r11Jil s,•11/,rwi11ho l eni. filho tio ,·r1i1i.'1i 11 1'rtt•ftln1r,J,, f/ "'' determinismo do Amor pn- • .1·1,,-,•e 1,r1 , · H e!Jiúo .\/i /;111·. 1 11 ,ste /1.,/r,•lo. • picas,bizarra s, tranç:~s recamadas de niedcÍ ~ lhõ r s d e moedas, f V rn co111 11 Vida. Amei-te, amo-te, nmnr-te-hei. acordado ou sonhando, na In· idez n na allaeinação dos sent idos. com n~ mãos cru,:a.dus ~obre O peito. c u lançando-as e _mpós de t i, de qualquer d s fúrmns. abençoando a tun v,nt.ln. ª n edolente, nrchi odo'.·ife'.·n . Flor ~o liysterio. en te e\·oeo. melhor, rememo10 _M1uo. o mez em que te enxer· . .. snlo-ueiro pensat ivo d0 men Sonho ele lllumi- tei •·º " . mas , , p t11·n t A t • d I E·s n~ne nosn, l ~ · s uas mnos siLn n a O t ln.s qne só fllltnm falar, para g ritarem os tPns t.lez .P: ª _ t ,as a ns ia3, os teus nrrebnmeutos mort íferos deseJo, , ns_t 1 s re pt is. os tens olhares ophidicos. Amo-t~ os.tens ge::. 0 ·eYelâste uma creut nrn. n111a i1tcompnra- po!·q11e se _met. 1 o-i ·a e put het :ca nas moduliúndes do \' el 111nlhe1, ,a., e . , e p lacas d e ouro, pn:: · . d . 'l os nn o a cor vistosa , tecida e m seda, par, ue i:asacos e os lenços caract~risticos com q_. amarratll a cabeça; os homens, p~lle trigu<> tl ~ ou more na , traze m os J.á e nt rados e m a nno,, 1 .· . . ' . tes e n t Daças t espe 1tave1s; os novos adolescen · · ' ' pas v ins, asse me lham-se aos ganchos dos pa :n d~ ou aos ca,v -bois a Tom Mi~c as crea nç~s! 5 b . ' · SuJª , am os os sexos e que são intraaave1s. 5 · •' ,.. · ·1are ramelosas, v1c1adas lembra m-nos s 1n 11 de «Os dois garot~s de Pariz •.- M.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0