A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4 n.159, abril

APRIMEIR~ ENTREVISTA Findava o O11tomn o. O pa rqn e e11vP lh e1·ia g ri a lh o, envo lto e111 sombras, s il e nl'in~n. l 'omo espa tu la fr ia d e topa:; io ou de co bre c ada folha cah i,1. Quando o Som fez c,uvir do '·Angelu ~.. n nltirn , d ,hre, Vesper. -gotta le pranto luminoso- luzio nos olhú tri tes do Crep uscul o . .. A ta rde era um soluç'l e o Poente ul tr;:- vin ),,ta,. O Occaso, sem trPrner do semb lante 11 •11 .sei 1nii~1• 11l n, tinha o a r triste daqt1ella ho1boleta qu e veio voan io e enc he u de su,to :os 11 ,1·n >r:id n, . H ora de u-n pôr de oi, propicia a confi .[., ,1,,i,1 s. . . . E e ll a c hegou. Seu, passos as~nsta.J >s g nmiam so hre a a reia d rt al 1tmi>-l tt. 'l' remtmte e pallirla. no olhar to la veit eme n,·ias <le chry;;a ll irla com a ute nna, dt! "ellu lo e aza~ de ~ê la. A. s uas mã.c.ts ne va varn : tud o, e m si. e ra gelo. ::,;r, os :s'!US olhos g:1rços ,:c- in tillnvam <> o seu ctthello t inha ntrnnçn~ de ou ro flavo . ,\ o ing 1e:;rnr na nlfn111bra. in,ht ~:Sfolh ~ va nm ravn mitre os dedos de ::;umbra . . . E ll e, ent.ã.o. prrturbo u-~.e. fndo e ncontral - l , po suiu ·se da emoção da primeira e ntl"e\'is ta e ape na disse: ~v em:(' e,;te udendo-1 he os bra.ço~ . . . . 1-; tremia-lh e a fnl :t, f' nl •lh P. .tun·a a vista ; · -1:0111 mi çiio de e ncr,ntrar se com o espe rado A lg nem ! 1 1 1 i[ ma io nte ca ntava emlrnhnd o ~or~nt;'OS. , . ~-; ambos deram-se a. miíos. l·!,11 rnmanes<'o ioyllio, foram- e p elo parque em lm e.a ele um r-e<'.a ntn ;f' rmo ..:omo 1110 ex ilin e de poet i ·o e ncanto. Nt1m lago vec-de os cys nPS .:n es pelliavam . .. E e lla j4 menos t im,,la. .-lle j :í llIU pOll C'.l anda1. , o lh arnm- s-e no o lhos e sorri1 am q naes do is noi\·os de .e ncla 1 ue se .a,ma vam . . . Depois , pelo ilendo , os rnmores do1·m,rnm ,sob -o dooo l do lu ar. , . . E tinham de piu·t.irl C'c,rr o fora fu o-az .aqu~l le idy llio li,nao l fam di1.e r adpu; ! - 1:,e pode, sem fi car! ... N i to elle -&conc liego,1-a sob re -o i!e:to e lhe d isse -ao ouvido um a, p lira e ~ualctnm-. Ah ! talvez fo sse de um Jeito <rn r(?gios 1! , meriêos ,qne -a qnell e homem fnl~sRe ·á RlJa almn ..a li O . '~, , ~ui'muier . - ce'rto t• que el la t oda estrP.me<'e u ! . • . • ·· Ma, louco amor' , q uando um lnar d:u lcid o ~ ~ men o obre o parq ue desc-e n - prnj : c:ra nt m·se na ~ l'C' iit . .as d ua N11mb ras dos apaixon d J11 num beijo se re no · n os., uniJ os, ab ra çados !.•. . ·· .E fr earam_ assin,. Emqna nto a Lno. C'hei&, -com o ·eu brilho leitoso, e · mnitavn do A:>.t, I o pa rqt1e sil e nci-f!~o. BRUNO DE MENEZES.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0