A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4 n.159, abril
I ~~ _I l 23 íllQ\~ 1 Abri 1 1 192 1 '~ 1 l:l -=== ,.~ ~,, 11~11 nlH.Eí'TOR· PROPH.1 F.TA RIO :.r.t.:ftl:T.\t\lO BIANOR PENAL.SER 11t-~0Ar.ruu-r11t-:n-: ROCHA MOREIRA ALCIDES SANTOS D ' Artogn a n cruz Toda a correspondencia deve ser dirigida à redacção 33-TRAVESSA 7 DE SETEMBR0- 33 +¾J+& TELEPHONE , 278 e,~ ftF.OA l.'TOH Edga P Proe n ça _Abril, a~uas mil ,(? :'l ffi_ l~Í"'ff-d'M rai o d e so l g lo ,:ioso, como um gu e r- .,-~ 'b~ ... ... t:, ff 'i:.) re ir o qu e faz u 111a esca lada ou como u 111 11 pequen0 \;agabundo, qu e , pe la manhã, ~ ~ tre pa· as arvores <ll tas, para a co n– ~ ·· ,~ qu is ta cio pomo cl esejacln, ha dias, rl e– p ;iic; d e te r be ijado as mais frondósas arvo– res, d e hav -:> r osculado um ninho, illuminado u 111a gvtta d e 01 valho, de.sento rpec ido as azas c1 ~ urna ph;.l e na rh eumatica, bordacln tre mu – linas na fkir das a g uas corre ntes, cl ebruçan– do--se no te lhado, pe ne trou no meu quarto, ri son ho, venturoso como um Messias do Ve rão. Erg ui-me prazente iro e apó:; contemplar 0 e spaço, para o lado cio Levante , unci e ~e d estacavam uns leves tons de rosa e um lindo ::izul-porce ll ana, fit e i e 111be ver i lu o so l, chao-a abe rta el e luz a illuminar o céo, e m qu e°corr.iam nuvens a lgodoáclas. . No c 1111O d e uma a nncsa mutambe 11 a, um sah y va dio, qu e ia el e passt1gem, no seu har– mo.n ioso idi oma teceu uma ode 111aravill10sa ao sol. - Sa lv(• ! so l! lllurtnure i, e ntão, r nl evad r:- ; 111 0nsao- e iro do Estio, qu e 111 ~ d eslumbras a vista; ~e 111 et1 cl o r das lllais doces al egrias, as– tro fa-'cu ndado r da te rra, qu e os campos e 111 - he ll<"ces, ~a lvé ! E o so l, esple n<lida \' icto ria régia d e luz a espalhar os seu~ raios como ve nábulos de o uro ao-ora palpitava no a lto co 111Ouma rosa d e p 1 t'talas scintillantes. Mas. . . do lorosa d esi llu são ! Ma l e u aca– bara de festeja r o ar;::u to do- Estio,. e is que le io nos jornaes a_ nova d e que ameia e m :1b ril , te remos as ultimas marés de qu111ox1O, as qua r>s se r;'t n acompanhadas d e fort es e impiedosos aguace iros . Si m, a bril, aguas mil. A inda desta vez a c igarra a rechinar , não zangarrea rá o ca nti cu estri le nte co m qu e nas tard es estiva es ce le bra a agonia d l) sol. Por dias e dia<;, o ne ,·oe iro \'e stirá com a gaze elas ne blinas as arvores, tornando t ris– t s as mr nhãs. Impiedoso in ve rno que as al egr ias da hu– manidad e afu g·entas , quando partirás? quan– do voltarão as manhãs dou raclas, para a de– li c ia dos pic-11ics festivos ? quando tornarão para nós as noites-- lindas de luar, e m qu e os q ue a111a111 festejam a belleza do ple nilunio ? Quando pode re mos , como Vespasiano Ra• mos , e sse doré e s:rncloso poe ta cio amor, olhando a te rra e ngri naldad a ele flores e dia– d e mada d e luz, dize r ramo elle disse nos \'e rsos da Aruore mía : 1 Entrf' :ts outrns. uma a,1·vore appa rece. E~gui,i e nua f' nR g., lho.- e,-tala.ndo, A o~ o lcos 1'.eO., es n a,rvo re. pnr!'re, Por não l,er vida. a vicia s u ppli r-:1nclo. VPjo um easnl de pa saros riue de. ee A 10 · gn lhos ~eu ;_ logo, em seguida. um bau <\o, Num lnbor 111fin1to, os ninho,: ter-e, Ora, , altando aqu i, al i, saltitnd o. Ba ixn. de pois, a no ite calma e fria. E, assim, baixa.nd o, fria ~ calma, bebe Toda triste;,.a e o mal d a, a r vo re esguia. Emqunnto, no alto, souhndora e 11110. i4urge a lua e, do .alto, a a r vore r,,cebe, De luz, um )lanho que lhe manda a !na.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0