A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.158, abril

um inconveni ente que muit() tf>1u que evitar oescriptor ou romancista; é n ão disvirtuar a. historia e seus facto com as côres romanticas, o que infelizmente não raro acontece. Com tal systema mui to tem Que perder a Jitteratura. E' que o enredn de uma narrati va romantica, quando .o seu autor n·lio toma ai; devidas caut1üas, degenera ãs vezes em his· horietas ou historias falsas, sernea· das em paginas infindas de um li– vro. Este desar soube evitar i\'lece· 1ias, e quanto escreveu acer::a de Cleopatrn, vestido com os enfeites de seu estylo castigado, nosoccupon muito bem os momentos, que gasta – mos em nercorrel-o. Aguia· real. Ora, o que devia in– ventar a imaginação do amigo Me– cenas"?! Uma lucta cruel e sa n– g renta entre a a.guia real e a ser- A !"EMANA pente neg ra! O assumpto é teme· roso e instructi\·o; as mães deveriam ler essas paginas aos seus filhos . (~ue é a a.guia? E' comrnurn d1zer-,e quP. a agui a é a rainha da, ave. ,e symbolo do ge ni o, e, em parti cular. da eloqoen ciu. 8' mais : a sobe rana dos ares, a domino.dora dos tempo– raes, pairanc',o segura nos infinitos espaços. Os monte~ mais a ltos e mais sublimes, ella os alcança facil– cilmente, e desferindo o mao-esto ·o vôo. d:i. mostras de que 0 céo ;zulado é sua morarla, d onde lança o seu desdenhoso olhar sobre a terra, e seus valles e campinas. Ora, acon– teceu que a ave-rainha dos ares, tiv era o eu ninh n ai ·antilado e queri~o violado pela serpente ntgra, que n:Jo contente de violal-o, ainda, lhe devorara os querirlos filh ns. Dnhi a !neta, e ficar a crpente despeda- çada e vencida pelo bico carnívoro e pelas garras ad nn cas da aguia real. Este o resumo, que nfio deixa de interessar e divertir o leitor. F, nem a ma gestosa a g uia teve o menor desejo ele devorar por na ver. os destroços da st>rpente negra, pelo orlio t utranha<l o que tivera :i. vene· nosa violadora de seu ninho subli– me ! Antes. qnizern:nos vêl•a atir:1n– do do alto sobre a terra ou no mar aqnelles despojos de uma luctn glo– r iosa e para sempre memornvel ! Terminamos aqni, reco nhecendo, que o nos o solita rio ~l e~enas ~ o– c ha. a par de uma forte imag ne ça'J, de um robu~tota le nto. sabe gua rdar o honi estylo do clas-icos e a ver– na cnlidade da nossn. formo sa lingna. Andrade Pinheiro. * ---- ---- ························:············ ~· )( ~(; ····-·····-·-···················---~-····-··························-····•·· Os empregados da Limpeza Pnhlií'a 111ntnram üm jacaré numa das rua da cidade quando prnced i"m á ,·apinnç-iio. D" A Provi11cia ' ..,.-.; i ~ ~ 1, lh \ll1V ~-.:.·-;:· "':-~--- ~~lrt - - -==- • ,; - ,..._ . '1.~~~:S. .;;;.-':-- - ~ ~_i;~i ,[olfa Cheio de horror pe!as aguas, Um jacar _, p <::lo 1m· rno , Pa ra espa:rec r a~ maguas, Busca as ruas meigo terno. M~s imagino o empregado Hirto, o.:, abellos 1n p , Ao ver s uro-ir a seu lado ' p h ass ando um iaca ré, Jeca

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0