A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.158, abril

Col/o/,Q,·a 11rsle 11 111,,ero. da11t!o-110., l!S.l'e p,·oser Jle/, jll' i 111eÍ1'(( 11(' ;:. , o COIH![/11 ,/,·. J ,sii rf,, A11r/1·nr/e f'in l, eil'u, 111·ofeR,\ ú1' d e J)rn·t 1tfi t11~:, urt K,,·ola .\ ·111·11:ol ,frsl e ll'sl utlu e 11,n d ns JJtt:1i.s rl1-r11111s 1 1 N!- 11t'l'(U1dos tH·no111 e ul11s do cle– ,·o JJ ll'l(l' JI Se . O di,linclo /Jl'(•/essnr nf– fp1·e<·e O(IS 11ossri ,· leilon ·s . l, r,je. u,110 nprrc irrrâr. s:n 1 ,r,-o l i1·1·u ·;Rai1111,/'. ,/e .\l al!11os J(o,·/,o.' o~r e. te t it n lo. 110s Pn\· ion ,1 prPsado am igo Mecenas n ,– c ha. moço con li Pc ido na 5 1 i ,iPs rl a ·impi:cn~a. um livrin ho 0 11 fnl!,eto , hem impresso nas offi,· in as g-raphicas do [ nstit ntn l.a 11 r0 ~nd n:. .- c ujas pa g iirnA corrnm0s c11 m a snf– frpgui dà.n e o i nteresse rle ()nem tem o cost nme de Jn u va r L0rlo lahn r menta l, onde nlrnnd:un so li tlos co n – •·Pito~ e bôas i,léas. Vem u li v rinho preced ido tle nm prPfacio. 011 de c ita o seu a utor unrns palavrns a ni madorns do em i– mrnte Lauro ~odré , ex· governador do Pará . o qual. amigo s incem rios <Jll e trnbal ha ,u em litteratura. fo lg a de alenta r aos mes mo nos SPus dPsa nimO::l P m il di ssabores. O a u· C"tM das fü1 i11as, por certo, ha de µ;nardar oquellas pala v ras de Ln nr.o :-;0rln_; como um ph a n a l d e serP n a luz a g ui ai-o nos e 11s futuros es– tud os e p rodu cç<'íe intel leçtuae, . 1,; 1· segnido d e um como anpe n<lÍ<'e, o nd e rleclarn ,,uai a i<lPa 1110 / rr. q11P pre idim á compos içiio de se 11 liVl'O, Nem t11<lo na 5 R11i11as , ão n1ina ,:, i. to di,- ·e :w te r111inar a le itnra ria oh rinha de ~[ ecP.nas lfor:ha . l ia nlli u,n fe ixe de ,·oncPito~ \·arios e l11- 111 inr>sos . rp1e hPin pod e riu1110. \'las– s 1f'ica r de joiits prPt·io.·as. pPlo dizer cun\·i,·to P pPl:t for ma e lega nte. Murta. <J r,Hna n ce r.p1,ta dom;Pl– ln, que SP tl i7. urna ruin a. como d e farto o fo i. não de ixa o le itor p ri– vado de externar urn co nceito, qu e p(1cle e r niio agrade ao autor do folheto, pOi$, o esc riptor qu e re nd o ca1TPl{a r nos cí'\ r(' de um infort unio, e n os fignra de uma c rue ldade p ,n demas ia, para co111 a sua h ero– i na . O que tLS vez- ,;uccPJ e aos discolos, aos re vc, ltos no e io do Ja.r, ao desvairaclos po r ruin pa i· xões, quiz o auctor, 111ai. 0 u me n o • up plica r a uma jn\·e n, prendada e l}pm educada. foto nem sempre co– lhe n o meio c ulto e se nsato. Pelo menos , é o noss0 hnmi lrle p en sar, c mb'.l ra não brignemos com o q 11e n ão ()Ueí1•am perfilhar est e nos~o modo de vêr, e que Julgamos nao , erem pou co . Para a vin ganc:a ~o h omens a tra!!·edia. de ;\lyrta pode ser de bo1 u g rado, de· ni:ío g rado. pnrém , c re mos, qn e hn <le se r. pu · u a sans1b ilidade e delicadeza do sexo fraco. . P iedad e para a <les \· nt 11 rad ,i :\l n t a !. .. ·n c1ir(lf 1/('. Dois co raç<'íes. riue , , cle ·tinam a t1111 n pPl'pet ~ia nni ,io, 11 at11 ra l111e11 t.e lic ita e pelo matri– ll tOni o; ma s te ndo um 5ei q ue de _,, )J1 i 11l11S (f lkflilltl / '~.\'('t' . /"il/,r, ,/11 f'.'.:– l iuutf/,, i11t!11 sl1·i ,! c,,feslt1111 /1 P,\'l't' e /) , l. iur, l',,... w P. impetuo o e d es va irndo. comn FOPm SPr, Ptn ge ra!, os primP iro~ aff.. ,·tos da 1110,;idadP. Id ,v;l ios, l'a rin hn~, r lrnn ,ma s incnnd esce ntes. ;:elo~, .:o nstan cia. tudo. emíim. quf> co11 ~– tit!1e sn n lt o;; do na,n, ,rn<l n~ . s<•111 co ntar o c] p fotnrn · vent11rnso e rlP quantn felicidades, risonha, , po – d e m e nc lt rr o ce rebro d e s\-' re~ lt 1t- ma 1111. inexpe rientes e na primuve1·a . da v ida. H isoo ria ou l'O lll Unce de d ois namorado, , é a ,yn t hese rl o <Jne a0s leitores o ffPl'eri,m 11s R11i– ll HS com o t itulo - Dc/ira11tc. H u, po rém, netas pa?;in as de Nlec,,nas Rocha um dP.senl ace, 0 11 me lhor rliri a mos, 11 m de fecho, que não u os 11grado u E já o decla ra· mos : (l a stavo t iuha 11111 t io ncaço, que gost ava de ce, nta r os seus a mo n· toados de li bra,;. ll apoz de :;enio e i ndvle fogosa, Clu stavo á, v ista de ta nto oiro, e esparso aqu i <t u acolá n os apose ntos do tio. não fô ra el'e \ icti ,na de idéu iin istras'! P eloquP. le mos nas Uai/l as, não; mas quem pensa rá o le itor gue a tivera·. A g-e nti l PProlina !. .. E não somente as concebera. seuão ainda as I n fi 1• Lrara. 11(1 coração de G u ta 'lO; fôra ma is lo nge. e ll a pro pria acnnse:ha1·a ao rl es \·airaclo G11$b1VO o as;;ussi n io de se u t io ! H orro r ! Pode ra algae1n co n l'Pber. que uma joven tão meio·a, tão hem d otada., fosse con sPl h eirn ele nm plan ctiio ardi loso, ti:o a LTis – <·ado. tão t;enebroso1 ! Que nos rele\'e e:tro a.m igo ~IPce11as não t;e r em <Jlle lou var est,e de, nsad o rasgo d~ ~ua imagi nação. Ces / i1'07i for[. Sn hi u da;; mia ' não ta nto do pos, i – Yt>I, como· ,linda do \'t-'ro,;imil t\qu i c al hon u r11i110 do G usLH \'<'. \lt'lh s edadcs. A h isto riri de C leopa tra e nrh e Pstas \' Pl h:,s é ,·ns. C ieopatrn i'.- pNso nagem <ln h isto- 1·ia a ntiga, q ue tem exe r<"i tudo ruais d e 11111a pen n a roma11<'istn: dP facto, o;; 10 11,ant ico n pintâm c rn e l e bel · la. Ass nm pt9 vasto, va ri o e inte– ressa nte , o q u11 I l\J e, e nas ,er am com mestria e ~ou bera e1u·ai·nl-o e llll nma e leg:a nte prosa. Em gernl. urn11. idéa rnmanti<·a •em a Sf'r semprn u 111 H idt'..a. h istoric n; h a. porém . nLlo ........ - ......._ .. - • ... ·- - - .)(? (%)(. _,.. --·- ..............- ...- ...- ..- ............ ____..__ - ((VOLUVEIS,, \ lo ira - a te rn a C' lnia l Afa ria, - ~sa da lactea ca i 1aç·ão de ne \·e :- – Esth er -a b r;-.nca e pall irla judia, e sse co rpo grac il , peq u": no e le ve ; Córa-a t ri g ue ira ,-a mais si mp lo ri a ~ l>re\'<-', de todas as q ue _a me i, a que ma is r i ,; Lizete- a ma is c iu menta e a que 111 a1s teve inveja e ciume á pal liclà judia, todas sorria m qua ndo, duramente as expulse i cio co ração va io ' de c rença, amor, de tudo finalme nte. Só a_ Dulce chorou quando e u pa rtia , P?r isso quando, a sós, ne ll a med ito, smto a profunda dor que ei la sentia. 1920 :e:uclydes Dias