A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.158, abril

~~@-~~ >!( tJEST/NôS ~ :: @;-@·®-•(.G)}{@);{(~.iJ@®· i Ao FORMOSO F.SPIRITO rm )ILI.E, NAYIJE VAS•'OXCF.Ll.OS. ,TNBA a sua historia dP vicl,orias e de miseri as aquelle par de sapatinhos brancos . :--;oemia e ra nma rainha-rainha na belleza e no mando-q ue dictava, tambem. as leis n a elegancia dos uso e costumes . entre os seus ,·as– ~a los, qne a adornvam . Nú palacio real, tudo era o e,:co– lhido proancto da A1te em !'nas mnnifestações m:iis aprimoradas e capri chosn .• E, como todas as mnlheres fo r– mosas, a l inda ra inh a t inha os seus capricho , alg uns sin gulares. Assim, por ord em dP. Noemia , cnto di a um jury , const iLnid o ele arti tn conh ecedores elos seg redos da coque'eric feminina. recebeu seis 1>ares de a patinhos bran cos, nm dos quaes, o mais perfeito,•eria dest in a · do ao uso d a soberana no d ia do seu prox imo natal. Seis pares de apatinhos brancos , de IH centímetros de comprimento cada nm , foram collocados sob a mesa do jury, p,1recenclo mais u111 pt>qneno bando ele alvas rolinhas. ÜpP. minusculoebem feitu d a rai- 1il1a, protegeu a missão do;; artistas. I] 11P., eles. ~ rn odo, ap re e otarau, trn– l1a lhos pf-'rfeitos. :Cen1dos á presençã da bella muça, ella teve oqiares namorados e <l emorados de de;;t-jos fl goso parn cnda um a daqoella obias de arte e go to. Finalmente, depois de nm mmme im parcial e completo. o jury tlen com() Yenced or nm par de sapa– tinhos de seda bran ca que, collocn- 1lo ·obre um a\moiad ão d e eda. nz11 I C'Om fran jas de ouro, parecia um rasai ile ()('l]ne nas e aln:is aves f'm ent retimento amoroso . . . E ao art i ta vencedor. fn i dado um avultado prt>m io em cliuheiro, qlle l he ga rantiu os d ias do futuro; e 110 dia do sen natal, oem ia calçou os s ns apatinho brancg ... f-assaram- e .semanas, ape nas. e Noem ia , lincb, vaido~a volnve l, 11 }ri fatal do aband ono. condemnou a m a<>'nitica obra de arte, que foi nm d . 0 "'0 ora ulbo de um artista. 1 E O ~ar de snpatinhos branco,– tevé, então. comod don~, ~1m"- do'.1 - tl umi o•a a 1a11 rn, ,·n·- ze ª• 1 ·a e"form osa , .mu s não tanto gem 0111 1 t e ra Noem a. l)ll (Ul o O • . 1 • 0 por sna vez A moça <l est 1no1 , . . 1. , d . d soas nU J)cra , 1ea 1za– para o ,a e• da · ao depoi · · . • • • Pacisar:im se novo;; l ias· ·· A , F.. l.,\NA Em a noite de N ahd , qu a nil o o n ome de J e;;ns.-préce do. soff re · dures - , and a á flôr dos 110ssos la– bi os, purifican do-o. -, ú. porta de um pard ieiro em lu z e sem 111·. de · neg-rid o e infecto, - morada do~ ,·i– c io · e da mise ria , no eu bate nte etita \'a as entada nma moça, loura , (J i11f e1·essa i1 te /\ d1u,,•,t,,. (i li", ,/,, s r. t 'o rlus Jlc111,·s. esc,·ip/11,·r,,·io liu /,,,/11/011 /1<111!.-. pt>qn ena e franzina, 111o~trandn no rosto 11m resto á e belle,m, a o·ora fa - n ada . m 'l'inlia as ,·estes s njns e es fa rra– padas. Immovel, nas tort1:1ras da , n,i de dita, fitava tri ~teme nte o céo es– tre llado, em 1]t1an to de se us ol hos, 'lue conservavam a inda a belleza esple ndorosa · ele outros tempo;, la– g rim as, muitas , brotavam e des.::iaw pelas s uas macilentas faces. Olhei-a demoradamente. No sen rosto, a ind a bonito, rlivi• sei espe lhada a amaro·nra qne lh e ia na alllla , mutilada agorn na v ida qu e levava. Percorrendo-! he o co rpo com o olh a r. divi sei em seus pequeno- pé;; os ap nt inhos àe seda bran ca per· tencentes o ntr'ora ::i. fo rmosa, capri· chosn. e voluvel Noemia. Estavam a go ra velh os. tortos e sujos, devido ás longas e consta ntes cu 111i11hadas feitas pela ga rd ara eh Red•1ctora e martyd sante e trada elas 01·gias. · Fit:.i.ndo-os. com p•ch enrl i, triste e s il encioso, toda a dolorosa amargurn cl est.a verdade: o D st ino li ga ra mulh er e os sa patinhos para as , u· premas de licias do A mor e p ,1rn. a vid a d ,sgraçacla dos peccadoras ... U ch.ô a Viégas. ----o---- .'iiio :1c1e di ta 110~ lo11 vo 111·es da li,011ja ; l'l'•·l'PrP. a el lt!S :is c.. 11s11 1 :is d,1 a111izadl'. () 'J ll t! d:'1 cn• d ito u f;il • sus cu 11ceilos, Ct•do recn 11l11•c,1 ~,1 11 t• rro, 11 1as núo o pntlu t•111e11dar . P ARA ser feliz em sen nrgocio,. n~and,e exec ut:ll' n as offi cin as d A SE)IA'IA, todos os trubnlhos grnp hi<'o que prt>cisar. 'l'ra\' . 7 de 'etembro, 3:l t eleµh on 27rl ··············· ························-·····~~······ ·vr. MADEMO ISELLE , -•~1 r srf'1101.onm nr-: L.1 F.1)111 ,1.ll: - F,s - Qnelque ch osP. ele flon . d' idé.il et <'harm:rnt ; nu zéph y r efflenra.nt et pa,-fumé q 11i pa se. q ui curessl'. qn i g ri fft>. et so nri t en do rm an t : qui faiL min e, puis rjt et jamais n e se las e : que J'inconnu attire, en véri tab le :iimant ; qui s'e nf lamme pnis est to11t anssi froid qne g lnf'e. atti,·ant, rép11 lsif et le troubl e semani, t>t q u'1111 rien fni t roug ir, et qni J! e t ie ut e n pince : q ni dt;ferai t son rrell!· en miettes. parcell es, 1,011r VúllS le. voir bri g ner en luttes, en quP.1elles : qu i a mille défants mai vons sem bl e parfait. Petit oiseau capt if dont j'entend s !e cnqn et, choc-1111, de vo us menrli e nn so nr ire coqnet . .. 1\raclemoi ell e. li sez : ·est votre portr:.tit . A l, ril, Hr21. Dr. A . Stié v-en.3,~• t;,

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