A Semana: Revista Ilustrada - 1921, v4, n.158, abril

,,----- - A SEMANA Ha tempos, na avenida Serzedello Correa, cs mo· 1·adoreo1 11111,taram uma ouça D'A .-l fro 11i11ci11 Se a tal ponto cresce a grarnma_ Cheia de v iço e de viela, Mas onças, leões, qu e ixadas E outros fe ios animaes, S!i o mortos se111p1 e a pauladas , Nas columnas dos jornaes. · A onça que não se ir.fla111111a, Passa a faz e r a ave nida. -···················--··· -····--··--··-····-···-··----··········---- e n ~he, r.omn um pesadell o. as so li– <lõ ,s adormecidas ... -Capricho !--murmurou nm. , - Louc ura.! -segredou outro. -Desgosto ! julgou acertar e. te. -- Paix ão ! - resn1oneo11 aq nel lt> , enco lhendo, com indifferença, o · ltornhros. 8 passou. Outros vi eram, olh aram P fnram Sl'"'llindo; outros. mal o aperr.ebP - .,, fi r iu11 ; outro., em m, nem t rv... rarn noticia. l•!stava esquecido. Todn via, a s ua voz e , a corn o a de Orpheu, e as s uas ca nçiíes, como a s do divino mu ~ico, se não arreba• tavam rios e rochedos, arvores e brntos, merito superior, seduziam, entretanto, os homens. as mulhere~ e as creanças, qne dirigia. com a mnviosidade da notas de seus ver- sos . . . E o amavam! E assim, de conhecidn. como o filh~ de Calliope, que nii.o veria Eu – r y dice, a espoba amada, nunca mais, condemnndos esta vam a, nem uma só vez, tornar a vel-o, o ba rdo qu e– rido, e ouvir aquell_es_ ?antos qne e ram como um refnge110, um bat- amo de rramado pela terra , sobre t odos, e enterneciam, .melodi0so. , com se us a.cce nto mag1cos. os que. t>rnh1wecid os. n esn•tavarn P. i::P– g uiam , 11 0 jnve n !yrieo, maravilha– dos . . . Olhassem. airora . o. houterr.. nrnn– ~a e seduzida : mPà o11ha fé ra. a 1\ - pid e pé, fi,ia, que. ao toque e11ca11 - iad n, l,i. ia. ern colJ eio , hy pnotiza– du , Pstre111t-ce11do, a instoute~. vn– lu ptuosame nlt>, calmo. entã,o. o e,,,.. po todo. escamoso: ora og ita11d". c,rnvul sa. n f'am:la ennrrn e 4uP. vt> r– g a ta1·a o a r e fu tig-tt va o chiln. ora soerguendo a hedionda r.aht>Ç1l e deitando. mo ll ementP, a lín g ua hifida , semp re t ão · célerP, os <., uvi – dos clr eios, o, olhos semicerrado~, as narinas, que resfol egavam, lentas e dilatadas, as fau ces entreabertas. que mostravam. a meio. os ponte- 11 gudos esty lt tes batidos vag11roso. . e dei xavam escapar. snbjudada. um bufido indizivel. um silvo est rid u lo, :1ntes gemido de satisfacçii.o .e voln· pia, estorcendo-se, afinal, abando– nada, entorpecida, prP.sa que acabo – "ª de tomar, até a immobili<lade e o anniquilamento, uma se osuçiio, um espasmo. um g·oso infinito ... Olhassem, agora, o terrivel onhi - dio . . . Olhassem! · • • • Fritz ··············-····• .............. Mas o ignoto men,•strel não rlPixou. comtudo, de tocar e can – tar . . . 'l'ocava e cantava. é ce rto, na paz da . elva. mas tocava e can– tava! A pos ter, de maneira mysterioso.. abandonado o antigo circu lo. pro– cnrou o retiro, bu ·cou a oleµRd e, como o rouxinnl o rece so da matto. P., longe de todos f de tudo, acor·– dava, quantas noite., ao lu a r, ap11.i– xonndame11te, os ermo percutidos pela primeira vez, parnnrlo, cC'mo a a ve que parndi uvu. :í. mais leve suspeita, ao mai s pequeno rumor . . . 1~ continuava até, fxhau . t o, vir ·encontrai-o. desmaiado, e beijar-l he a ~ro11te pall ida e a ljofrad11 pelo roc10. a Aurora, a irmii coa:passlva e boa, que o despertava, erg uendo-o. novamente, para a Vida. l ma ou outra vez, mau grado seu, ern. s ur· p\'ehendido. de longe, e admirado. porventura com o prisco enlevo. De~ertara. somente, a praça;;;; fugira. apenas. o turbil hão. O moço cantor soffi ia. Fora fel i7., em tempos. Agllra , oh! sim, que n era, e mais, de ontr a sorte ! .Ma sentia-se como manietado , pre o. E sperava , l!tlvez. a lg urua co n a q ne

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